Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Aos urubus: o Brasil tem pleno emprego


A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo IBGE nas regiões metropolitanas, ficou abaixo de 5%: 4,7% em dezembro, queda de 0,5% em relação a novembro, que já era a menor registrada em toda a série de pesquisas,  desde 2002.
Cinco por cento é, cabalismos à parte, o número que se convenciona atribuir à condição de pleno emprego, pois representaria a rotatividade natural da mão-de-obra.
É um desempenho diante do qual nem a Miriam Leitão consegue ser pessimista. Embora a Folha praticamente esconda a notícia e destaque que o rendimento “perdeu ritmo” em 2011 pois  ao crescer 2,7% reais (descontada a inflação) na média anual, isso foi “quase um ponto percentual a menos do que em 2010, quando o avanço havia sido de 3,8%.”
Embora, lá no último parágrafo da matéria, acabe por registrar o que diz o coordenador da pesquisa de emprego do IBGE, Cimar Azeredo Pereira que “o aumento da renda (ainda que mais modesto), a queda da taxa de desemprego e o avanço da formalização mostram que o mercado de trabalho pouco sentiu os reflexos da atual crise, diferentemente do que ocorreu em 2009″.

Blogueiro da Veja quer prisão de jornalista que acuse sem provas

Há anos que os grandes meios de comunicação do eixo São Paulo – Rio de Janeiro (o que inclui jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet) vêm empreendendo uma cruzada contra o que chamam de “censura à liberdade de imprensa” ou “de expressão” que estaria sendo planejada pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados ou simpatizantes, de forma a coibirem críticas ao governo federal.
Para esses veículos, não pode haver limite para críticas ao governo, ainda que nunca tenham esclarecido se a premissa valeria para qualquer governo ou só para os governos do PT. Agora, porém, isso está sendo esclarecido.
Editoriais dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo já vinham na linha da defesa incondicional do governo Geraldo Alckmin, mesmo que em suas campanhas pela “liberdade de imprensa” sempre tenham caracterizado qualquer defesa do governo federal como “jornalismo chapa-branca”.
Já o jornal Folha de São Paulo vinha em uma linha mais jornalística, inclusive dando furos de denúncias de assassinatos ou desaparecimento de moradores do Pinheirinho, mas acabou publicando editorial em que até reconhece os excessos da Polícia Militar, mas centrando fogo nos partidos e movimentos sociais que se ergueram em defesa dos flagelados pela ação da Polícia Militar e, o que é pior, não citando o governador de São Paulo ou seu partido uma única vez.
Mas, agora, o blogueiro e colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo foi mais longe. Publicou texto em seu blog na última quarta-feira em que aumenta o tom da defesa que os veículos da grande imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro vêm fazendo do governo de São Paulo diante da forte repercussão negativa de sua ordem para que a Polícia Militar despejasse 1.600 famílias do bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último domingo (22.01.2012).
A proposta desse texto é a de que sejam presos jornalistas ou mesmo cidadãos sem formação jornalística que façam acusações sem provas ao governo tucano de São Paulo, mesmo que estejam se limitando a reproduzir denúncias de violações de direitos humanos que já estão até sendo repercutidas no exterior e que já geraram decisão da Organização das Nações Unidas de denunciar o governo de São Paulo por tais violações.
Abaixo, trechos dos vários posts que esse blogueiro da revista Veja está publicando nesse sentido.
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Alô, governo de SP, Justiça e Ministério Público! Hora de combater os criminosos da rede. Cadeia para os mentirosos!
É impressionante!
Multiplica-se na rede a delinqüência originalmente veiculada pela Agência Brasil, sob o comando da EBC, segundo a qual houve mortos na desocupação do Pinheirinho. Há vídeos circulando na rede que acusam, entre outras coisas:
- a Polícia Militar de esconder corpos;
- o governo e a PM de separar as crianças de seus pais;
- a prática de tortura.
E onde estão as evidências? Não há! Até porque não aconteceu nada disso. Afirma-se que, entre os mortos, há crianças. São criminosos operando a serviço de teses políticas. A EBC publicou hoje uma patética reportagem desmentindo o que ela própria havia divulgado ontem (as tais mortes) e, mais uma vez, atropelou a boa técnica jornalística e o bom senso. Na madrugada, trato do assunto. Terei de lembrar a Nelson Breve alguns fundamentos da profissão, uns 20 anos depois de nossa última conversa. Daquela vez, eu lhe passei alguns fundamentos do jornalismo em seu primeiro emprego na área. Agora, eu vou convidá-lo a recuperar alguns fundamentos de sua experiência no setor bancário — de onde ele vinha. Ele precisa tratar o leitor, o ouvinte e o telespectador da EBC como os bancos tratam os correntistas: procurando ganhar a sua confiança!
