Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O “Calunista” que é a "cara da VEJA" ...

REINALDO AZEVEDO
Por Luís Nassif

Azevedo foi um jornalista apagado até os 40 anos de idade. Depois, entrou para a revista “Primeira Leitura”, que cerrou as portas quando foi denunciado o esquema de patrocínios políticos absurdos que a mantinha e que envolveu a NOSSA CAIXA do governo tucano de São Paulo. Patrocínio desfeito, a ira do “Rei” com seus ex-amigos do PT, partido a que ele era filiado, virou um caso patológico.
Foi, então, contratado por Mario Sabino para se tornar o blogueiro da Veja,  incumbido dos ataques aos adversários e da bajulação aos aliados e à empresa. Pratica ambos com notável desenvoltura.
Dedica a Sabino temor reverencial. Quando não recebe ordens diretas da direção, procura se antecipar ao que considera ser a opinião da revista.
Às vezes erra e entra em pânico.
Quando Barack Obama despontou nas pesquisas, escreveu comentário preconceituoso contra ele. No final de semana a edição da revista elogiava o candidato. Sua reação foi um e-mail temeroso a Sabino, perguntando das conseqüências do escorregão.
Acalmou-se quando recebeu o “nihil obstat”. Passou recibo no Blog, divulgando o e-mail súplice e a absolvição generosa.
Tenta reproduzir o ideal “yuppie” do grupo, como apregoar que sempre foi bem sucedido (até os 40 anos era jornalista apagado e  desempregado), gostar de uísque escocês e separar parte de suas cinco horas de sono para “fazer amor”. Aprecia quando comentários supostamente assinados por leitores (grande parte dos comentários é de "anônimos", que tanto podem ser leitores quanto o próprio blogueiro) realçam sua inteligência e charme.
Gosta de ser chamado de "meu Rei" e "tio Rei" pelos leitores. Esbanja preconceito contra negros, mulheres, abusa de um linguajar chulo, não tem limites para caluniar ou difamar críticos da revista.
Seu blog participa do  circuito de blogs que fazem eco às "denúncias" lançadas pelo lobby de Daniel Dantas.
É reconhecidamente pessoa desequilibrada, com pendores homofóbicos. Tem obsessão por insinuações sexuais contra adversários e é especialmente agressivo com mulheres. Consegue saltar, sem nenhum filtro, da agressão mais escatológica contra os "inimigos" à bajulação mais rasteira às chefias.
Em qualquer publicação, independentemente do porte, seu desequilíbrio seria contido dentro de limites editoriais. Na Veja de Eurípedes-Sabino não só tem autorização para fazer o que quiser-até sugerir "boquetes" ao presidente - como é estimulado a isso.
Graças à falta de  discernimento de Eurípedes e Sabino e à pouca importância que ambos - mais a Abril - dedicam ao trabalho de preservação da imagem da revista, Azevedo representa uma espécie de caricatura, a parte mais grotesca do processo de degradação editorial da revista. É um esgoto sem filtro. Todo o seu desequilíbrio é despejado diariamente no Blog e sua atuação festejada por Sabino.
Hoje em dia, junto ao universo crescente dos freqüentadores da Internet, a imagem de Veja tornou-se irremediavelmente ligada à de Azevedo, o "tio Rei".


É o exemplo mais acabado do processo de deterioração moral e editorial que tomou conta da revista.


Blog JENIPAPONEWS também está no PORTAL DO NASSIF

"Nova Cara" da VEJA...

(clique na capa)

