Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 10 de abril de 2012

O ressentimento travestido de sociologia

 
Fala muito, fala muito o Felipão Pondé
Blog do Provocador
Guardar ressentimento é tomar veneno e esperar que outra pessoa morra. A frase, de um tal de Shakespeare, parece ter se tornado o lema da elite brasileira contra a chamada classe média ascendente. Puro rancor.

Já se tornou um clássico dizer que os aeroportos se tornaram rodoviárias depois que o povão passou a ter acesso a esses terminais — para logo em seguida ser responsabilizado pelo caos aéreo que há décadas vinha sendo engendrado na incompetência de um Estado feito apenas para os 10% mais ricos da população.

A burguesia tupiniquim não gostou de ter te dividir o espaço de suas bagagens com os antigos empregados. Mas como não tem muitos argumentos, fica na dependência de que algum reacionário de plantão venha esculachar o “churrasco na laje” feito nos saguões aeroviários.

É assim que fala o colunista da Folha e profeta do apocalipse Luiz Felipe Pondé. Sem nenhuma originalidade, repetiu essa ladainha carcomida pela inveja no tvfolha deste domingo, 08. Puro despeito, travestido de sociologia de botequim.

Como colonizador escravocrata que sempre foi, ainda teve a petulância de dar conselhos civilizatórios para o povaréu. Alertou sobre o risco do excesso de bagagem. Aviões podem cair com o peso dos brasileiros que estão sendo incorporados à economia formal. Sei.

Os esnobes sempre foram fazer compras em Miami. Era chique. Agora que chegou a vez do pessoal da “laje”, não pode mais, é feio. As malas dos pobres redimidos incomodam muito o refinado reacionário.

Quer saber? Fala muito, fala muito esse Felipão Pondé. Como diria um aristocrata de verdade: por que no te callas?
 
 

 
Nascido em Bauru, no interior paulista, Silva, que teve passagens pela presidência da Petrobras e da extinta Varig, e pelo Ministério da Infraestrutura, no governo Collor, foi também um dos principais artífices do processo de privatização da companhia de São José dos Campos. Ainda hoje mantém laços próximos com os diretores e integrantes do conselho de administração da Embraer. Aos 81 anos, Silva, que continua na ativa, como reitor da universidade Unimonte, de Santos, falou à DINHEIRO sobre os próximos passos da Embraer, elogiou a concessão dos aeroportos e mostrou por que o Brasil ainda é um peixe pequeno em termos de inovação.

Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

DINHEIRO – Qual foi a escolha?
SILVA –  A decisão do conselho de administração, tomada no fim do ano passado, foi permanecer no mesmo segmento, usando a experiência nessa classe para aperfeiçoar cada vez mais seus aviões e derrubar a concorrência. A única saída para a Embraer é a competência. Dominar o mercado fazendo produtos melhores e mais baratos.
DINHEIRO – Mas se justifica operar em um segmento que tende a encolher?
SILVA –  É melhor ser a líder mundial de um mercado menor do que um participante pequeno de um mercado maior, que impõe custos bem mais elevados e uma concorrência já estabelecida. A Embraer optou por ser a cabeça do rato em vez do rabo do leão (risos).
DINHEIRO – E como fica a relação da empresa com os EUA, que cancelaram a compra dos Super Tucanos, alegando problema na documentação?
SILVA – Esse argumento deles foi completamente estapafúrdio. O que ocorre é que estamos em época eleitoral nos EUA, e falar em comprar produtos de uma empresa brasileira em vez de preferir uma companhia americana é algo extremamente sensível. O cancelamento foi claramente uma decisão política. Informalmente, espera-se a retomada dessa concorrência após o fim do processo eleitoral. Tudo indica que a empresa vença de novo, até porque o avião da Embraer é infinitamente superior ao da concorrente.
DINHEIRO – Falando em dificuldades, a crise financeira mundial tende a diminuir?
SILVA –  A turbulência que nós temos hoje é uma crise financeira. Tenho dito claramente que os financistas não vão conseguir resolvê-la. Isso porque o dinheiro tem uma característica extraordinária, que é a de gerar valor, mas o financista usa o dinheiro para gerar mais dinheiro. Temos de trocar os interlocutores. Não são os economistas ou o pessoal dos bancos que vão resolver os problemas, mas sim os empreendedores.  Os EUA cresceram dessa maneira. O risco reduzido para os empreendedores carregou os EUA e os trouxe para o posto onde estão. Como não temos isso no Brasil, nós ficamos para trás.
DINHEIRO – Mas o Brasil foi menos afetado pela crise do que os EUA e a Europa.
SILVA –  Isso acontece porque o dinheiro no Brasil não corre risco. Quem está em crise colocou dinheiro no risco, para gerar valor. Progrediram um bocado com isso, mas chegou o momento em que eles exageraram. Isso gerou um estoque de dívida mundial que não está sendo pago e que precisará ser perdoado de algum modo. Já por aqui nossos bancos estão bem porque não correram risco algum. Quem corre risco no Brasil é o empreendedor, o empregado, o produto e a empresa. Esses quebram. Mas isso dificilmente acontece com os bancos aqui no Brasil.
DINHEIRO – Na prática, como usar o dinheiro para criar riqueza?
SILVA –  Veja a quantidade de dinheiro que o governo arrecada via impostos. Se ele alocasse uma parte desses recursos para gerar capital de risco para financiar novas empresas, como a Embraer, você teria resultado. Não seria preciso muito, não mais do que uns 2% ou 3%. Veja só: o governo deve ter alocado uns R$ 80 milhões para criar a Embraer, e isso é o que ela fatura hoje em cinco dias. É um retorno extraordinário.
DINHEIRO – Como ex-presidente da Petrobras, como vê os vazamentos de petróleo na perfuração da Chevron?
SILVA –  O que fica claro é que vamos ter que desenvolver mais a tecnologia para explorar o pré-sal. E fazer parcerias, tal como fizemos na Embraer. Trouxemos partes, peças e equipamentos de vários fornecedores de outros países. E formamos recursos humanos de altíssimo nível por meio do Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Juntamos esses dois recursos e trabalhamos a partir disso. É o que a Petrobras vai ter que fazer, aproveitando os cursos universitários que têm surgido na área do petróleo.