A expressão na Internet é e deve continuar livre. Mas ninguém tem licença para usar a rede para cometer crimes. Acusar a Polícia Militar, o governo do Estado e a Prefeitura de São José dos Campos de esconder corpos é crime — no caso, de calúnia. E o lugar de caluniadores é a cadeia.
Ou os entes do estado reagem contra os criminosos, ou eles progridem! É perfeitamente possível chegar à origem dessas mensagens e responsabilizar seus autores, segundo as regras vigentes no estado democrático e de direito.
(…)
A liberdade de expressão não confere a ninguém a liberdade de caluniar — continua a ser um crime, pouco importa o meio.
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Há uma grave distorção dos fatos, aí. A matéria da Agência Brasil (EBC) não acusou Alckmin ou a PM de nada, apenas repercutiu denúncias que já ganharam o mundo, tendo sido largamente reproduzidas na imprensa internacional em veículos como o diário britânico The Guardian ou na rede de televisão Al Jazeera.
Contudo, quem tem incomodado a grande mídia paulista e fluminense não está fazendo nada nem parecido com o que ela mesma faz há anos contra o governo federal semana sim, outra também. A própria Veja e congêneres, nos últimos anos, não se limitaram a reproduzir denúncias até de assassinato contra o governo Lula, mas endossaram-nas
A revista Veja, por exemplo, em sua edição 1929, de 2 de novembro de 2005, publicou matéria acusando a campanha de Lula à Presidência em 2002 de ter recebido doações ilegais de dinheiro transportado de Cuba para o Brasil clandestinamente. Abaixo, o trecho da matéria contendo a acusação:
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Os dólares, acondicionados em caixas de bebida, andaram por Brasília e Campinas até chegar ao comitê eleitoral de Lula em São Paulo. Dois ex-auxiliares do ministro Palocci confirmaram a história a VEJA. São eles: Rogério Buratti e Vladimir Poleto, que transportou o dinheiro de Brasília a Campinas a bordo de um avião Seneca.
(…)
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Nada jamais foi provado e, que se saiba, ninguém pediu prisão para quem fez essa matéria. Como se vê, é muito diferente do que vêm fazendo a EBC ou mesmo a blogosfera. Não se está reproduzindo denúncias, mas endossando-as. O tom da matéria supra reproduzida não diz que pode ter ocorrido, diz que ocorreu.
A mesma coisa fez o jornal Folha de São Paulo em 2007 ou em 2009, por exemplo.
Em 19 de julho de 2007, o jornal publicou chamada em destaque em sua primeira página que remetia a matéria de um colunista do jornal que acusou o governo Lula de ter assassinado 200 pessoas no âmbito do desastre do avião da TAM em São Paulo, que ocorrera no dia anterior. Abaixo, trecho da matéria.
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FOLHA DE SÃO PAULO
19.07.2007
O que ocorreu não foi acidente, foi crime
FRANCISCO DAUDT
COLUNISTA DA REVISTA DA FOLHA
Gostaria imensamente de ter minha dor amenizada por uma manchete que estampasse, em letras garrafais, “GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS”. O assassino não é só aquele que enfia a faca, mas o que, sabendo que o crime vai ocorrer, nada faz para impedi-lo. O que ocorreu não pode ser chamado de acidente, vamos dar o nome certo: crime.
(…)
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Alguns anos se passaram e o que se descobriu foi que havia um defeito no avião e que o piloto cometeu um erro. Mas a acusação jamais foi sequer retificada.
Já no dia 5 de abril de 2009, a mesma Folha de São Paulo publicou nova chamada em destaque em sua primeira página, que remetia a reportagem sobre o suposto plano do grupo VAR-Palmares durante a ditadura militar que visava sequestrar o então ministro Antonio Delfim Netto. Na mesma primeira página foi publicada ficha criminal de Dilma Rousseff que conteria seu indiciamento por ter participado desse crime.
O jornal, à época, alegou ter obtido a ficha criminal da hoje presidente da República junto ao arquivo do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Diante da contestação de Dilma, que apresentou inclusive perícias comprovando a fraude, o jornal admitiu, então, não ter obtido a ficha da parte do DOPS, mas via e-mail, declarando, pois, simplesmente “não poder atestar ou negar sua veracidade”.
Esses são só alguns dos exemplos mais clamorosos, mas há milhares. Não centenas, eu disse milhares.
Daqui por diante, portanto, a cada vez que a grande mídia falar em blogueiros e jornalistas “chapas-brancas” ou em “liberdade de imprensa para criticar o Poder”, você, leitor, jornalista ou blogueiro já está bem ciente do que pode argumentar a fim de encerrar e vencer a discussão: a liberdade de expressão que a mídia quer é só para si, enquanto prega censura e prisão para os que dela divergem.
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Crônicas do Terrorismo de Estado




O ESCÁRNIO E O CINISMO DO CASAL ALCKIMIN. OU SERÁ SADISMO ?










