Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Paraguai admite Venezuela no Mercosul. Merval…


O que menos interessa ao interesse nacional americano é o fortalecimento do Mercosul.


Saiu na Folha (*):

Venezuela será incorporada ao Mercosul em 31 de julho

A Venezuela será incorporada ao Mercosul em reunião especial que será realizada em 31 de julho no Rio de Janeiro, anunciou nesta sexta-feira a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, no âmbito da Cúpula de chefes de Estado do bloco.

O acordo tem a assinatura dos líderes de Brasil, Uruguai e Argentina (membros pleno do Mercosul). O Paraguai, que não havia ratificado essa decisão em seu Parlamento, está suspenso do bloco devido à deposição do ex-presidente Fernando Lugo.

(…)



O tiro saiu pela culatra.
O Golpe “democrático” no Paraguai era para fortalecer o interesse nacional americano.
Por isso tantos colonistas (**) mervais, como a Catanhede e o de muitos chpéus – clique aqui para ler – , defenderam a “legalidade” do golpe.
O que menos interessa ao interesse nacional americano é o fortalecimento do Mercosul.
É por isso que o Padim Pade Cerra queria dinamitá-lo.
O maior obstáculo à entrada da Venezuela no Mercosul foi o presidente Sarney.
No Continente, o Senado paraguaio golpista é o que impedia isso.
Os americanos foram o Espírito Santo de orelha do golpe “democrático” e não esperavam que a Dilma e a Cristina Kirchner aproveitassem a ausência do Paraguai para trazer Chavez para a mesa de trabalhos.
Merval, Merval…
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

SAMUEL PINHEIRO DEIXA O MERCOSUL COM UMA ADVERTÊNCIA: OU AVANÇA OU FICA IRRELEVANTE

* Erundina:"Vou continuar apoiando o Haddad; é o melhor candidato. Aquele episódio (a renúncia) já passou, é passado. Vou provar que meu gesto não foi dirigido a ele" **Rejeição a Serra atinge 38% entre eleitores com maior escolaridade (Datafolha)** Ação contra juros e bancos dá aprovação recorde de 59% ao governo Dilma**Mercosul suspende o Paraguai e incorpora a Venezuela** Cenário de 'golpes democráticos': "Projeto dos EUA para a região é de 'mini-Alcas' bilaterais, como o Acordo do Pacífico" (Samuel Pinheiro Guimarães, que renunciou a cargo no Mercosul; leia mais nesta pág) 



Mercodilemas, mercosurpresas

A reunião de chanceleres do Mercosul começou com um um fato previsível e uma surpresa. O previsível foi a confirmação de medidas para registrar a repulsa sulamericana à ruptura institucional no Paraguai. A surpresa, a renúncia do brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de alto representante do Mercosul. Guimarães vinha, há algum tempo, expressando seu descontentamento com a consistência do Mercosul. O bloco sulamericano enfrenta um desafio que não é novo, mas que a crise do Paraguai mostra com toda sua crueza. O artigo é de Martín Granovsky.

(*) Leia aqui o relatório final de Samuel Pinheiro Guimarães ao Conselho de Ministros do Mercosul, apresentado em Mendoza, em 27 de junho de 2012.

Buenos Aires - A cúpula que reuniu os chanceleres do Mercosul começou com um fato previsível e uma surpresa. O previsível foi a confirmação de medidas para registrar a repulsa sulamericana à ruptura institucional no Paraguai. A surpresa, a renúncia do brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães do cargo de alto representante do Mercosul (chefe máximo com missões de negociação). Diplomata de carreira e filiado ao Partido dos Trabalhadores, Pinheiro Guimarães foi vice-chanceler e Secretário de Assuntos Estratégicos, com status de ministro, durante os oito anos do governo Lula.

O seu descontentamento pela escassa consistência do Mercosul não é novo. Ele havia manifestado isso na forma que o faz um diplomata, ou seja, dizendo que seria bom incorporar um maior nível de intercâmbio social e político, assinalando assim que a coesão não era o forte do mercado comum. Também comentou a falta de políticas específicas para os dois países menores do bloco, Paraguai e Uruguai.

Segundo o que o Página/12 conseguiu levantar, a oportunidade escolhida por este diplomata com peso intelectual próprio não entusiasmou nem ao governo brasileiro nem ao argentino. No caso brasileiro, aliás, não simétricas as expectativas de Pinheiro e as do governo liderado por Dilma Rousseff sobre os planos concretos e a autonomia prática do alto representante. De todo modo, considerado inclusive a crise menor dentro da crise maior, a renúncia dentro da interrupção da ordem institucional em um dos quatros membros, serve para uma reavaliação geral do tabuleiro.

Em 1991, a constituição do Mercosul em meio a regimes neoliberais diluiu a coordenação política prévia entre a Argentina e o Brasil e deu uma ênfase comercial a uma relação econômica que se baseava na integração administrada de setores produtivos. A coordenação dos tempos de Raúl Alfonsin e José Sarney voltou com Lula e Néstor Kirchner, e prossegue. Brasil e Argentina, apesar de terem hoje uma disparidade em tamanho relativo maior do que a que havia em 1985, apresentam uma sintonia política muito fina sobre a América do Sul e sobre o mundo e o volume de seu comércio é hoje três vezes maior do que em 1991.

Por outro lado, não conseguiram resolver a situação do Uruguai e do Paraguai, países que não têm semelhanças políticas, econômicas e institucionais. Por exemplo, o Uruguai é uma democracia consolidada e o Paraguai nunca terminou de estabilizar o regime constitucional que começou com a derrubada de Alfredo Stroessner pelo general Andrés Rodríguez em 1989. O establishment paraguaio agita esse tema agora com picardia. Dirigentes brancos e colorados sustentam que não importa que o Mercosul castigue o Paraguai pois isso acontece desde sempre.