E POR AÍ VAI..........................................

Treinador esportivo é suspenso e tem que se desculpar por dar opinião em ditadura

Nesta terça-feira, o Miami Marlins, franquia de Major League Baseball (MLB), anunciou que o técnico da equipe, Ozzie Guillén, foi suspenso por cinco partidas devido a comentários sobre Fidel Castro feitos em entrevista recente à revista americana Time.

À publicação, Guillén disse "respeitar" Castro porque "muita gente quis matá-lo nos últimos 60 anos, mas o filho da p... ainda está lá".

"Os Marlins reconhecem a seriedade dos comentários atribuídos a Guillén", informou a franquia, em comunicado publicado em seu site oficial.

Nos últimos dias, Guillén havia pedido desculpas(?) por seus comentários, dizendo estar "100% contra o modo como este homem (Castro) tem tratado as pessoas pelos últimos 60 anos". Mesmo assim, ele foi suspenso por cinco jogos pelo Miami com efeito imediato.

Guillén, 48 anos, é venezuelano e recebeu a cidadania americana em 2006. Ele estreou na liga americana como jogador em 1985 pelo Chicago White Sox e defendeu ainda Baltimore Orioles, Atlanta Braves e Tampa Bay Devil Rays.

Vasto e profundo comentário do Esquerdopata:
Gemza, já dizia a dona Rosa: "Liberdade é a liberdade de ser contra". Liberdade de ser a favor existia sob Stalin, Hitler e Médici, a única liberdade que conta é a de ser contra. O tal técnico nem sequer defendeu a Revolução Cubana ou Fidel, só fez um comentário engraçadinho, mas se estivesse num país democrático poderia, sim, defender livremente Fidel. Se não pode é porque a liberdade de expressão tem tanto valor nos EUA quanto a busca da paz e da convivência pacífica entre os povos.

O outro lado da história...

"...O governo de ocupação apagou essencialmente qualquer possibilidade de minha sobrevivência que foi baseada em uma pensão decente que, há 35 anos, eu sozinho (sem a intervenção do Estado) havia pago.“Tenho já uma idade idade que não me permite recorrer à força – mas se um jovem agora empunhasse um kalashinov, eu seria o segundo a fazê-lo e o seguiria”.


Estou em uma idade que não me dá a capacidade individual para uma intervenção dinâmica (mas se um grego pegar em armas Kalashnikovs, eu seria a segunda pessoa a fazer o mesmo). Não consigo encontrar outra solução digna, antes de eu começar a vasculhar os caixotes do lixo para procurar alimento.

Acredito que os jovens, sem futuro, um dia vão pegar em armas, e vão pendurar de cabeça para baixo os traidores nacionais como os italianos fizeram com Mussolini."
 

 

Sistema capitalista faz mercenário cubano se suicidar


Du Bouchet não aguentou
o capitalismo
Esta notícia não será divulgada pela “grande imprensa imparcial, isenta e democrática”.