Qual preconceito mais te incomoda?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Amo São Paulo. Por isso mesmo dói ouvir certas aberrações da boca dos meus conterrâneos.

Todos os criados neste caldo e que não foram devidamente conscientizados para o contrário não estão imunes a propagar preconceitos. Acreditem, é um trabalho diário, do qual não me excluo, para garantir que nossa boca não seja mais instrumento de opressão. Pois essas frases não são coisas inofensivas ou engraçadinhas, mas ajudam a renovar a segregação.



Preconceito existe em todo o lugar, não é monopólio paulistano. Mas em cada região, há ódios que se sobressaem mais do que outros. Com a ajuda de amigos jornalistas e baseado também nos comentários dos posts deste blog – fonte inesgotável de posições bisonhas – elencamos frases carregadas de ódio, arrogância e inversão de valores que, vira e mexe, são ouvidas ou lidas na Paulicéia.

O “paulistanismo”, o nacionalismo paulista, funciona como uma espécie de seita radical para os seus adeptos. Mesmo as pessoas mais calmas viram feras, libertando uma fúria bandeirante que parecia, historicamente, reprimida dentro do peito quando se vêem diante de críticas à cidade (reflexão é algo que não faz muito sucesso por aqui). Bandeirantes, aquele pessoal que virou nome de avenida, escola, praça, escultura, Palácio de Governo, homenageados por terem dizimado gente. O fato de São Paulo tê-los escolhido como heróis diz muito sobre o espírito do nosso estado.

Neste 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, uma pergunta: somos capazes de nos desconectar do passado e construir um futuro mais justo ou vamos fica repetindo idéias e frases que carregam em si uma visão ridícula de mundo?

Qual preconceito paulistano mais te incomoda?

- É pobre, mas tem caráter. Nunca sumiu nada lá de casa

- Vagabundo que faz greve deveria ser demitido

- É tudo "baianada"

- São Paulo sustenta esse país.

- Tá com dó [de dependente químico ou sem-teto]? Leva para casa

- Agora ele vai pro hospital e a moto tem seguro. Mas quem paga meu espelho?

- Meu, o Centro agora tá cheio desse "povo da flautinha"

- Tinha que ser preto!

- Mano, cê é bicha?

- Adoro esse shopping que só tem gente bonita e selecionada

- Tire as mãos do meu carro

- Manifestantes? E minha liberdade de ir e vir? Olha o trânsito!

- Criança tinha que trabalhar para não fazer arruaça

A escolha do PSDB


O horror e a opção preferencial contra os pobres


É o horror. Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.

A primeira delas é tão clara que até enrubesce. Nos dois casos, trata-se de espantar o rebotalho urbano de terrenos cobiçados pela especulação imobiliária. O Projeto Nova Luz do prefeito Kassab, que vem a ser a privatização do centro para grandes incorporadoras, vai ser construído sob os escombros da Cracolândia, sem que nenhuma política social tenha sido feita para minorar a miséria ou dar uma opção séria para crianças, adolescentes e adultos que se consomem na droga. 

O terreno desocupado com requintes de crueldade em São José dos Campos, de propriedade da massa falida do ex-mega-investidor Naji Nahas, que já era de fato um bairro, vai ser destinado a um grande investimento, certamente. O presente de Natal atrasado para essas populações pobres libera esses territórios antes que terminem os mandatos dos atuais prefeitos, e o mais longe possível do calendário eleitoral. Rapidamente, a prefeitura de São Paulo está derrubando imóveis; a prefeitura de São José não deve demorar para limpar o terrreno de Pinheirinho das casas - inclusive de alvernaria - das quais os moradores foram expulsos. 

Até outubro, no mínimo devem ter feito uma limpeza na paisagem, o que atenua nas urnas, pelo menos para a classe média, a ação da polícia. A higienização justifica a truculência policial. A "Cidade Limpa" de Kassab, que começou com a proibição de layouts na cidade, termina com a proibição de exposição da pobreza e da miséria humana.

A segunda é de ordem ideológica. Desde a morte de Mário Covas, que ainda conseguia erguer um muro de contenção para o PSDB paulista não guinar completamente à direita, não existe dentro do partido nenhuma resistência ao conservadorismo. Quando Geraldo Alckmin reassumiu o governo do Estado, em janeiro de 2011, muitas análises foram feitas sobre se ele, por força da briga por espaço político com José Serra dentro do partido, iria trazer o seu governo mais para o centro. A referência tomada foi o comando da Segurança Pública, já que em seu mandato anterior a truculência do então secretário, Saulo de Castro Abreu Filho, virou até denúncia contra o governo de São Paulo junto à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. 