A picardia consiste em basear um argumento com fundamentos em partes reais para encobrir a estratégia de que não ocorreu nada de mais. É um modo de reagir ao isolamento político do governo de Federico Franco, após a destituição relâmpago de Lugo. Relâmpago nas formas finais, é claro, porque antes 23 tentativas de impeachment, que se tornavam mais frequentes quanto maior era a debilidade político do ex-bispo.

É improvável que o Mercosul decida por um bloqueio econômico e comercial. Primeiro, porque os vizinhos, Argentina incluída, disseram que descartam essa possibilidade. E segundo porque, se quisessem, não poderiam fazê-lo. Como seria possível bloquear uma economia porosa onde pesa o contrabando? Como desconectar um país de onde vem 15% da energia elétrica argentina e 20% da brasileira?

O Mercosul enfrenta um desafio que não é novo, mas que a crise do Paraguai mostra com toda sua crueza. Neste ponto, crescem as chances de ingresso como membro pleno da Venezuela, como informou o Página/12, ainda que não se saiba de por via da suspensão de direitos do Paraguai, cujo Senado vinha trancando a entrada, ou mediante uma mudança no regulamento de incorporação de novos membros, mecanismo já acordado por sugestão feita na cúpula anterior pelo presidente uruguaio José “Pepe” Mujica.

Também neste ponto se entendem melhor os motivos da construção da Unasul, uma forma de integração política em primeiro lugar a partir dos chefes de Estado, que não abriga só os simpáticos a Lugo, mas, em geral, os afins às regras da democracia. Lugo é um espelho no qual nenhum presidente, de Hugo Chávez e Sebastian Piñera, desejaria se enxergar.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer



Para ser o que dele se espera, uma alavanca progressista de desenvolvimento regional integrado, o Mercosul precisa enfrentar a sua hora da verdade. Essa hora é agora, no curso da maior crise capitalista desde os anos 30, que abriu brechas e desarmou interesses, colocando em xeque dogmas e forças que ordenaram a criação do bloco, em 1991, por iniciativa dos governos Menem, Collor, Rodrigues e Lacalle.  Foi para sacudir a modorra política e burocrática do bloco, que ameaça miná-lo como instrumento histórico do desenvolvimento regional, que o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos estrategistas da política externa independente adotada pelo governo Lula, renunciou nesta 5ª feira, ao cargo de Alto Representante Geral do Mercosul
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A inacreditável crítica ao Brasil Carinhoso


Brasil Carinhoso é uma extensão do Bolsa Família que atinge apenas familias extremamente pobres, com filhos entre 0 e 6 anos de idade. Total: 2,7 milhões de crianças. As famílias precisam estar abaixo da linha de pobreza (R$ 70,00 per capita por mês). A lógica é que problemas de subnutrição, agora, afetariam para sempre a vida dessas crianças.
Calcula-se então a renda da familia, divide-se pelo número de pessoas. Depois, o Brasil Carinhoso complementa o valor necessário até se chegar aos R$ 70,00 per capita por mês - R$ 2,30 por dia - metade do valor de um pé-de-moleque light na padaria Aracaju em Higienópolis.
90% dessas famílias receberão até R$ 352,00. Apenas 25 (!) famílias receberão valores superiores a R$ 1.000,00. Uma delas, tem 19 membros.
Deixam-se de lado 2,7 milhões de crianças que poderão escapar da maldição da subnutrição, 2 milhões de familias tiradas da linha da miséria. E foca-se em uma familia de 19 membros que cometeram o abuso de receber R$ 2 e pouco por dia para cada membro.