Com informações de El Nuevo Herald e Solidários

Angustiado por sua precária situação econômica e pela impossibilidade de encontrar um emprego para sustentar sua família, o mercenário cubano Albert Santiago Du Bouchet Hernandez suicidou-se na quarta-feira, dia 4, em Las Palmas, na Espanha.

Du Bouchet, de 52 anos, preso e condenado em Cuba por suas ações terroristas em 2009, foi liberado, juntamente com 115 mercenários, como parte de um acordo entre o presidente cubano, Raul Castro, e do arcebispo de Havana, Jaime Ortega, para ir para a Espanha. Eles chegaram em terras espanholas e foram recebidos pela Cruz Vermelha, pela Comissão Católica para as Migrações e pela Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados. No entanto, recentemente, o Ministério de Assuntos Internacionais e Cooperação da Espanha cortou os subsídios que os cubanos vinham recebendo devido a ajustes orçamentários. Quase todos os cubanos estão desempregos devido à crise econômica na Europa e à lentidão da homologação de seus títulos profissionais e universitários.

“Ele estava muito nervoso, porque no mês passado não lhe pagaram e por isso não pôde nos visitar”, afirmou Ana Íris Medina Perez, sua ex-mulher, em entrevista por telefone com El Nuevo Herald. “Toda vez que ele me telefonava me dizia que não havia sido pago. Esta situação parece ter-lhe levado a se suicidar.”

Elizardo Sanchez Santa Cruz, porta-voz da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, com sede em Havana, lamentou a morte de Du Bouchet. Ele disse que “o sentimento de desamparo vivido pela maioria dos exilados não é fácil de superar e os impede de se integrar à sociedade local”.

Du Bouchet, depois de servir aos interesses imperialistas para atacar Cuba, foi abandonado pelas organizações que lhe prometeram toda assistência.

 
 

VEJA SEM DENTE...

Com Cachoeira preso, denuncismo some da capa da Veja

Written By ronaldo - livreiro on sábado, 7 de abril de 2012 | 20:45


TUDO EM CIMA

Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.

- Zé Augusto, no blog Os Amigos do Presidente Lula

Sem o parceiro de crime, denúncias sumiram da Veja

Desde que Carlinhos Cachoeira foi preso, no dia 29 de fevereiro de 2012, na operação Monte Carlo da Polícia Federal, a revista Veja já soltou 6 edições, e nenhuma capa é dedicada a denúncias de corrupção.

Mas há uma pauta abundante neste período envolvendo o senador Demóstenes Torres e o governador Marconi Perillo, tratada, sobretudo, pela revista Carta Capital, mas não só por ela. Até o Jornal Nacional tem se dedicado ao tema.

Parece que a revista Veja ficou acéfala no que entende ser "jornalismo investigativo", depois da prisão de Cachoeira e dos arapongas Jairo Martins e Dadá.

Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.

A revista já admitiu, defensivamente, que Policarpo e Cachoeira trocavam figurinhas. A revista diz que seriam relações legítimas entre jornalista e fonte. Mas como explicar a notória má vontade da revista em noticiar o caso, tendo um jornalista tão íntimo com os intestinos da organização criminosa (segundo o Ministério Público)?

A revista Veja, pródiga em divulgar até grampos ilegais, não revela um único diálogo entre o bicheiro e seu editor-chefe.

Santayana e os EUA. Acabou a vassalagem !

Conversações na Casa Branca

por  Mauro Santayana

A primeira referência séria de um líder norte-americano sobre o Brasil foi de Thomas Jefferson. Em maio de 1787 – quando era embaixador em Paris, dois anos antes da reunião dos Estados Gerais e da descoberta da conspiração de Vila Rica – Jefferson se encontrou, em Nimes, no sul da França, com José Joaquim da Maia, que lhe falou sobre a possível independência do Brasil e das relações que poderiam estabelecer-se entre as duas nações, que ocupavam posição predominante no sul e no norte do hemisfério ocidental.


Jefferson enviou seu relatório, bem divulgado pelos historiadores brasileiros, ao futuro Secretário de Estado, John Jay. O documento não tratava somente do Brasil, mas, também, do México e do Peru. No caso brasileiro, além de relatar o que lhe dissera José Joaquim da Maia sobre as riquezas brasileiras, a situação estratégica do Brasil e a possibilidade de uma insurreição vitoriosa – se os brasileiros tivessem armas e alguma assistência militar  que estavam dispostos a pagar, conforme seu interlocutor – Jefferson prevê vantagens comerciais para o seu país.


A personalidade de Joaquim José da Maia não é muito conhecida. Não se tem notícia de outra presença sua na História, além do encontro com Jefferson. No ano seguinte, ainda muito jovem, ele morreria.  Mas o fato levanta a hipótese de que a conjuração mineira já se encontrava em andamento, e tinha presença entre os estudantes brasileiros de Montpellier – a maioria deles das Minas. Coube a Domingos Vidal Barbosa, como registram os Autos da Devassa da Inconfidência, levar a informação da posição de Jefferson aos inconfidentes.