O fato de ter mantido Castro fora da Segurança e se aproximado do governo federal, incorporando alguns programas sociais federais, e uma relação nada íntima com o prefeito da capital, deram a impressão, no primeiro ano de governo, que Alckmin havia sido empurrado para o centro. O que não deixava de ser uma ironia: um político que nunca escondeu seu conservadorismo foi deslocado dessa posição por um adversário interno no partido, José Serra, que, vindo da esquerda, tornou-se a expressão máxima do conservadorismo nacional. 

Isso não deixa de ser uma lição para a história. Superado o embate interno pela derrota incondicional de José Serra, que desde a sua derrota vinha perdendo terreno no partido e foi relegado à geladeira, depois da publicação de "Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, Alckmin volta ao leito. O governador é conservador; o PSDB tornou-se orgânicamente conservador, depois de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e oito anos de posição neoudenista. A polícia é truculenta - e organicamente truculenta, já que traz o modelo militar da ditadura e foi mais do que estimulada nos últimos governos a manter a lei, a ordem e esconder a miséria debaixo do tapete. 

O nome de quem faz a gestão da Segurança Pública não interessa: está mais do que claro que passou pelo governador a ordem das invasões na Cracolândia e em Pinheirinho.

Outra análise que deve ser feita é a da banalização da desumanidade. Conforme a sociedade brasileira foi se polarizando politicamente entre PSDB e PT, a questão dos direitos humanos passou a ser tratada como um assunto partidário. O conservadorismo despiu-se de qualquer prurido de defender a ação policial truculenta, de tomar como justiça um Judiciário que, nos recantos do país, tem reiterado um literal apoio à propriedade privada, um total desprezo ao uso social da propriedade e legitimado a ação da polícia contra populações pobres (com nobres exceções, esclareça-se). 

Para os porta-vozes desses setores, a polícia, armada, "reage" com inofensivas balas de borracha à agressão dos moradores que jogam pedras perigosíssimas contra escudos enormes da tropa de choque. No caso de Pinheirinho, a repórter Lúcia Rodrigues, que estava na ocupação, na sexta-feira, foi ela própria alvo de duas balas letais, vindas da pistola de um policial municipal. Ela não foi atingida, mas duvida, pela violência que presenciou, das informações de que tenha saído apenas uma pessoa gravemente ferida daquele cenário de guerra.

Tortura e mortes no Pinheirinho

Não tenho muito que escrever. E provavelmente não poderia, com o coração sangrando como está. Só espero que as pessoas que não entenderam quando pessoas como eu diziam da violência que estava ocorrendo no Pinheirinho, que repensem o tratamento que devem dar a semelhantes alvejados pela selvageria, pela politicagem e pelo capitalismo selvagem.
Reproduzo, abaixo, reportagens do UOL sobre as mortes no Pinheirinho, inclusive de crianças, vídeos do blog Maria da Penha Neles e do Partido da Causa Operária (PCO), que mostram indícios da tortura de que a polícia e o governador de São Paulos são acusados de praticar contra aquelas famílias indefesas, sem falar nas mentiras odientas da mídia sobre aqueles pobres coitados.
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UOL NOTÍCIAS
23.01.2012 – 17h41 > Atualizada 23.01.2012 – 18h16
OAB de São José dos Campos diz que houve mortos em operação no Pinheirinho15
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/01/23/oab-de-sao-jose-dos-campos-diz-que-houve-mortos-em-operacao-no-pinheirinho.htm
Bruno Bocchini e Flávia Albuquerque
Da Agência Brasil, em São Paulo
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, Aristeu César Pinto Neto, disse nesta segunda-feira (23) que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.
“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no IML, e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.
Segundo Neto, a PM e a Guarda Municipal chegaram a atacar moradores que se refugiavam dentro de uma igreja próxima ao local. “As pessoas estavam alojadas na igreja e várias bombas foram lançadas ali, a esmo”, declarou.
O representante da OAB disse ter ficado surpreso com o aparato de guerra que foi montado em prol de uma propriedade pertencente à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas. “O proprietário é um notório devedor de impostos, notório especulador, proibido de atuar nas bolsas de valores de 40 países. Só aqui ele é tratado tão bem”.
Desde o início da manhã de ontem (22) , a PM cumpre uma ordem da Justiça Estadual para retirar cerca de 9.000 pessoas que vivem no local há sete anos. O terreno integra a massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas. A Justiça Federal decidiu contra a desocupação do terreno, mas a polícia manteve a reintegração obedecendo ordem da Justiça Estadual.
A moradora Cassia Pereira manifestou sua indignação com a maneira como as famílias foram retiradas de suas casas sem que ao menos pudessem levar seus pertences. “A gente está lutando por moradia. Aqui ninguém quer guerra, ninguém quer briga, a gente quer casa, nossa moradia. Todo mundo tinha suas casas aqui construídas, e tiraram de nós, sem direito a nada. Pegamos só o que dava para carregar na mão”, disse.
O coronel Manoel Messias Melo negou que haja mortos na ação e afirmou que os policiais militares se envolveram em conflitos durante a madrugada, mas negou que a ação foi contra os moradores do Pinheirinho. “Foram vândalos e anônimos que praticaram incêndios na região. Tivemos 14 prisões e algumas apreensões de armas esta noite”, declarou.
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Última Instância
23.01.12
http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/54696/moradores+do+pinheirinho+denunciam+morte+de+crianca+por+gas+lacrimogeneo.shtml
Moradores do Pinheirinho denunciam morte de criança por gás lacrimogêneo
Daniella Cambaúva – 23/01/2012 – 18h26
Dez pessoas que residiam no terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, afirmam ter presenciado a morte de uma criança de menos de um ano de idade por conta do excesso de gás lacrimogêneo jogado pela PM (Polícia Militar) durante um confronto. A criança teria morrido na tarde do último domingo (23/1) no local onde a Prefeitura está oferecendo assistência aos moradores, em um terreno localizado a poucos metros da ocupação.
Procurada pelo Última Instância, a Secretaria de Imprensa da Prefeitura disse não ter conhecimento sobre a morte da criança, e afirmou que foi oferecida assistência hospitalar àqueles que ficaram feridos.
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Polícia persegue famílias até dentro dos abrigos a elas destinados pelo Estado