O Globo
Em família de 19 pessoas, Bolsa vai a R$ 1.332
Novo teto do valor pago pelo programa é resultado de acréscimo vindo com o Brasil Carinhoso
DEMÉTRIO WEBER
BRASÍLIA - O benefício mais alto do Bolsa Família, que começou a ser pago este mês, chega a R$ 1.332, valor superior a dois salários mínimos (R$ 1.244). A quantia é repassada a uma única família formada por 19 pessoas. O novo teto do Bolsa Família é resultado do Brasil Carinhoso, programa lançado em maio pela presidente Dilma Rousseff para tirar da miséria famílias com crianças de até 6 anos.
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Os dados foram obtidos pelo GLOBO pela Lei de Acesso à Informação. Até o mês passado, o valor máximo de referência a repasses do programa era de R$ 306 por mês. O novo teto, logo, é 4,3 vezes maior. O Serviço de Informações ao Cidadão destacou que, no Bolsa Família de junho, só 1% dos beneficiários do Brasil Carinhoso ganhou acréscimo superior a R$ 325. Como o Brasil Carinhoso atinge 2 milhões de lares, isso significa que cerca de 20 mil benefícios serão acrescidos em valores maiores do que R$ 325, ou seja, acima do antigo teto pago pelo Bolsa Família até mês passado (R$ 306).
O Brasil Carinhoso tem como objetivo retirar da miséria cerca de 2 milhões de famílias com crianças de até 6 anos cuja renda própria declarada, somada ao benefício do Bolsa Família, não seja suficiente para assegurar rendimento mensal acima de R$ 70 por pessoa. A linha de miséria estabelecida pelo governo é de R$ 70; quem sobrevive com menos do que isso por mês é considerado extremamente pobre.
Com o Brasil Carinhoso, o governo elevou os repasses do Bolsa Família, de modo a garantir que esse grupo de 2 milhões de famílias extremamente pobres receba parcela extra que permita ultrapassar a linha da miséria. Desse modo, o valor do novo benefício varia conforme a renda declarada e o número de pessoas em cada família.
O Bolsa Família paga, em média, R$ 115 por família. Dentre o público do Brasil Carinhoso, esse valor subiu para R$ 237.
O Ministério do Desenvolvimento Social já havia divulgado que o acréscimo mínimo propiciado pelo Brasil Carinhoso seria de R$ 2 por mês, no caso das famílias em que tal quantia é suficiente para assegurar uma renda por pessoa maior do que R$ 70 mensais. A pasta também já havia anunciado que, na média do total de 2 milhões de famílias contempladas, o acréscimo do Brasil Carinhoso seria de R$ 80 — na verdade, ficou em R$ 84. Mas o ministério ainda não tinha tornado público o teto do benefício, o que só fez ontem, em resposta a pedido feito com base na Lei de Acesso à Informação.
O Serviço de Informações ao Cidadão do Ministério do Desenvolvimento Social esclareceu que o novo teto de R$ 1.332 considera tanto a parcela do benefício tradicional do Bolsa Família quanto o acréscimo relativo ao Brasil Carinhoso. Levando em conta só a nova parcela referente ao acréscimo do Brasil Carinhoso, o maior novo repasse é de R$ 1.102. A família beneficiária dessa transferência tem 19 pessoas. O ministério não informou, porém, se essa família é a mesma contemplada com o maior repasse total de R$ 1.332.
O novo benefício de superação da extrema pobreza na primeira infância, criado pelo Brasil Carinhoso, leva a sigla de BSP e começou a ser pago no último dia 18. "Não há limite máximo para o valor do BSP. Esse valor depende do número de pessoas da família e da distância que essa família está da linha de extrema pobreza. São considerados extremamente pobres aqueles com renda familiar per capita igual ou inferior a R$ 70 por mês. Fazem jus ao novo benefício famílias com pelo menos uma criança de 0 a 6 anos que, mesmo após o recebimento dos benefícios iniciais do Bolsa Família, não conseguirem ultrapassar a linha de extrema pobreza", diz o texto enviado ao GLOBO.
Dirigido a 13 milhões de famílias — quase 50 milhões de pessoas — , o Bolsa Família tem orçamento superior a R$ 16 bilhões para 2012. A previsão é que os novos repasses do Brasil Carinhoso consumam R$ 1,3 bilhão neste ano, totalizando custo anual de R$ 2,1 bilhões em 2013.
Há duas semanas, O GLOBO mostrou que pesquisa do governo indicava que os beneficiários do Bolsa Família preferiam trabalhos informais com temor de perder o benefício caso tivessem a carteira assinada. Os repasses são proporcionais ao número de crianças e jovens em cada lar. O teto de R$ 306 é pago a quem é miserável, tem pelo menos 5 crianças de até 15 anos ou uma gestante e dois jovens de 16 e 17 anos. O teto pode ser maior, no caso de famílias que herdaram benefícios pagos antes da criação do Bolsa Família ou no caso de quem é contemplado por programas de transferência de renda estaduais ou municipais. Mas nada que se aproxime do novo teto de R$ 1.332.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/em-familia-de-19-pessoas-bolsa-vai-r-1332-5...

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G1 no ano 2030, a imbecilidade piorada

Cerra se senta na CPI da Veja.Mensalão: onde o PiG vai enfiar o dólar da cueca ?


E, agora, onde o PiG vai enfiar os dólares que atingiram Genoíno e o irmão ?

Saiu no Estadão:

Justiça livra José Guimarães de investigação dos dólares na cueca

Sete anos depois – e às vésperas do julgamento do mensalão – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) livrou o vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), da acusação de envolvimento no episódio em que um assessor dele, José Adalberto Vieira, foi preso no Aeroporto de Congonhas em São Paulo com US$ 100 mil escondidos na cueca, e mais R$ 209 mil numa maleta de mão, quando embarcava para Fortaleza.

O fato ocorreu no dia 8 de julho de 2005, em meio aos desdobramentos do mensalão, e precipitou o afastamento do então deputado José Genoíno da presidência do PT.

Irmão de Guimarães, Genoíno era alvo de investigação da CPI dos Correios e cogitava deixar o comando do PT. Ele acabou renunciando ao cargo dois dias depois da prisão do assessor parlamentar de seu irmão, que na época era deputado estadual e presidente do PT no Ceará.

Hoje Genoíno é um dos 38 réus do mensalão, que será julgado a partir de agosto. Já Guimarães, em plena ascensão no PT, é coordenador da bancada do Nordeste e cotado para assumir a liderança da bancada federal em 2013.

A Primeira Turma do STJ – da qual faz parte o novo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão – acolheu, por unanimidade, no último dia 21 de junho, recurso para determinar que José Guimarães não figure mais como réu na ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, em tramitação na 10a Vara Federal em Fortaleza, embora ainda não haja até hoje, sentença final de mérito e o processo ainda se encontre na fase das alegações finais.

(…)



E, agora, onde o PiG vai enfiar os dólares que atingiram Genoíno e o irmão ?
O amigo navegante talvez se lembre do frenesi do PiG quando explodiu o dólar na cueca.
Fez parte do Golpe que o Zé Alencar se recusou a dar, como conta o Tarso Genro.
Um Golpe parlamentar paraguaio.
E, agora, quando o Peluso absolver o José Dirceu – já que não há provas contra ele -, onde o Merval vai depositar a espada de sua Cruzada ?