O mesmo Jefferson voltará a referir-se ao Brasil, 30 anos depois, em carta a La Fayette, seu amigo e um dos combatentes na Guerra da Independência dos Estados Unidos. Retirado em Monticello, o grande homem de Estado comenta os assuntos do mundo e de seu país. Ao discutir os problemas continentais, refere-se ao Brasil – a correspondência é de 14 de maio de 1817, quando a Revolução Pernambucana, iniciada em 6 de março, lhe  parecia vitoriosa, embora naquela mesma semana as tropas legalistas tivessem sitiado o movimento, que seria logo debelado. Diz então Jefferson a Lafayette (Jefferson, Writings, The Library of America, 1984, pag. 1409) que Portugal, ávido em manter suas extensões no sul, acabara de perder a rica província de Pernambuco, e que ele não se espantaria se os brasileiros mandassem logo de volta a Portugal sua família real. E se referia ao Brasil como mais populoso, muitíssimo mais extenso, mais rico e mais sábio do que a metrópole.


Ao longo destes dois séculos e algumas décadas de vida das duas nações, poderíamos ter encontrado  convivência melhor, mas os norte-americanos – talvez com exceção de Jefferson e alguns poucos mais – sempre nos viram como inferiores e sujeitos à sua vontade. Faltou-nos falar-lhes sem arrogância, mas com firmeza. É constrangedor anotar que, salvo em alguns momentos, como os de Getúlio, no Brasil, e Franklin Roosevelt (não Ted) nos Estados Unidos, os gestos de subserviência partiram das  próprias elites brasileiras.


A visita da presidente Dilma Roussef a Washington está sendo vista, por certos observadores, como de poucos resultados. Entre outros fatos, apontam que não lhe foi oferecido um jantar de gala, mas simples almoço de trabalho. Trata-se de bom sinal: a austeridade do encontro demonstra que, nas conversações preliminares, os diplomatas norte-americanos  perceberam que a chefe de Estado não chegava aos Estados Unidos para o ritual de vassalagem – conforme ocorria em certo período de nosso passado quase recente – mas como representante de uma nação soberana, disposta a discutir assuntos de interesse recíproco, de forma séria e honrada.


Ao não transformar uma conversa de trabalho em jantar de gala, Obama tratou o Brasil como o Brasil quer ser tratado: um país que não se deixa engambelar por homenagens dessa natureza. Não somos mais dirigidos por personalidades  deslumbradas, que se sentem engrandecidas quando são conduzidas ao Palácio de Buckingham em carruagens puxadas a cavalos brancos e de arneses prateados, a fim de serem recebidos por uma rainha astuta.


As relações entre os dois países podem, e devem, ser melhores do que nunca foram – desde que os norte-americanos nos vejam em nossa devida dimensão. O Brasil, ao contrário de certos desavisados, não tem a pretensão de liderar os paises sulamericanos, mas sente o dever de defender a autodeterminação de seus vizinhos, como defende a própria. Não queremos que nos estendam o tapete vermelho, mas que nos recebam com o respeito que os amigos se merecem. Pelo menos, este é o sentimento do povo brasileiro, ainda que não seja o de todos os seus diplomatas e homens públicos.


A viagem de Dilma Roussef deve ser entendida como um êxito. Tratou-se de uma conversa franca, e não de troca de amabilidades chochas, ditadas pelas conveniências da diplomacia. O confronto de interesses entre os dois grandes países é normal. Anormal seria a subordinação dos interesses de um aos interesses do outro. As discórdias se resolvem nos acordos e tratados, sempre que em benefício comum.

GUNTER GRASS - O poema da controvérsia

BELLUZZO: ‘TEMOS UMA CHANCE'
O tema da desindustrialização brasileira ocupa espaço crescente no debate acadêmico, mas ainda não galvanizou a agenda política; é  premente que isso aconteça. Mas, sobretudo, que se faça a partir do significado abrangente que a industrialização pode ter no processo de  desenvolvimento de uma sociedade. Industrialização não é galpão fabril. Não é um fetiche ou o anacronismo desenvolvimentista. "Industrialização é a capacidade soberana que tem uma economia de construir um pólo irradiador de inovação e produtividade", explica a voz ecumênica, ponderada, sempre ouvida do  economista Luiz Gonzaga Belluzzo.  As interações entre a decisão de construir uma economia forte e soberana não são estranhas à decisão de se ter ou não uma democracia capaz de estender os princípios equânimes dos direitos civis aos direitos sociais "Temos uma chance:o Brasil tem uma fronteira que o autoriza a incluir a industrialização, assim entendida, na agenda do nosso tempo; essa fronteira é o pré-sal', anima-se.(LEIA MAIS AQUI)