Por Luís Nassif

O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja. Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim (jornaleco) sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico.
Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças.
O primeiro conjunto são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo.
O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década..
A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos.
O estilo neocon
De um lado há fenômenos gerais que modificaram profundamente a imprensa mundial nos últimos anos. A linguagem ofensiva, chula, herança dos “neocons” americanos, foi adotada por parte da imprensa brasileira como se fosse a última moda.
Durante todos os anos 90, Veja havia desenvolvido um estilo jornalístico onde campeavam alusões a defeitos físicos, agressões e manipulação de declarações de fonte.
Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do “mensalão” que nunca foi provado, do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo “neocon”. Outros colunistas utilizaram com “talento” – como Arnaldo Jabor -, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos.
O jornalismo e os negócios
Outro fenômeno recorrente – esse ainda nos anos 90 -- foi o da terceirização das denúncias e o uso de notas como ferramenta para disputas empresariais e jurídicas. 
marketinização da notícia, a falta de estrutura e de talento para a reportagem tornaram muitos jornalistas meros receptadores de dossiês preparados por lobistas. 
Ao longo de toda a década, esse tipo de jogo criou uma promiscuidade perigosa entre jornalistas e lobistas. Havia um círculo férreo, que afetou em muitos as revistas semanais. E um personagem que passou a cumprir, nas redações, o papel sujo antes desempenhado pelos repórteres policiais: os chamados repórteres de dossiês.
Consistia no seguinte:
O lobista procurava o repórter com um dossiê que interessava para seus negócios.
O jornalista levava a matéria à direção, e, com a repercussão da denúncia ganhava status profissional.
Com esse status ele ganhava liberdade para novas denúncias. E aí passava a entrar no mundo de interesses do lobista.

Quer ver mais?! Veja

Ele é Fiel... Salmo da Rede Globo: de 1964 até sempre. O golpe é o meu guia, nada me faltará.

 

 1. O GOLPE é o meu guia, nada me faltará.


2. Deita-me em verdes (?), guia-me mansamente a águas tranquilas propiciadas pela cooperação.

3. Refrigera a minha empresa; guia-me pelas veredas da satisfação, por amor do seu nome, oh, Redentora amada.

4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte — visse os executados, torturados, desaparecidos—, nada diria. Não temeria mal algum, porque tu estás comigo; as tuas tropas e os teus canhões me garantem que tudo será como deve ser.

5. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, todos algemados e instalados com segurança (para nós) no pau-de-arara. Sabe como é, comunistas são perigosos. Unge a minha empresa e retribuiremos, pois é dando que se recebe.

6. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do GOLPE ad infinitum, pelo menos enquanto não houver repúblicas populares entre nós. Amém!

Agenor Bevilacqua Sobrinho – S. Bernardo do Campo - SP



Ministro da ditadura, Armando Falcão, amigo do peito e protetor do dono das organizações Globo, Roberto Marinho.

Record News - 1/09/2011 - José Dirceu e a matéria da Veja pt. 1/2


via Brasil mostra tua cara

(Tô no aguardo da parte 2/2)

EXCLUSIVO – FLAGRAMOS O REPÓRTER DA VEJA TENTANDO SE INFILTRAR NO QUARTO DE ZÉ DIRCEU


do sitio cloaca news

Silêncio ensurdecedor de Veja

A revista Veja publicou, nesta semana, matéria de capa na qual se utilizou de recursos ilegais para obter informações: primeiro, houve tentativa de invasão de domicílio e crime de falsidade ideológica; depois, violação de privacidade.

Abalos à própria credibilidade e verdadeiros atentados à atividade jornalística, os atos de Veja constituem caso de polícia e grande preocupação quanto ao respeito aos direitos fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Com métodos absurdos e distantes do que é jornalismo, Veja incumbiu um de seus “repórteres” a tentar entrar no meu quarto de hotel, fingindo ser o dele e pedindo a uma camareira para abri-lo. Ela se recusou, informou a direção e o hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência.

O mesmo “repórter” tentou, posteriormente, se passar por um assessor da Prefeitura de Varginha e disse que precisava deixar em meu quarto “documentos relevantes”. Foi descoberto novamente.

Mas a revista decidiu publicar a farsa e —pasmem!— veiculou imagens dos corredores do hotel, de uma câmera oculta plantada no andar em que me hospedei.

A espionagem de Veja ultrapassa todos os limites e constitui um atentado à democracia —lembra os tempos de ditadura. Viola o princípio constitucional da intimidade, não apenas minha e das pessoas com quem me encontrei —deputados, senadores, governadores e ministros de Estado—, mas de todos os demais hóspedes.

Infringe ainda nosso Código Penal. Colide com princípios básicos da democracia, como o direito de qualquer cidadão de se reunir. Quando esses direitos fundamentais são ameaçados dessa forma e prevalece o silêncio, toda a sociedade está em risco.

Confrontada com os fatos, Veja se comportou como se tais práticas fossem legais e desejáveis do ponto de vista jornalístico. Mas não são, como ressaltaram vários sites e blogs —Terra, UOL, Brasil 247, Vermelho e Sul21—, denunciando o caráter criminoso dos atos praticados pela revista, além das inúmeras manifestações de apoio que recebi.