Paulo Henrique Amorim

Cerra e Paulo Preto receberam a Delta na marginal (sic) de São Paulo para celebrar uma empreitagem.

Saiu no Estadão:

CPI do Cachoeira prepara convocação de Cavendish na próxima semana


Depoimento do principal acionista da Delta Construções pode ocorrer antes do recesso parlamentar

Eugênia Lopes – O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deve aprovar, na semana que vem, requerimento de convocação do empresário Fernando Cavendish, principal acionista da Delta Construções. Com a convocação, a cúpula da CPI espera responder às críticas de que a comissão não investiga as relações da empresa com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União, a Delta é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A ideia é que o depoimento de Cavendish ocorra antes do início do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. Se aprovada a convocação na sessão administrativa da próxima quinta-feira, dia 5, a ida do empresário deverá ocorrer na semana seguinte, provavelmente entre os dias 10 e 12 de julho. “Estou tratando desse tema (convocação Cavendish) e vamos enfrentá-lo na próxima reunião administrativa”, afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

Pagot. Os partidos aliados do governo na CPI não devem, no entanto, permitir a aprovação da convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os governistas alegam que Pagot não tem ligação com o esquema de Cachoeira e, por isso, não há motivos para sua ida à CPI. Há duas semanas, os governistas impediram a convocação tanto de Cavendish quanto de Pagot. Na ocasião, o adiamento da convocação de Cavendish foi aprovado por margem apertada de votos: 16 a 13. A de Pagot foi por 17 a 13.

(…)


A Conceição Lemes, no Viomundo, demonstrou de forma impecavel aquilo que o Conversa Afiada ja tinha denunciado.
Cerra e Paulo Preto receberam a Delta na marginal (sic) de São Paulo para celebrar uma empreitagem.
Começa a cair a impunidade do Padim Pade Cerra que, segundo, Flavio Bierrembach, desde o Governo Montoro, e, depois , com a Privataria, mantem relação suspeita com o dinheiro público.
E se protege atrás da Muralha da Vergonha: a do PiG.
Como se sabe, na denúncia de Bierrembach, Cerra impediu que a Justiça provasse que ele não é ladrão.
O Maierovitch era o Juiz e se cansou de contar essa patranha.


Paulo Henrique Amorim

Supremo sepulta neolibelismo (*) nos EUA

Obama entrou para a História. O que deve facilitar a sua re-eleição

O Supremo americano aprovou por 5 a 4 o programa do SUS de Obama.

De agora em diante, todo americano tem direito a um plano de saúde e, se não quiser ter, pagará uma taxa.

Como demonstra Paul Krugman.

A decisão histórica beneficia diretamente 30 milhões de pobres americanos e todo trabalhador que corre o risco de perder emprego e, com ele, o plano de saúde da empresa.

É uma mudança que, segundo o New York Times, lembra outros presidentes Democratas, como Franklin Rossevelt e Lyndon Johnson, que criaram os mecanismos mais poderosos de proteção social.

Obama entrou para a História.

De todos os países desenvolvidos, os Estados Unidos eram o único que não tinham um SUS.
O que deve facilitar a re-eleição de Obama.

Ele se elegeu com essa promessa: dar um SUS a cada americano.

Segundo o próprio New York Times e o Huffington Post, o SUS do Obama é a mais profunda derrota das políticas neo-liberais – aqui, neolibelistas (*) – que prodominaram nos Estados Unidos desde Ronald Reagan (aqui copiadas pela dupla das sombras, o Farol e o Cerra).

O SUS do Obama mexe, pela primeira vez, na estrutura do Imposto de Renda e revê o regime de isentar os ricos, imposta por Bush, filho.

Em busca do Pirlo, no Itália e Alemanha, o ansioso blogueiro caiu na esparrelha de assistir a um trecho lamentável do jorgal da nlobo (revisor, não mexa nisso !).

O âncora William Traack (segundo a amiga navegante Severina) e notável analista de Nova York demonstraram de forma inequívoca que a vitória na Suprema Corte foi a maior derrota que Obama poderia ter sofrido: uma desgraça !

Mitt Cerra Romney vem aí, presidente da nlobo.

E que o Brasil tem um SUS desde a Constituição de 1988 – modestamente.

Cabe lembrar que o Supremo brasileiro também tem derrotado de forma categórica os defensores do neolibelismo tupiniquim e doutrinas raciais extravagantes.

O STF aprovou as cotas raciais, com impecável relatoria do Ministro Lewandowski, e o ProUni.

O neolibelimso resiste!

No PiG (**) !

Em tempo: não terásido por acaso que a ultra direitista Fox, a Globo americana, e o âncora Wolf Blitzer, o Traack da CNN, noticiaram que o Obama tinha perdido.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

A Manifesto for Economic Sense (Um Manifesto para o Sentido Econômico)-Paul Krugman