A polêmica vai continuar, porque, de fato, Günter Grass pôs um dedo na ferida, uma ferida de muitas camadas, que remonta ao holocausto, ao silêncio sobre o holocausto depois da guerra, aos levantes de 68 (que, na Alemanha, levantaram o questionamento às gerações mais antigas - "onde você estava e o que fez durante o nazismo?"), e também ao silêncio posterior diante das atitudes belicistas dos governos isralenses, em particular o último, de Benyamin Netanyahu. O artigo é de Flávio Aguiar.

Berlim - O escritor alemão e prêmio Nobel de literatura (1999) Günter Grass causou enorme polêmica na Alemanha, na Europa e em Israel publicando, na semana passada, o poema abaixo em vários jornais europeus. O poema critica seu próprio país por vender mais um submarino à Israel, com capacidade para lançar mísseis armados até com ogivas nucleares. Critica o governo israelense "por ameaçar a já frágil paz mundial" com a possibilidade de um ataque ao Irã, por este supostamente estar preparando um arsenal nuclear.

Para o escritor quem certamente tem armas nucleares se propõe a atacar quem apenas se supõe estar construindo uma, sem se ter ainda prova cabal disso. Além disso, Günter Grass (autor, dentre outros, do romance "Die Blechtrommel", "O tambor de lata" - que também virou filme) critica seu próprio silêncio sobre o tema esse tempo todo, atribuindo-o a um sentimento de culpa que permanece na cultura de seu país (culpa que ele considera justificada). Ao final, o poema diz que ambos os países deveriam colocar suas atividades nucleares sob supervisão da ONU.

O poema caiu como uma bomba em diferentes meios. Primeiro, na própria Alemanha, onde criticar qualquer coisa a respeito de Israel é (compreensivelmente) tabu.

A mídia liberal rejeitou o poema, e suas críticas. Houve até quem chamasse Günter Grass (hoje com 84 anos) de "velho senil" querendo chamar a atenção. Muitos representantes de associações judaicas também criticaram veementemente o poema. Günter foi acusado de antissemita, e outras críticas interpretaram que seu poema fortalecia Ahmadinejad, os aiatolás e o Irã, comparando-o, "equivocadamente", a Israel. Outros consideraram o poema um equívoco do ponto de vista literário.

Mas houve quem saísse em sua defesa também. Escritores, artistas e membros do establishment cultural alemão rejeitaram a acusação de antissemitismo, lembrando que Grass sempre se posicionou favoravalmente à existência de Israel (algo que fica também implícito no próprio poema). Ainda houve também quem dissesse que o poema era exagerado (sobretudo ao dizer que Israel poderia exterminar o povo iraniano), mas que levantava um assunto que se necessitava debater.

Os partidos políticos não se pronunciaram oficialmente. Porém, em geral, os políticos da Linke aprovaram a atitude de Grass. Os do SPD se dividiram, uns apoiando Grass, outros criticando. Isso é muito relevante, porque Grass sempre se posicionou a favor do SPD. Muitos do Partido Verde criticaram o poema, mas deixaram claro que não endossavam a acusação de antissemitismo.

Para engrossar o caldo, o governo isralense declarou o escritor "persona non grata" em Israel, o que, na prática, barra sua entrada no país (que ele visitou muitas vezes). Vozes do governo de Tel Aviv se ergueram denunciando que Grass, na Guerra, pertencera à famigerada SS. É verdade que o próprio Grass reconheceu esse fato. Mas a história completa é a de que ele, aos 17 anos, quis se alistar na Marinha alemã para lutar. Aparentemente rejeitado, foi parar num regimento blindado das SS-Waffen, na frente de batalha. Ferido, foi feito prisioneiro num campo de concentração norte-americano. Ao mesmo tempo, políticos e escritores isralenses criticaram seu próprio governo. Muitos disseram que o governo, em dificuldades, estava fazendo uma campanha populista em cima do poema de Grass, e que era um absurdo barrar sua entrada, o que "igualava Israel aos regimes totalitários, inclusive o Irã".

Na Alemanha, a atitude do governo de Tel Aviv também mereceu críticas por parte da mesma mídia que atacara o poema, taxando a proibição de "exagerada".