As emissoras Record e SBT noticiaram o episódio. Procurada para opinar, Veja se recusou a expor suas razões.

Há pouco mais de um mês, o mundo se surpreendia com a revelação de que o tabloide britânico News of The World se utilizou diversas vezes de expedientes ilegais para obter informações sobre personalidades e altas autoridades políticas. Lá, o News of The World fechou as portas e vários de seus dirigentes estão sob investigação.

Aqui, o caso está nas mãos da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal e não podemos deixá-lo cair no esquecimento, é preciso haver punições.

As práticas tão distantes de um verdadeiro jornalismo investigativo deveriam incomodar a todos os que trabalham por uma atividade jornalística séria e comprometida com a busca da isenção. Com seu silêncio ensurdecedor, Veja mantém as vestes de polícia política que usou para me espionar na matéria-farsa que produziu.

Definitivamente, a ação da Veja revela uma perspectiva preocupante. Como bem pontuou Alberto Dines, em artigo no Observatório da Imprensa sobre o caso, “a matéria recoloca o jornalismo político brasileiro na Era da Pedra Lascada”.

Será essa a ponta do iceberg de um jornalismo de delitos, tal qual o News of The World? Se queremos evitar esse enredo policial, com marcas dos períodos de exceção, é preciso cobrar a quebra desse silêncio ensurdecedor.

Leia mais em: O Esquerdopata
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Leandro Fortes e a UDN de Brasília

A reação do PT e o novo Cansei

As notícias saíram melhores do que a encomenda. Os assuntos que ora serão abordados têm sido objetos de infatigáveis postagens neste blog e corroboram tudo o que vem sendo dito aqui sobre a condução política do governo Dilma Rousseff e a sua irresponsabilidade em não combater uma praga que assola este país, a corrupção midiática.
Primeiro, reproduzo, abaixo, uma das muitas notícias que saíram nesta sexta-feira (02/09) sobre o 4º Congresso do PT, a realizar-se neste fim de semana em Brasília. Nesse texto da Folha de São Paulo figuram fatos que têm sido ignorados por pessoas de boa fé que querem apoiar incondicionalmente o governo Dilma, mas que o estão prejudicando com tal apoio.
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Folha de São Paulo
2 de setembro de 2011
Cúpula do PT defende controle da mídia