More than four years after the financial crisis began, the world’s major advanced economies remain deeply depressed, in a scene all too reminiscent of the 1930s. And the reason is simple: we are relying on the same ideas that governed policy in the 1930s. These ideas, long since disproved, involve profound errors both about the causes of the crisis, its nature, and the appropriate response.
These errors have taken deep root in public consciousness and provide the public support for the excessive austerity of current fiscal policies in many countries. So the time is ripe for a Manifesto in which mainstream economists offer the public a more evidence-based analysis of our problems.
■The causes. Many policy makers insist that the crisis was caused by irresponsible public borrowing. With very few exceptions - other than Greece - this is false. Instead, the conditions for crisis were created by excessive private sector borrowing and lending, including by over-leveraged banks. The collapse of this bubble led to massive falls in output and thus in tax revenue. So the large government deficits we see today are a consequence of the crisis, not its cause.
■The nature of the crisis. When real estate bubbles on both sides of the Atlantic burst, many parts of the private sector slashed spending in an attempt to pay down past debts. This was a rational response on the part of individuals, but - just like the similar response of debtors in the 1930s - it has proved collectively self-defeating, because one person’s spending is another person’s income. The result of the spending collapse has been an economic depression that has worsened the public debt.
■The appropriate response. At a time when the private sector is engaged in a collective effort to spend less, public policy should act as a stabilizing force, attempting to sustain spending. At the very least we should not be making things worse by big cuts in government spending or big increases in tax rates on ordinary people. Unfortunately, that’s exactly what many governments are now doing.
■The big mistake. After responding well in the first, acute phase of the economic crisis, conventional policy wisdom took a wrong turn - focusing on government deficits, which are mainly the result of a crisis-induced plunge in revenue, and arguing that the public sector should attempt to reduce its debts in tandem with the private sector. As a result, instead of playing a stabilizing role, fiscal policy has ended up reinforcing the dampening effects of private-sector spending cuts.
In the face of a less severe shock, monetary policy could take up the slack. But with interest rates close to zero, monetary policy - while it should do all it can - cannot do the whole job. There must of course be a medium-term plan for reducing the government deficit. But if this is too front-loaded it can easily be self-defeating by aborting the recovery. A key priority now is to reduce unemployment, before it becomes endemic, making recovery and future deficit reduction even more difficult.
How do those who support present policies answer the argument we have just made? They use two quite different arguments in support of their case.
The confidence argument. Their first argument is that government deficits will raise interest rates and thus prevent recovery. By contrast, they argue, austerity will increase confidence and thus encourage recovery.
But there is no evidence at all in favour of this argument. First, despite exceptionally high deficits, interest rates today are unprecedentedly low in all major countries where there is a normally functioning central bank. This is true even in Japan where the government debt now exceeds 200% of annual GDP; and past downgrades by the rating agencies here have had no effect on Japanese interest rates. Interest rates are only high in some Euro countries, because the ECB is not allowed to act as lender of last resort to the government. Elsewhere the central bank can always, if needed, fund the deficit, leaving the bond market unaffected.
Moreover past experience includes no relevant case where budget cuts have actually generated increased economic activity. The IMF has studied 173 cases of budget cuts in individual countries and found that the consistent result is economic contraction. In the handful of cases in which fiscal consolidation was followed by growth, the main channels were a currency depreciation against a strong world market, not a current possibility. The lesson of the IMF’s study is clear - budget cuts retard recovery. And that is what is happening now - the countries with the biggest budget cuts have experienced the biggest falls in output.
For the truth is, as we can now see, that budget cuts do not inspire business confidence. Companies will only invest when they can foresee enough customers with enough income to spend. Austerity discourages investment.
So there is massive evidence against the confidence argument; all the alleged evidence in favor of the doctrine has evaporated on closer examination.
The structural argument. A second argument against expanding demand is that output is in fact constrained on the supply side - by structural imbalances. If this theory were right, however, at least some parts of our economies ought to be at full stretch, and so should some occupations. But in most countries that is just not the case. Every major sector of our economies is struggling, and every occupation has higher unemployment than usual. So the problem must be a general lack of spending and demand.
In the 1930s the same structural argument was used against proactive spending policies in the U.S. But as spending rose between 1940 and 1942, output rose by 20%. So the problem in the 1930s, as now, was a shortage of demand not of supply.
As a result of their mistaken ideas, many Western policy-makers are inflicting massive suffering on their peoples. But the ideas they espouse about how to handle recessions were rejected by nearly all economists after the disasters of the 1930s, and for the following forty years or so the West enjoyed an unparalleled period of economic stability and low unemployment. It is tragic that in recent years the old ideas have again taken root. But we can no longer accept a situation where mistaken fears of higher interest rates weigh more highly with policy-makers than the horrors of mass unemployment.
Better policies will differ between countries and need detailed debate. But they must be based on a correct analysis of the problem. We therefore urge all economists and others who agree with the broad thrust of this Manifesto to register their agreement at http://www.manifestoforeconomicsense.org/, and to publically argue the case for a sounder approach. The whole world suffers when men and women are silent about what they know is wrong.