A polêmica vai continuar, porque, de fato, Günter Grass pôs um dedo na ferida, uma ferida de muitas camadas, que remonta ao holocausto, ao silêncio sobre o holocausto depois da guerra, aos levantes de 68 (que, na Alemanha, levantaram o questionamento às gerações mais antigas - "onde você estava e o que fez durante o nazismo?"), e também ao silêncio posterior diante das atitudes belicistas dos governos isralenses, em particular o último, de Benyamin Netanyahu.

O próprio Grass veio a público dizer que continuava sustentando o poema, mas que talvez devesse tê-lo escrito deixando mais claro que seu alvo era o governo do atual primeiro-ministro, e não Israel como um todo. Leia abaixo quatro versões do poema, em espanhol, inglês, o original em alemão e em português.

Lo que hay que decir
Por qué guardo silencio, demasiado tiempo,
sobre lo que es manifiesto y se utilizaba
en juegos de guerra a cuyo final, supervivientes,
solo acabamos como notas a pie de página.

Es el supuesto derecho a un ataque preventivo
el que podría exterminar al pueblo iraní,
subyugado y conducido al júbilo organizado
por un fanfarrón,
porque en su jurisdicción se sospecha
la fabricación de una bomba atómica.

Pero ¿por qué me prohíbo nombrar
a ese otro país en el que
desde hace años –aunque mantenido en secreto–
se dispone de un creciente potencial nuclear,
fuera de control, ya que
es inaccesible a toda inspección?

El silencio general sobre ese hecho,
al que se ha sometido mi propio silencio,
lo siento como gravosa mentira
y coacción que amenaza castigar
en cuanto no se respeta;
“antisemitismo” se llama la condena.

Ahora, sin embargo, porque mi país,
alcanzado y llamado a capítulo una y otra vez
por crímenes muy propios
sin parangón alguno,
de nuevo y de forma rutinaria, aunque
enseguida calificada de reparación,
va a entregar a Israel otro submarino cuya especialidad
es dirigir ojivas aniquiladoras
hacia donde no se ha probado
la existencia de una sola bomba,
aunque se quiera aportar como prueba el temor...
digo lo que hay que decir.

¿Por qué he callado hasta ahora?
Porque creía que mi origen,
marcado por un estigma imborrable,
me prohibía atribuir ese hecho, como evidente,
al país de Israel, al que estoy unido
y quiero seguir estándolo.

¿Por qué solo ahora lo digo,
envejecido y con mi última tinta:
Israel, potencia nuclear, pone en peligro
una paz mundial ya de por sí quebradiza?

Porque hay que decir
lo que mañana podría ser demasiado tarde,
y porque –suficientemente incriminados como alemanes–
podríamos ser cómplices de un crimen
que es previsible, por lo que nuestra parte de culpa
no podría extinguirse
con ninguna de las excusas habituales.

Lo admito: no sigo callando
porque estoy harto
de la hipocresía de Occidente; cabe esperar además
que muchos se liberen del silencio, exijan
al causante de ese peligro visible que renuncie
al uso de la fuerza e insistan también
en que los gobiernos de ambos países permitan
el control permanente y sin trabas
por una instancia internacional
del potencial nuclear israelí
y de las instalaciones nucleares iraníes.

Sólo así podremos ayudar a todos, israelíes y palestinos,
más aún, a todos los seres humanos que en esa región
ocupada por la demencia
viven enemistados codo con codo,
odiándose mutuamente,
y en definitiva también ayudarnos.

Fonte: El País, 4 de abril de 2012
Tradução de Miguel Sáenz


What Must Be Said
Why do I stay silent, conceal for too long
What clearly is and has been
Practiced in war games, at the end of which we as survivors
Are at best footnotes.

It is the alleged right to first strike
That could annihilate the Iranian people--
Enslaved by a loud-mouth
And guided to organized jubilation--
Because in their territory,
It is suspected, a bomb is being built.

Yet why do I forbid myself
To name that other country
In which, for years, even if secretly,
There has been a growing nuclear potential at hand
But beyond control, because no inspection is available?

The universal concealment of these facts,
To which my silence subordinated itself,
I sense as incriminating lies
And force--the punishment is promised
As soon as it is ignored;
The verdict of "anti-Semitism" is familiar.

Now, though, because in my country
Which from time to time has sought and confronted
Its very own crime
That is without compare
In turn on a purely commercial basis, if also
With nimble lips calling it a reparation, declares
A further U-boat should be delivered to Israel,
Whose specialty consists of guiding all-destroying warheads to where the existence
Of a single atomic bomb is unproven,
But as a fear wishes to be conclusive,
I say what must be said.

Why though have I stayed silent until now?
Because I thought my origin,
Afflicted by a stain never to be expunged
Kept the state of Israel, to which I am bound
And wish to stay bound,
From accepting this fact as pronounced truth.