O comando do PT elaborou documento em que ataca a imprensa e defende o controle da mídia no Brasil. No texto, apresentado ontem à Executiva Nacional como proposta de resolução para o 4º Congresso do partido, o PT defende o fim da propriedade cruzada em veículos de comunicação, a “democratização” da mídia e a “quebra do monopólio”. Apesar disso, o partido sustenta que é contra qualquer tipo de censura.
A Folha apurou que o governo tende a encampar o veto à propriedade cruzada de meios de comunicação. A ideia seria acionar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para obrigar grupos que têm várias plataformas a se desfazer de parte das concessões. A resolução preliminar diz que a falta de um marco regulatório e a concentração do domínio midiático “tolhem a democracia”, “silenciam” e “marginalizam”, “criando um clima de imposição de uma versão única no país”.
Em tom bem mais agressivo do que o do 3º Congresso, de 2007, o texto condena “certos veículos que flertam com mecanismos ilegais”. O partido afirma que, após participar de “conspiração que tentou derrubar, sem êxito, o PT e Lula”, setores da mídia lideram agora “campanha pela faxina” no governo.
Falcão
Falcão, que está condensando o texto, lembrou em entrevista que o ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social) já apresentou proposta semelhante no governo Lula.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR), que participará do encontro, disse à Folha que essa não é a pauta do governo: “É insensato. Lutamos para escrever na Constituição que não pode haver controle prévio e censura”.
Segundo Bernardo, a Lei Geral de Telecomunicações, em discussão no ministério, regula a concessão de emissoras de rádio e TV, mas não de jornais, revistas e internet. O secretário de Comunicação do PT, André Vargas (PR), porém, diz que o partido não vai se curvar ao governo. Para ele, “a sociedade pode resolver constituir um conselho” para controlar a mídia impressa e a internet.
Com 109 pontos, o documento busca proteger a imagem do ex-presidente Lula e minimiza a ideia de que Dilma é mais rigorosa no combate à corrupção. “Nunca antes na história deste país a corrupção foi combatida com tanta profundidade, sem protecionismos partidários, como nos governos Lula e Dilma”, afirma o documento.
O texto aponta a luta contra a corrupção como “compromisso inarredável do PT e do governo” e diz que a oposição não tem credibilidade para pregar uma “faxina”.
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Tudo isso não é novo. É antiga a preocupação do PT com a posição política do governo Dilma ao tentar se compor com a imprensa golpista agradando-a com a desistência do controle social da mídia e achando que seria bom para a imagem da presidente que ela se apresentasse como um Jânio Quadros de saias, de vassoura em punho contra “corrupção” em um governo que ela mesma acabara de montar enquanto os tucanos e a mídia ignoram, escandalosamente, a corrupção nos Estados e municípios governados pela oposição.
Mas, como se disse neste blog na última segunda-feira (29/08), A melhor coisa que poderia ter acontecido ao Brasil foi a Veja ousar tanto quanto ousou em seus delírios de poder.
O prodígio de sem-vergonhice daquela revista, derramado sobre o país na manhã do sábado passado (27/08), espera-se que faça o partido finalmente renunciar à adesão parcial que vinha dando à “estratégia” furada do governo Dilma que levou a sua titular a prestigiar a festa de aniversário da criminosa Folha de São Paulo, que tantos ataques à democracia tem em seu currículo, e que faça o governo propor ao Congresso uma lei que acabe com a absurda concentração de propriedade de meios de comunicação que há no Brasil, sem prejuízo da responsabilização criminal desses meios ao cometerem abusos como o da Veja.
O PT até parece ter ouvido os alertas que foram feitos neste blog sobre o novo Cansei que se desenha e germina como efeito do alarde midiático sobre corrupção exclusivamente no governo do PT e que esse governo, da forma como vem agindo, admite que existe. Vejam, abaixo, a outra notícia a que se refere o título desta postagem.
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O Globo
2 de setembro de 2011
Movimentos na internet contra a corrupção ganham força
RIO – A indignação da sociedade após a deputada Jaqueline Roriz se livrar do processo de cassação do mandato na Câmara dos Deputados aumentou a adesão dos internautas a protestos contra a corrupção divulgados pela internet. No Facebook, a “Marcha Contra a Corrupção em Brasília” conseguiu metade das 11 mil adesões, somente nos dois dias seguintes à absolvição de Jaqueline. Já na página do movimento “Reação contra a Corrupção – O Brasil de Luto” , cerca de duas mil pessoas confirmaram presença logo após a decisão da Câmara.
VOTE: Você vai participar de algum protesto contra a corrupção?
NO LIMITE DA ÉTICA: Conheça algumas das brechas de corrupção no governo
INFOGRÁFICO: Relembre os escândalos no governo Dilma
- A manutenção do mandato da deputada fez o nosso movimento explodir. Sabemos que nem todos que confirmaram presença vão poder ir, mas esperamos reunir pelo menos dez mil pessoas no protesto – conta o empresário Walter Magalhães, de 28 anos, que com mais duas amigas organiza a marcha em Brasília.
O movimento Brasil de Luto conta nesta quinta-feira com 21 mil adesões de vários estados do país. A ideia é fazer a população se vestir de preto no feriado do dia 7 de setembro para mostrar a sua indignação contra os corruptos e a impunidade no país.
- Todo escândalo mexe com a nossa vontade de reagir. Nosso movimento cresce no boca a boca. Mas ainda pode ser maior. Mais de 80 mil pessoas receberam convites do protesto pelo Facebook – conta a empresária Ilze Papazian, de 44 anos, organizadora do protesto.
A marcha em Brasília está marcada para as 9h no Museu Nacional. A ideia, segundo os organizadores, é seguir em passeata até o mais próximo possível do palanque onde ficarão os políticos que vão assistir à Parada Militar de 7 de setembro.
- É um movimento pacífico. Só queremos mostrar a nossa indignação. E conscientizar que também somos responsáveis pelo alto índice de corrupção no país – ressalta Walter, que também pede que os manifestantes vistam preto ou nariz de palhaço.
Os dois movimentos fazem questão de se apresentar apartidários. Nos manifestos, ainda ressaltam a importância de não levar bandeiras ou símbolos de qualquer partido.
- É a primeira vez que me envolvo em um manifesto. Fui empurrada pela minha indignação e pela impaciência de ver tudo muito quieto por parte dos principais interessados e acabar com essa situação: nós, o povo – desabafa Ilze.
Outro movimento pelo Facebook, o Todos Juntos contra a Corrupção já conseguiu mais de 20 mil confirmações de presença para o ato de protesto no dia 20, na Cinelândia, no Rio de Janeiro. O protesto chegou a ser tema de reportagem do jornal espanhol El País .
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Isso vem sendo armado há muito tempo. A célebre matéria do correspondente do periódico espanhol El País Juan Arias foi combatida duramente neste blog há meses, pois então já se percebia, aqui, o que estava sendo tramado, sobretudo com a ampla repercussão que aquele discurso hipócrita ganhou da imprensa golpista local.
Para concluir, resta dizer que esses movimentos podem até sair à rua, mas seus mentores intelectuais enfrentarão oposição de pessoas como as que acompanham a luta deste blog e do Movimento dos Sem Mídia, que, certamente, darão uma resposta, pois os que hoje relutam em reagir, vendo o que a direita está armando, entenderão que a luta, agora, será na rua e que isso poderia ter sido evitado se Dilma não tivesse sonhado com uma Paz dos cemitérios.
Aos novos cansados, pois, quero dizer que podem vir quente que nós estamos quase fervendo. Só precisamos de vossas manifestações teatrais para atingirmos o ponto de ebulição. Vocês não perdem por esperar, sobretudo agora que o PT começa a acordar.