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Mais de quatro anos após a crise financeira começou, os grandes economias avançadas permanecem profundamente deprimido, em uma cena muito reminiscente dos anos 1930. E a razão é simples: estamos contando com as mesmas idéias que nortearam a política na década de 1930. Essas idéias, há muito refutada, envolvem erros profundas tanto sobre as causas da crise, sua natureza, ea resposta apropriada.
Esses erros têm raízes profundas na consciência do público e fornecer o apoio público para a austeridade excessiva das actuais políticas fiscais em muitos países. Assim, o momento é propício para um manifesto em que economistas oferecem a análise a um público mais baseada na evidência dos nossos problemas.
■ As causas. Muitos formuladores de políticas insistem que a crise foi causada por endividamento público irresponsável. Com poucas exceções - que não a Grécia - isto é falso. Em vez disso, as condições para a crise foram criados por empréstimos ao setor privado e excessiva concessão de empréstimos, inclusive por bancos super-alavancados. O colapso da bolha levou a quedas na produção em massa e, portanto, das receitas fiscais. Assim, os grandes déficits governamentais que vemos hoje são uma consequência da crise, e não sua causa.■ A natureza da crise. Quando bolhas imobiliárias em ambos os lados do Atlântico explosão, muitas partes do setor privado cortou gastos na tentativa de pagar as dívidas passadas. Esta foi uma resposta racional por parte de indivíduos, mas - assim como a resposta similar de devedores na década de 1930 - revelou-se colectivamente auto-destrutivo, porque os gastos de uma pessoa é a renda de outra pessoa. O resultado do colapso gastos tem sido uma depressão econômica que se agravou a dívida pública.■ A resposta apropriada. Numa altura em que o setor privado está envolvido em um esforço coletivo para gastar menos, a política pública deve agir como uma força estabilizadora, na tentativa de sustentar os gastos. Pelo menos não deveríamos estar fazendo as coisas piores por grandes cortes nos gastos do governo ou grandes aumentos nas taxas de imposto sobre as pessoas comuns. Infelizmente, é exatamente isso que muitos governos estão fazendo agora.■ O grande erro. Depois de responder bem na primeira fase, aguda da crise econômica, a sabedoria política convencional tomou um rumo errado - com foco em défices orçamentais, que são principalmente o resultado de uma queda induzida pela crise na receita, e argumentando que o setor público deve tentar reduzir suas dívidas em conjunto com o setor privado. Como resultado, em vez de jogar um papel estabilizador, a política fiscal acabou por reforçar os efeitos nocivos dos cortes de gastos do setor privado.Em face de um choque menos grave, a política monetária poderia pegar a folga. Mas com taxas de juros próximas a política, zero monetária - embora deva fazer todo o possível - não pode fazer o trabalho todo. Não deve ser, obviamente, um plano de médio prazo para reduzir o défice orçamental. Mas se isso é muito front-loaded que pode facilmente ser auto-destrutivo por abortar a recuperação. A prioridade agora é para reduzir o desemprego, antes que se torne endêmica, tornando a recuperação e futura redução do défice ainda mais difícil.
Como é que aqueles que apoiam as políticas actuais responder o argumento de que acabamos de fazer? Eles usam dois argumentos bastante diferentes em apoio do seu caso.
O argumento de confiança. Seu primeiro argumento é que os déficits do governo vai elevar as taxas de juros e, assim, impedir a recuperação. Por outro lado, eles argumentam, a austeridade vai aumentar a confiança e, assim, incentivar a recuperação.
Mas não há nenhuma evidência em favor deste argumento. Primeiro, apesar de déficits excepcionalmente elevados, as taxas de juros hoje são sem precedentes baixa em todos os principais países onde existe um banco funcionando normalmente central. Isto é verdadeiro mesmo no Japão, onde a dívida pública já ultrapassa 200% do PIB anual, e rebaixamentos passado pelas agências de classificação aqui não tiveram efeito sobre as taxas de juros japonesas. As taxas de juros só são elevados em alguns países do euro, porque o BCE não está autorizada a atuar como emprestador de última instância para o governo. Em outros lugares o banco central pode sempre, se necessário, financiar o déficit, deixando o mercado de títulos inalterados.
Além disso a experiência passada não inclui qualquer caso relevante onde os cortes orçamentários na verdade, gerado o aumento da atividade econômica. O FMI estudou 173 casos de cortes orçamentários em países individuais e descobriu que o resultado é consistente contração econômica. No punhado de casos em que a consolidação orçamental foi seguido de crescimento, os principais canais eram uma depreciação da moeda contra um mercado mundial forte, não uma possibilidade atual. A lição do estudo do FMI é claro - o orçamento de recuperação retardar cortes. E é isso que está acontecendo agora - os países com os maiores cortes orçamentais sofreram as maiores quedas na produção.
Pois a verdade é, como podemos ver agora, que os cortes orçamentários não inspiram confiança nos negócios. As empresas só investem quando eles podem prever bastante clientes com renda suficiente para gastar. Austeridade desencoraja o investimento.
Portanto, não há evidência maciça contra o argumento de confiança, todas as provas do alegado em favor da doutrina tenha evaporado em um exame mais detalhado.
O argumento estrutural. Um segundo argumento contra a expansão da demanda é que a produção é de fato limitada do lado da oferta - por desequilíbrios estruturais. Se essa teoria estava certa, no entanto, pelo menos algumas partes de nossas economias deveriam estar em pleno troço, e assim que algumas ocupações. Mas na maioria dos países que não é apenas o caso. Cada setor maior de nossas economias está lutando, e cada ocupação tem maior desemprego do que o habitual. Portanto, o problema deve ser uma falta geral de gastos e da demanda.
Na década de 1930 o mesmo argumento foi usado estrutural contra as políticas pró-ativas em gastos os EUA Mas como a despesa aumentou entre 1940 e 1942, a produção cresceu em 20%. Portanto, o problema na década de 1930, como agora, havia uma escassez de demanda não da oferta.
Como resultado de suas idéias equivocadas, muitos ocidentais os decisores políticos estão infligindo sofrimento em massa a seus povos. Mas as idéias que eles defendem sobre como lidar com recessões foram rejeitados por quase todos os economistas depois dos desastres de 1930, e para os seguintes quarenta anos mais ou menos o Ocidente desfrutado de um período sem precedentes de estabilidade econômica e baixo desemprego. É trágico que nos últimos anos, as velhas idéias, mais uma vez se enraizou. Mas não podemos mais aceitar uma situação onde os medos equivocados das taxas de juro mais elevadas pesar mais fortemente com os decisores políticos do que os horrores do desemprego em massa.
Melhores políticas diferem entre países e precisam de debate aprofundado. Mas eles devem se basear em uma análise correta do problema. Por isso, apelamos todos os economistas e outros que concordam com a orientação geral deste Manifesto para registrar o seu acordo em www.manifestoforeconomicsense.org, e para discutir o caso publicamente para uma abordagem mais sólida. O mundo inteiro sofre quando homens e mulheres são silenciosas sobre o que eles sabem que é errado.