Why do I say only now,
Aged and with my last ink,
That the nuclear power of Israel endangers
The already fragile world peace?
Because it must be said
What even tomorrow may be too late to say;
Also because we--as Germans burdened enough--
Could be the suppliers to a crime
That is foreseeable, wherefore our complicity
Could not be redeemed through any of the usual excuses.

And granted: I am silent no longer
Because I am tired of the hypocrisy
Of the West; in addition to which it is to be hoped
That this will free many from silence,
That they may prompt the perpetrator of the recognized danger
To renounce violence and
Likewise insist
That an unhindered and permanent control
Of the Israeli nuclear potential
And the Iranian nuclear sites
Be authorized through an international agency
By the governments of both countries.

Only this way are all, the Israelis and Palestinians,
Even more, all people, that in this
Region occupied by mania
Live cheek by jowl among enemies,
And also us, to be helped.


Was gesagt werden muss
Warum schweige ich, verschweige zu lange,
was offensichtlich ist und in Planspielen
geübt wurde, an deren Ende als Überlebende
wir allenfalls Fußnoten sind.

Es ist das behauptete Recht auf den Erstschlag,
der das von einem Maulhelden unterjochte
und zum organisierten Jubel gelenkte
iranische Volk auslöschen könnte,
weil in dessen Machtbereich der Bau
einer Atombombe vermutet wird.

Doch warum untersage ich mir,
jenes andere Land beim Namen zu nennen,
in dem seit Jahren - wenn auch geheimgehalten -
ein wachsend nukleares Potential verfügbar
aber außer Kontrolle, weil keiner Prüfung
zugänglich ist?

Das allgemeine Verschweigen dieses Tatbestandes,
dem sich mein Schweigen untergeordnet hat,
empfinde ich als belastende Lüge
und Zwang, der Strafe in Aussicht stellt,
sobald er mißachtet wird;
das Verdikt "Antisemitismus" ist geläufig.
Jetzt aber, weil aus meinem Land,
das von ureigenen Verbrechen,
die ohne Vergleich sind,
Mal um Mal eingeholt und zur Rede gestellt wird,
wiederum und rein geschäftsmäßig, wenn auch
mit flinker Lippe als Wiedergutmachung deklariert,
ein weiteres U-Boot nach Israel
geliefert werden soll, dessen Spezialität
darin besteht, allesvernichtende Sprengköpfe
dorthin lenken zu können, wo die Existenz
einer einzigen Atombombe unbewiesen ist,
doch als Befürchtung von Beweiskraft sein will,
sage ich, was gesagt werden muß.

Warum aber schwieg ich bislang?
Weil ich meinte, meine Herkunft,
die von nie zu tilgendem Makel behaftet ist,
verbiete, diese Tatsache als ausgesprochene Wahrheit
dem Land Israel, dem ich verbunden bin
und bleiben will, zuzumuten.

Warum sage ich jetzt erst,
gealtert und mit letzter Tinte:
Die Atommacht Israel gefährdet
den ohnehin brüchigen Weltfrieden?
Weil gesagt werden muß,
was schon morgen zu spät sein könnte;
auch weil wir - als Deutsche belastet genug -
Zulieferer eines Verbrechens werden könnten,
das voraussehbar ist, weshalb unsere Mitschuld
durch keine der üblichen Ausreden
zu tilgen wäre.

Und zugegeben: ich schweige nicht mehr,
weil ich der Heuchelei des Westens
überdrüssig bin; zudem ist zu hoffen,
es mögen sich viele vom Schweigen befreien,
den Verursacher der erkennbaren Gefahr
zum Verzicht auf Gewalt auffordern und
gleichfalls darauf bestehen,
daß eine unbehinderte und permanente Kontrolle
des israelischen atomaren Potentials
und der iranischen Atomanlagen
durch eine internationale Instanz
von den Regierungen beider Länder zugelassen wird.

Nur so ist allen, den Israelis und Palästinensern,
mehr noch, allen Menschen, die in dieser
vom Wahn okkupierten Region
dicht bei dicht verfeindet leben
und letztlich auch uns zu helfen.

Fonte: Süddeutsche Zeitung, 4 de abril de 2012
Posted Yesterday by César Vásquez
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O que deve ser dito
Porque guardo silêncio há demasiado tempo
sobre o que é manifesto
e se utilizava em jogos de guerra
em que no fim, nós sobreviventes,
acabamos como meras notas de rodapé.

É o suposto direito a um ataque preventivo,
que poderá exterminar o povo iraniano,
conduzido ao júbilo
e organizado por um fanfarrão,
porque na sua jurisdição se suspeita
do fabrico de uma bomba atômica.