Quem nasceu pra Alckmin nunca chegará a Brizola


O texto (e testemunho) abaixo é de Fernando Soares Campos (foto):

Depois de passar uma temporada de sete anos em Recife, retornei ao Rio de Janeiro em 1991. Aqui chegando me hospedei, com mulher e dois filhos, na casa de uma amiga nossa em Anchieta, num assentamento denominado Parque Esperança. O local já contava com parte da infraestrutura necessária à condição de habitabilidade: rede de eletricidade, fornecimento de água e ruas planejadas, mas ainda não asfaltadas. A maioria das casas ainda estava em construção, porém já habitadas. Na parte mais alta do terreno se localizava a sede da associação de moradores, sob a liderança de um rapaz chamado Paulo de Aquino, que, dias depois, eu soube que se tratava de um jovem líder comunitário experiente em invasão de terrenos para assentamento de sem-teto. O Estado do Rio vivia o segundo governo de Leonel Brizola. 

Quando me apresentaram ao Paulo de Aquino, que todos tratavam por Paulinho, inicialmente não pude distinguir nele o perfil de um autêntico líder comunitário. Desconfiei até que se tratava de um aproveitador, um cara que talvez organizasse as invasões de terra a fim de se apropriar de alguns terrenos para vendê-los. Apesar de ele se revelar a mim como um indivíduo desconfiado de tudo e de todos, identifiquei aí um paradoxo: era extrovertido, extremamente falante. Então, incentivado pela minha amiga, Paulinho me convidou para participar dos trabalhos da associação de moradores a que ele presidia. 

Arranjaram-me uma sala no prédio da associação, com a tarefa de redigir e editar um jornal comunitário. Eu contava com mesa, duas cadeiras, máquina de escrever, papel e um armário. Também uma jovem estudante da comunidade me auxiliava nos trabalhos. Produzimos o “Fala Povo”, um jornal de oito páginas que uma gráfica-editora da Baixada imprimia em tiragens de mil exemplares. Na segunda edição publicamos as cartas dos leitores, que se manifestaram com as mais variadas sugestões e elogios. 

Certo dia, Paulinho entrou na minha sala-redação e me disse que queria falar comigo em particular. Pedi licença à minha auxiliar, ela saiu e ficamos a sós. Ele me confidenciou que estava preparando a invasão de mais um terreno. Informou que havia cadastrado cerca de cem famílias, pessoas que o procuravam na esperança de conseguir um lote para construir uma casa. Falou que não podia revelar a localização do terreno a ser invadido, pois isso poderia atrapalhar os planos, adiantando apenas a informação de que não era muito distante dali. “Tudo bem, mas em que posso ser útil?” Aí ele me deu uma aula de como as coisas aconteciam. Pela sua exposição, entendi que não era uma coisa tão simples como eu imaginava. Exigia organização e trabalho duro, pois ele não se limitava à mera invasão, criando um núcleo favelado com vielas que dificultassem a instalação da infraestrutura Nada disso. O que ele queria era produzir mais um loteamento planejado que atendesse às exigências básicas de habitação. 

Àquela altura eu já conhecia razoavelmente bem o Paulo de Aquino, e a ligeira má impressão que tive dele quando o conheci já havia se dissipado. Compreendi que se tratava realmente um líder comunitário por vocação. Havia nele, sim, um interesse pessoal, mas legítimo: queria se eleger vereador ou deputado estadual. Era brizolista de carteirinha, falava de Brizola com empolgação e de Luís Carlos Prestes com veneração. Paulinho transitava com desenvoltura por entre políticos da Câmara de Vereadores e da Assembléia Legislativa. Além disso, tinha bom relacionamento com o pessoal do executivo estadual. 