 

A SENSATEZ ESTÁ À ESQUERDA

A escassa disponibilidade de tempo, lógica e bom senso para evitar o pior levou Paul Krugman, um moderado,  ao ponto de  apelar para o instrumento de um manifesto global de economistas, no qual adverte: "Como resultado de suas ideias erradas, muitos políticos ocidentais estão impondo  sofrimento em massa aos seus povos. Mas as ideias que eles defendem para lidar com as recessões foram rechaçadas por quase todos os economistas depois dos desastres de 1930. É trágico..." http://www.manifestoforeconomicsense.org/.  O gesto de Krugman indica que não há mais tempo , nem espaço, para qualquer solenidade na crise. Nesse momento, a Espanha --secundada pela Itália--  implora, esse é o termo, aos gerentes do euro,em Bruxelas,  por uma linha de recursos para salvar seus bancos, sem que isso signifique o funeral do Estado, imolado em endividamento insustentável. A lógica da ortodoxia que alimenta a grande de depressão do século XXI, retruca seu mantra: 'Se os bancos necessitam socorro, a sociedade pagará por eles'. Será longa e áspera a noite do século XXI, avisam autoridades do centro à periferia. A crise se espalhou. Sombras ofuscam a China, invadem o Brasil. Dos Brics ricocheteiam de volta  à UE, sangrando empregos e exportações. Onde está a sensatez? A sensatez está à esquerda, expressa, por exemplo, no enunciado simples e reto do Syriza -- 'Se não crescermos, não pagaremos". Mas a sensatez é demonizada pelo terrorismo ortodoxo, o mesmo  que levou à vitória dos yes men em 17 de junho,na Grécia. No dia seguinte, lá estavam os mercados usando a conquista de Atenas para devorar Madrid, até o osso; condição na qual Rajoy se apresenta agora aos pés de Bruxelas. O descarnado suplicando ao açougueiro, que chance ele tem? 

Barclays leva multa em US$ 450 milhões por manipulação do mercado

As agências reguladoras do setor financeiro dos Estados Unidos e do Reino Unido aplicaram uma multa de mais de 450 milhões de dólares ao banco Barclays por manipular a taxa libor, ponto de referência para o juro diário dos empréstimos interbancários em nível mundial. As agências informaram que há outros bancos envolvidos. Nesta mesma semana, em seu informe anual, o Banco Internacional de Compensações (BIS), que representa os bancos centrais do mundo, alertou que as entidades financeiras não mudaram seu modus operandi. O artigo é de Marcelo Justo.

Londres - O escândalo está só começando. As agências reguladoras do setor financeiro dos Estados Unidos e do Reino Unido aplicaram uma multa de mais de 450 milhões de dólares ao banco Barclays por manipular a taxa libor, ponto de referência para o juro diário dos empréstimos interbancários em nível mundial. As agências informaram que há outros bancos envolvidos.

O primeiro ministro David Cameron assinalou que o Barclays terá que responder muitas perguntas. O ministro britânico de Finanças, George Osborne, compareceu ante o parlamento e o líder da oposição Ed Miliband exigiu que se abra uma investigação criminal sobre o tema. Enquanto isso, a diretora da FSA, agência reguladora financeira britânica, Tracey McDermott, indicou que há “várias investigações em marcha, mas tudo parece indicar no momento que o Barcalys não é a única empresa envolvida no caso”

E o enésimo escândalo financeiro dos últimos anos. Pode-se partir do escândalo da Enron, em 2000, e chegar às quedas do Stearn e do Lehman Brothers, em 2008, que detonaram a atual crise mundial, ou se pode começar com as pirâmides financeiras de Bernard Maddoff, maior fraude da história (50 bilhões de dólares), descobertas em 2008, e passar pelas perdas do UBS suíço, em 2011 (2 bilhões de dólares) ou do JP Morgan, em abril deste ano (2 bilhões de dólares evaporados em seis semanas). Em meio a este módico resume de uma lista frondosa de escândalos, os paraísos fiscais seguem funcionando como se nada tivesse acontecido.

Nesta mesma semana, em seu informe anual, o Banco Internacional de Compensações (BIS), que representa os bancos centrais do mundo, alertou que as entidades financeiras não mudaram seu modus operandi.

No caso do Barclays, a manipulação das taxas Libor ocorreu entre 2005 e 2009, entre a febre da especulação e o estouro da bolha. Calcula-se que o volume de transações bancárias baseadas na taxa Libor em nível mundial é de 360 trilhões de dólares (cerca de 40 vezes o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos). Segundo a autoridade reguladora estadunidense, a “Commodity Futures Trading Commision”, o banco buscava beneficiar sua posição no mercado de derivados – compra e venda no mercado de futuros – que move trilhões de dólares e foi ima das causas do estouro financeiro de 2008. “Alguns traders, ajudados e em coordenação com outros bancos, confluíram nesta manipulação das taxas”, assinala a autoridade.

O diretor executivo do banco, o estadunidense Bob Diamon, renunciou a sua bonificação anual em função do escândalo (no ano passado, suas rendas superaram a casa dos 40 milhões de dólares), mas dificilmente conseguirá salvar sua cabeça. Nos últimos 12 meses, Diamon havia lançado uma forte campanha para que se terminasse com a “caça às bruxas” dos banqueiros por causa do estouro financeiro de 2008. “Já passou a hora do arrependimento. Os bancos precisam seguir prestando o serviço essencial de que necessita a economia”, disse no ano passado a uma atordoada opinião pública.