Mas por que me proibiram de falar
sobre esse outro país [Israel], onde há anos
- ainda que mantido em segredo –
se dispõe de um crescente potencial nuclear,
que não está sujeito a nenhum controle,
pois é inacessível a inspeções?

O silêncio geral sobre esse fato,
a que se sujeitou o meu próprio silêncio,
sinto-o como uma gravosa mentira
e coação que ameaça castigar
quando não é respeitada:
“antissemitismo” se chama a condenação.

Agora, contudo, porque o meu país,
acusado uma e outra vez, rotineiramente,
de crimes muito próprios,
sem quaisquer precedentes,
vai entregar a Israel outro submarino
cuja especialidade é dirigir ogivas aniquiladoras
para onde não ficou provada
a existência de uma única bomba,
se bem que se queira instituir o medo como prova… digo o que deve ser dito.

Por que me calei até agora?

Porque acreditava que a minha origem,
marcada por um estigma inapagável,
me impedia de atribuir esse fato, como evidente,
ao país de Israel, ao qual estou unido
e quero continuar a estar.

Por que motivo só agora digo,
já velho e com a minha última tinta,
que Israel, potência nuclear, coloca em perigo
uma paz mundial já de si frágil?

Porque deve ser dito
aquilo que amanhã poderá ser demasiado tarde [a dizer],
e porque – já suficientemente incriminados como alemães –
poderíamos ser cúmplices de um crime
que é previsível,
pelo que a nossa cota-parte de culpa
não poderia extinguir-se
com nenhuma das desculpas habituais.

Admito-o: não vou continuar a calar-me
porque estou farto
da hipocrisia do Ocidente;
é de esperar, além disso,
que muitos se libertem do silêncio,
exijam ao causador desse perigo visível
que renuncie ao uso da força
e insistam também para que os governos
de ambos os países permitam
o controle permanente e sem entraves,
por parte de uma instância internacional,
do potencial nuclear israelense
e das instalações nucleares iranianas.

Só assim poderemos ajudar todos,
israelenses e palestinos,
mas também todos os seres humanos
que nessa região ocupada pela demência
vivem em conflito lado a lado,
odiando-se mutuamente,
e decididamente ajudar-nos também.

Tradução para o português: Baby Siqueira Abrão.



 

O empacamento do PAC em Londrina

Só falta concluir os prédios dessa rua à esquerda. Um horror ! (Fotos: Marcelo Roque)


O ansioso blogueiro visitou na manhã desta terça-feira a maior obra do Minha Casa Minha Vida.

Fica no bairro de Vista Bela, na região Norte de Londrina, no Paraná.

Aqui viverão 12 mil famílias.

É uma prova incontestável de que, como assegura o PiG (*), o PAC empacou.

No período 2011-2014, serão construidas 12 milhões de novas moradias, com um investimento total de R$ 142 bilhões.

Só em 2012 serão investidos R$ 42 bilhões.

Em 2002, no ambiente da Herança Maldita – clique aqui para ver a tabelinha que faz o FHC cortar os pulsos – a Caixa investiu R$ 4 bi em habitação.

Dez vezes menos.

Isso, sim, é que era Avanço !

Leia também sobre o Horror em Londrina:

Minha Casa dá origem a “minicidade” em Londrina – Publicado em 13/06/2011


Cerca de 10 mil pessoas vão morar no Residencial Vista Bela, o maior canteiro do programa federal. Conjunto fez disparar a demanda por materiais de construção na região


Londrina – Considerado o maior canteiro de obras do programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida no país, o condomínio Vista Bela, localizado na região norte de Londrina (Norte do Paraná), vai abrigar, quando estiver concluído, uma “minicidade” com cerca de 10 mil pessoas. O megaprojeto, que está sendo erguido em uma área de 630 mil metros quadrados, chegou a empregar, em meados do ano passado, 1,5 mil trabalhadores, incluindo dez mestres de obra e dez engenheiros. Hoje trabalham nos canteiros cerca de 950 pessoas.


Serão ao todo 2.712 unidades habitacionais, entre casas e apartamentos, voltadas para famílias com renda de até três salários mínimos. O local terá 17 ruas, 31 quadras e 90 prédios.


(…)

Em Londrina, Gleisi Hoffmann visita maior obra do Minha Casa, Minha Vida – Publicado em: 06/08/2010


(…)


Os números do Vista Bela são impressionantes. No terreno de 650 mil metros quadrados vão morar entre 10 mil e 12 mil pessoas. Serão 1.272 casas e 1.440 apartamentos distribuídos em 90 prédios. A Caixa Econômica Federal investe aproximadamente R$ 80 milhões no residencial.


(…)



Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.