No dia e hora marcada as famílias convocadas para a invasão se reuniram em frente à associação de moradores, receberam instruções de como deveriam se comportar e só aí foram informadas sobre a localização do terreno a ser invadido. Era em Costa Barros, a cerca de três quilômetros dali, próximo a uma estação da linha auxiliar da Central do Brasil. (Dias depois me falaram que se tratava de uma das propriedades inventariada no rol da massa falida da Coroa-Brastel, sobre a qual incidiam muitos milhões em impostos não recolhidos. Mas eu nunca procurei me certificar da veracidade dessa informação.) 

Madrugada adentro, o grupo, liderado por Paulinho a seus assessores, partiu para a invasão do terreno. Eu não estava presente, pois havia pernoitado na casa de uma prima minha em Jacarapaguá. Mas a minha mulher participou da empreitada. 

No dia seguinte, fui direto ao local da invasão. Cheguei lá por volta das dez horas da manhã. Quando desci do ônibus, avistei aquilo que parecia um acampamento de refugiados de guerra. Muita gente já havia armado barracas, tendas e improvisado barracos de madeira, a fim de garantir seus espaços. Comecei a caminhar por entre a turba, observando tudo detalhadamente. Uma mulher conversava animadamente com outra e, ao me avistar, falou para a companheira: “Ih! Chegou o dono do terreno!” Continuei caminhando até encontrar minha mulher, que estava no centro de um lote demarcado por barbantes amarrados a tocos de madeira fincados no chão. “É aqui que vamos construir nossa casa”, disse ela. 

Além do grupo original, já havia centenas de outras pessoas que aderiram ao movimento. Algumas me falaram que iam trabalhar e, ao avistarem a ocupação, desembarcaram do ônibus e se juntaram aos invasores, pois queriam garantir um lote. 

Mais tarde encontrei Paulo de Aquino e perguntei: “E agora, como vamos fazer?! Tá uma bagunça dos diabos!” Ele me disse que no primeiro momento era assim mesmo, mas aos poucos tudo seria organizado. Três dias depois ele arranjou, com a Secretaria de Obras do Estado, uma caterpílar, que começou a abrir as ruas. Aqueles lotes demarcados aleatoriamente foram dando lugar a terrenos de 120 m² à margem das pistas abertas. Nesse reordenamento ocorreram algumas disputas, desentendimentos sobre o que é de quem. Mas tudo se resolvia. Em pouco tempo havíamos assentado cerca de 500 famílias. Outras chegaram atrasadas, solicitando um espaço para construírem suas casas. Foram cadastradas para uma possível próxima invasão. 

Os ocupantes foram orientados a aguardar o momento em que seria dado sinal verde para que iniciassem as construções em alvenaria. Precisávamos ter a certeza de que não seríamos despejados. Essa garantia veio por parte de assessores do governo Brizola. Eles nos asseguraram que ninguém iria nos importunar. Aí, cada um se virou como podia. Logo, três novas casas de material de construção se instalaram nas imediações do loteamento e, pode crer, prosperaram rapidamente. 

Em frente à ocupação foi deixado livre um terreno de uns 3.000 m², a pedido de Paulo de Aquino. Essa área havia sido preservada para a construção de um CIEP. Não demorou muito e apareceram por lá os tratores fazendo a terraplanagem, e as carretas desembarcando os pré-moldados. Em pouco tempo o Brizolão estava pronto. No final do ano recebemos a rede elétrica e em seguida a rede de saneamento básico. 

Construí uma casa de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, varanda, garagem, jardim e pequeno quintal. Plantei mangueira, coqueiro e um flamboyant, que em 1996, quando saí de lá, já estavam crescidos, dando sombra e frutos. Fui morar em Juiz de Fora, onde iniciei um pequeno empreendimento comercial que acabou não dando certo. Em 98 voltei para o Rio, prestei concurso e me tornei funcionário público estadual. Moro hoje em apartamento alugado aqui no Itanhangá. Quando eu ainda morava em Costa Barros, Paulo de Aquino se candidatou a deputado estadual, mas conquistou apenas a primeira suplência dos candidatos que se elegeram por seu partido. Tenho notícias de que hoje todas as ruas daquele assentamento estão asfaltadas. Soube também que muitos moradores fizeram puxadas e meiáguas para abrigar os filhos que cresceram e se casaram. 

Mas, por que estou contando essa história? Porque li um artigo de Luis Nassif, tratando do massacre de Pinheirinho, intitulado “Nem por esperteza, Alckmin demonstrou sensibilidade”. 