Diamond detesta a regulação do sistema financeiro. Nisso, não se diferencia de Jamie Dimon, o diretor executivo do JP Morgan, que semanas antes de seu banco revelar perdas de mais de 2 dois bilhões de dólares havia dito que “a regulação tem que ser feita em privado, a portas fechadas”, algo que o site estadunidense Huffington Post comparou à masturbação. Parafraseando o Huff, pode se dizer que os reguladores pegaram o Barclays com as mãos na massa.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer


Governo aumenta crédito ao agronegócio para R$ 115 bi e reduz juros

Recursos para o Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 crescem 7,5%, em relação a sua versão anterior, e juros caem, seguindo “movimento que estamos vendo em toda a economia”, diz Dilma. Para a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), mais importante do que o aumento dos créditos e a diminuição dos juros é o seguro rural.

Brasília - O governo federal anunciou a disponibilização de R$ 115,2 bilhões em crédito para o agronegócio através do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, também conhecido como Plano Safra. O valor representa um crescimento de quase 7,5% em relação ao plano 2011/2012, quando foram disponibilizados R$ 107,2 bilhões, e é mais do que o quíntuplo dos R$ 20,25 bilhões liberados há uma década, no plano 2002/2003, fruto “do grande empenho em colocar como prioridade a questão agrícola no Brasil”, disse a presidenta Dilma Rousseff.

“Nós não vemos nenhuma contradição entre o agronegócio e a política para agricultura familiar, os médios e pequenos proprietários, pelo contrário, achamos que eles são complementares. Hoje lançamos aqui o Plano Safra para o agronegócio. Semana que vem lançaremos o plano safra da agricultura familiar”, antecipou-se a presidenta.

Ela ainda destacou que o plano 2012/2013 também incorpora o “movimento que estamos vendo em toda a economia” de redução dos juros. Para os créditos destinados ao custeio e comercialização, os juros cairão de 6,75% para 5,5% ao ano. Para os recursos destinados ao investimento, a taxa será reduzida de 6,75% para 5%. Sobre o dinheiro emprestado para capital de giro de cooperativas incidirão 9% e não mais 9,5%. Já o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá os juros reduzidos de 6,25% para 5%.

O Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 divide os R$ 115,2 bilhões em
variadas modalidades de crédito, entre elas o médio produtor rural – com renda bruta anual máxima de 800 mil – que terá R$ 7,1 bilhões disponíveis e a Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, apesar de ter utilizado pouco mais de um terço dos R$ 3,15 bilhões previstos na atual safra, terá seu recurso aumentado para R$ 3,4 bilhões. Os recursos do plano estarão disponíveis nas agências bancárias a partir de segunda-feira (02).

Rousseff ainda divulgou que o governo está preparando uma política para assistência técnica e extensão rural e poderá criar uma agência específica para a área, articulando órgãos de extensão estaduais, cooperativas, produtores, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com a presidenta, o Brasil possui excelência em pesquisa rural, mas tem uma frágil democratização desse conhecimento.

Mudança de paradigma
Para a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), mais importante do que o aumento dos créditos e a diminuição dos juros é o seguro rural. O novo plano passa de R$ 253 milhões para R$ 400 milhões o volume de recursos para subvenção ao prêmio do seguro, o que, segundo Kátia Abreu, fará com que o Brasil saia de 5% para 20% de área segurada na safra 2012/2013, com a meta de chegar a 50% em 2015. Em entrevista após a cerimônia, a líder ruralista apontou que os Estados Unidos tem 86% de sua área plantada segurada e quanto maior a abrangência do seguro, mais a iniciativa privada financia a agricultura a juros baratos.

“Nós precisamos do livre mercado e só prosperamos com ele, mas os mercados só funcionam onde o Estado também funciona”, revelou Katia Abreu durante seu discurso na cerimônia.

Contraste
Durante toda a fala da presidenta Dilma Rousseff no lançamento do Plano Safra 2012/2013, trabalhadores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) permaneceram com uma faixa aberta, com os dizeres “MDA/Incra em greve”.

Desde o último dia 18, trabalhadores destes dois órgãos começaram a greve alegando sucateamento e a falta de estrutura. O texto distribuído pelas organizações sindicais aponta que o Incra, entre 1985 e 2011, teve o seu quadro de pessoal reduzido de 9 mil para 5,7 mil servidores, enquanto sua atuação territorial foi acrescida em 32,7 vezes – saltando de 61 para mais de dois mil municípios. Além de concurso público, os trabalhadores pedem equiparação salarial com o Ministério da Agricultura, onde servidores chegam a ganhar três vezes mais do que qualquer funcionário do Incra ou do MDA, diz o texto.

Os trabalhadores da Embrapa também se encontram em greve. Desde quarta-feira (27), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) ocupa a sede da empresa em Brasília em busca de negociação. Entre as reivindicações, o sindicato exige 5% sobre a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).


Fotos: A presidenta Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman e a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) participam da cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 (Antonio Cruz - ABr)

Sempre o alinhamento burro e automático da elite golpista brasileira, capitaneada pelo DEM PSDB. V E R G O N H O S O !!!!!!

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Em nota, o PSDB defende o golpe de Estado no Paraguai. O texto registra que “o governo brasileiro age de maneira precipitada”. Numa comparação descabida, considera discrepante o tratamento de repúdio dispensado pelo governo de Dilma à deposição relâmpago do presidente Lugo em relação a nações como Cuba, Venezuela e Irã. Na nota, o PSDB oficializa que respeita a decisão do Legislativo paraguaio e ressalta que “defende a democracia (?) em todas as nações”.