Bravo!!!!!!, Bravíssimo!!!!!!!!!!, Mauro Santayana.Santayana enfrenta os juros e os neolibelês (*)

Mauro Santayana




Esse José Alencar ... Sabia das coisas

O Conversa Afiada reproduz com especial regozijo artigo de Mauro Santayana extraído do JB online:

Logo nesta sexta-feira, quando o PiG (**) generalizadamente exibe o ranger de dentes dos neolibelês (*) contra a queda dos juros. Estão inconsoláveis.

Os juros e o Banco Central


por Mauro Santayana


Os defensores da plena autonomia do Banco Central consideraram um erro a redução da taxa Selic, de meio ponto percentual, para 12% ao ano – ainda assim, a mais alta entre as economias industrializadas. Sempre que isso ocorre, os mesmos interesses se erguem, na defesa dos rentistas. Como as moedas não copulam, nem partejam, quem paga os juros é o trabalho, que produz a mais valia obtida pelo capital. Desculpem se a expressão é marxista, mas qualquer um que pense um pouco não precisa de Marx e seus textos contestados pelo fundamentalismo mercantil, para chegar à verdade. Como trabalho se entenda também a administração das empresas produtivas, seja diretamente pelos acionistas ou gerentes contratados. Mas o rentista clássico, que vive longe das máquinas ou, que, como banqueiro, manipula o dinheiro alheio – e leva à angústia e ao desespero os devedores, os estados à falência, como está ocorrendo agora, com o desemprego e a violência -  sua atividade não pode ser vista como produtiva, por mais se esforcem os seus porta-vozes, ao expor os argumentos de uma pseudo-filosofia econômica. Esse “senhorio” da moeda, em nome de falsa racionalidade técnica, que está sempre a serviço do capital, e não das pessoas,  tem sido responsável pelas grandes crises do capitalismo moderno, como a História demonstra.


O Banco Central – e os lugares comuns têm a sua força – vem sendo, no Brasil, mais do que em outros países, a central dos bancos. Ora, seus diretores, por mais geniais sejam, não dispõem de legitimidade política para cuidar da moeda, que é o símbolo mais forte da soberania nacional. A moeda representa os bens da comunidade, acumulados com o trabalho de gerações sucessivas. Para que assegure  seu valor real, ela deve ser emitida por quem tenha a legitimidade política para fazê-lo: os eventuais governantes do Estado, como detentores da vontade nacional. Sem voto, nos estados democráticos como se identifica o nosso, não há poder legítimo. De duas, uma: ou o Banco Central se submete às decisões políticas do governo nacional, ou se estará sobrepondo ao poder dos eleitos para conduzir o Estado, e, assim, colocando-se acima da soberania do povo.