Vejamos alguns trechos do texto do Nassif: 

“Curiosamente, foi Geraldo Alckmin o primeiro político de peso do PSDB a perceber a emergência de novos valores. Ainda na campanha, mostrou as vantagens de programas tipo ‘Minha Casa, Minha Vida’ sobre o modelo autárquico do CDHU. Entendeu a importância da colaboração federativa. Percebeu a relevância de reduzir o estado de guerra com o professorado, praticar o relacionamento civilizado com prefeitura e lideranças de bairro. Até ensaiou algumas ações administrativas colaborativas, juntando várias secretarias de governo e a prefeitura.

“De repente, surge a grande oportunidade: 6.000 pessoas morando em uma área de disputa jurídica. Não são aventureiros, não são invasores forçando a barra para conseguir imóveis para futura negociação. São famílias que se estabeleceram ao longo de anos, criando uma comunidade com velhos, crianças, mulheres, mães e pais de família, que levantaram suas casas em regime de mutirão, firmaram-se nos seus empregos, colocaram suas crianças nas escolas, criaram uma comunidade sem nenhuma ajuda do poder público.

Seria o momento máximo de inaugurar uma nova era. Um governador minimamente competente teria convocado a Secretaria de Assistência Social, o CDHU, a Secretaria da Justiça e da Defesa, a prefeitura de São José dos Campos, grandes empresas instaladas na região para um plano integrado destinado a encontrar uma solução para a comunidade de Pinheirinho.”
 

Bom, em campanha, para angariar simpatia e faturar votos, Alckmin até elogia os empreendimentos dos governos Lula-Dilma. Se ele decidir mais uma vez tentar chegar à Presidência da República, vai novamente prometer que, eleito, ampliaria os programas sociais dos governos petistas: Bolsa Família, Prouni, Minha Casa Minha Vida, entre outros. Tem cara-de-pau suficiente pra isso. 

Mas a verdade é que quem nasceu pra Alckmin nunca chegará a Brizola.

A marca da maldade (e da destruição) de Alckmin e Cury





Nunca vi coisa tão monstruosa como demolir casas de alvenaria (veja o vídeo), levantadas e melhoradas com dificuldade ao longo dos anos, onde era o lar de famílias com crianças e idosos, para deixá-los sem nenhum teto, tornando-os refugiados, para recomeçar a vida do zero.

Até na ditadura, havia construção de conjuntos habitacionais, antes de remover favelas.

Nada explica um prefeito e um governador, em vez de construir casas, demolir.

O cidadão de São José dos campos paga imposto para isso? Para máquinas da prefeitura serem usadas para derrubar lares de pobres e entregar o terreno limpo para uma tal de "massa falida" de ricos?

São José dos Campos tem só 2 mil domicílios em favelas. Facílimo de resolver, para uma cidade tão rica!


A cidade de São José dos Campos tinha 189.587 domicílios ocupados em 2010, segundo o censo do IBGE.

Só 2.015 domicílios são em aglomerados subnormais (favelas). Facílimo de resolver para uma cidade rica. Mais fácil ainda quando 1.700 domicílios eram no Pinheirinho, e o a massa falida de Naji Nahas devia R$ 16 milhões de IPTU.

A cidade é o 19º PIB municipal do Brasil. Tem centros tecnológicos de ponta com investimentos federais (ITA, INPE, etc), e um parque industrial que recebe bilhões do BNDES. Tudo isso alavanca a economia e a arrecadação da cidade.

O mínimo que poderia se esperar de um prefeito com recursos tão grandes e problemas tão pequenos, é promover a ascensão social da pequena parcela da camada mais pobre da população, para a inclusão social e produtiva, erradicando a pobreza na cidade.

Mas o prefeito tucano não se contentou em deixar os mais pobres apenas abandonados, tomou decisões também para arruinar suas vidas.

Demolir aquelas casas, sem ter outra para mudar, é demolir a vida das pessoas, é desestruturar famílias. É semear a revolta em crianças que viram sua família ser arrancada de casa à força, para passar um trator um cima.

É muita maldade fazer o povo sofrido, sofrer à toa de novo, destruindo o pouco que tem, por pura ganância de dinheiro e mesquinharia por poder.

E não me venha falar em ordem judicial, porque quem não concorda, contesta.

E mesmo que a constestação judicial não seja acatada, o governador pode sim, em casos extremos descumprir e "peitar" uma ordem judicial insana. O juiz pode até mandar prender o governador que descumprir, mas isso nunca acontece, pelas consequências políticas, o que sempre obriga a uma conciliação.

Alckmin e o prefeito Eduardo Cury, não foram apenas omissos, eles agiram politicamente para esse desfecho ao criar dificuldades para viabilizar uma solução.

O prefeito queria "limpar a área" para "empreendimentos econômicos" (ele diz isso em uma entrevista: que a área tem "vocação industrial"). E queria quebrar a espinha dorsal de uma comunidade cujo líder comunitário era de um partido de oposição, o PSTU. É coisa de fascista desumano. E Alckmin concordou com tudo isso, pois não moveu um dedo para viabilizar a regularização das casas, e moveu 2000 policias para exterminar 1700 lares.

Alckmin e Eduardo Cury são os senhores desgraça, exterminadores de lares e desagregadores de famílias.

Semeiam a desesperança, a descrença na justiça e no sistema, e a revolta na cabecinha daquelas crianças e de todo mundo que tem um mínimo de senso de humanidade.

Que colham tudo o que plantaram, caindo no ostracismo político do qual nunca deveriam ter saído.

Tomara que nestes corpo-a-corpo de campanha eleitoral, venham pedir voto nas próximas eleições à um ex-morador do Pinheirinho. É só olhar no fundo dos olhos e dizer: o "senhor" arrancou a minha família da minha casa e passou um trator em cima, seu @#&. Vá pedir votos ao Naji Nahas.

Em tempo: A velha imprensa quer "socializar" os senhores desgraça, jogando a responsabilidade para o governo federal. É pura mentira.

Leia a nota do Ministério das Cidades.

Leia essa matéria do ano passado, quando Alckmin se comprometia a fazer um projeto através do CDHU, e o prefeito se comprometia a mudar o zoneamento urbano, exigências para o governo federal liberar financiamento a qualquer cidade.

Leia a nota da Secretaria-Geral da Presidência da República onde mostra que o acordo de suspensão por 15 dias não foi cumprido.

NEM HABILITADOS, NEM INTERESSADOS

Até 2020, o mundo precisará criar 650 milhões de novos empregos para enxugar as demissões geradas pelo colapso neoliberal e incorporar as novas gerações que chegam ao mercado  de trabalho. O cálculo da OIT estima em US$ 1,3 trilhão o investimento produtivo necessário para que isso ocorra. O valor representa cerca de 10% do socorro  oferecido às finanças desreguladas para salvá-las do abismo por elas escavado. A julgar pela agenda dos distintos governos conservadores em ascensão na Europa, esse objetivo não tem qualquer chance de ser atingido no prazo preconizado. Políticas de arrocho fiscal e salarial vitaminadas pelo torniquete de cortes de direitos sociais escavam o fundo do abismo recessivo, aprofundando a crise urbi et orbi. Os representantes do dinheiro não estão habilitados, nem interessados nessa equação. Ela simplesmente não cabe nos limites da lógica mercadista. A conversa começa a partir daí. Hoje, 5ª feira, a partir das 9 horas, no auditório da Ajuris, em Porto Alegre, Carta Maior promove um capítulo dessa conversa, com a participação de Luiz Gonzaga Belluzzo, Mario Burkún, Samuel Pinheiro Guimarães, e Ignacio Ramonet:"O crepúsculo neoliberal, o horizonte da esquerda e o déficit de democracia"



Carta Maior promove debate sobre crise do neoliberalismo e rumos da esquerda

Luiz Gonzaga Belluzzo, Samuel Pinheiro Guimarães, Ignácio Ramonet e Mario Búrkún debaterão em Porto Alegre a crise econômica mundial e os desafios políticos e econômicos que ela coloca para a esquerda internacional. Seminário ocorrerá no dia 26 de janeiro, às 9 horas, no auditório da Escola Superior da Magistratura da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Atividade faz parte da programação do Fórum Social Temático 2012.



Porto Alegre - A Carta Maior promove dia 26 de janeiro, em Porto Alegre, um debate sobre “A crise do neoliberalismo e os rumos da esquerda no século XXI”, com a participação de Luiz Gonzaga Belluzzo, Samuel Pinheiro Guimarães, Ignácio Ramonet e Mario Búrkún.

A atividade, que faz parte da programação do Fórum Social Temático 2012, será realizada a partir das 9 horas, no auditório da Escola Superior da Magistratura, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), rua Celeste Gobbato, n° 229, bairro Praia de Belas. O encontro, que será mediado pelo jornalista e historiador Gilberto Maringoni, é aberto ao público, mas recomenda-se antecipação no horário pois os lugares são limitados.

 Luiz Gonzaga Belluzzo: economista, professor da Unicamp e diretor da Facamp.

Samuel Pinheiro Guimarães: Alto Representante do Mercosul, ex-secretário geral do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.

Ignácio Ramonet: Jornalista espanhol. Presidente do Conselho de Administração e diretor de redação do Le Monde Diplomatique.

Mario Burkún é Doutor em Ciências Econômicas da Universidade Pierre Mendes France, de Grenoble, França. Professor de Ciências Econômicas na Universidade de Buenos Aires e na Universidade de La Matanza.



Sobre os participantes:


Fotos: Carol De Goes