A quem interessa manter os juros altos? Há um axioma, que nunca se respeitou no Brasil, de que a taxa de juros não pode superar a taxa de crescimento do PIB. O raciocínio, empírico, é irretorquível: uma sociedade não pode pagar mais de juros do que o que ela obtém com o seu trabalho. A tradução de um leigo, como o colunista, é simples: trata-se de uma extorsão cometida pelo sistema financeiro contra os que trabalham e produzem. É mais do que uma transferência de recursos, é uma usurpação do poder real sobre a sociedade. Isso explica a dívida pública acumulada como confisco de parcela dos resultados do trabalho dos brasileiros.


É um mistério que o país continue crescendo dentro desse sistema. Talvez ele se explique se considerarmos as estatísticas uma ficção. É provável, portanto, que o nosso PIB real seja maior do que o IBGE constata no exame do comportamento da economia. Se assim for, que viva a informalidade, menos sujeita à expropriação dos bancos e aos instrumentos de aferição oficial.


A economia não é, como dizem os que a conhecem melhor,  ciência exata. Deveria ser  ciência moral, mas não é, a não ser que ouçamos alguns santos, que dela trataram, como Santo Antonino de Florença, do século XV, autor do clássico de teologia “Summa Moralis” e feroz combatente contra a usura.


Os economistas, de modo geral (menos, é claro, os mais competentes) costumam fazer de seu ofício uma espécie de culto esotérico, com confusas fórmulas algébricas e aleijões lógicos. Como recomendava Lord Keynes, eles deveriam encarar o seu trabalho com a mesma modéstia com que os dentistas encaram o seu. O certo é que todas as aplicações da inteligência, ou todos os saberes, se assim entendemos as ciências, se encontram a serviço das relações de poder.  Isso faz com que a economia volte à sua denominação clássica, da qual seus profissionais de hoje buscam fugir: economia política. Fora da política, que trata do poder, não há economia, nem há coisa alguma. O Banco Central, como administrador da moeda, deve sim, submeter-se à legitimidade do poder político.


Para lembrar um empresário e homem público brasileiro, que nos deixou recentemente – José Alencar – a taxa de juros cobrada no Brasil (e cobrada sobretudo do Estado, com a cumplicidade de alguns de seus servidores) é um assalto.


Em tempo: na página 23 do Globo de hoje, há o seguinte título: “Analistas não sabem mais o que esperar do Copom”.

Que bom !

Já houve tempo neste país em que os analistas sabiam o que esperar do Copom e mais do que isso: decidiam pelo Copom.

No cinzento Governo Cerra/FHC e no início do Governo do Nunca Dantes, na jestão do Henrique Meirelles, os “analistas” neolibelês (*) do Globo e do PiG (**) se reuniam a portas fechadas com a diretoria do Banco Central para determinar a taxa de juros.

É por essas e outras que o Santayana está uma fera !


Paulo Henrique Amorim



(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Com exceções, mídia amplifica tese de que BC errou ao reduzir juro

 

 





Colunistas de economia dos principais grupos de mídia do país defenderam a visão do mercado financeiro de que o Banco Central perdeu credibilidade ao baixar Selic pela primeira vez no governo Dilma. Mas nem todos se renderam a esse "pensamento único".

SÃO PAULO - Com raras exceções, os principais colunistas econômicos da grande mídia amplificaram, nesta quinta-feira (1), a idéia de que o Banco Central (BC) cedeu à pressão política do Palácio do Planalto para reduzir a taxa Selic. A instituição anunciou na quarta-feira (31) o corte do juro básico da economia em meio ponto percentual, para 12%, pela primeira vez no governo Dilma. Apesar da queda, o país ainda possui uma das mais altas taxas do mundo.

Colunista do jornal O Globo, da TV Globo e da rádio CBN, a jornalista Míriam Leitão buscou no mercado financeiro a justificativa técnica para sustentar que a decisão do BC prejudica a economia brasileira.

"Economistas que fazem análises nos departamentos de bancos e consultorias previam manutenção da taxa, porque era a melhor coisa a se fazer diante do cenário internacional e da pressão da inflação ainda forte no Brasil", escreveu em O Globo. "Todo mundo quer que os juros caiam, mas o problema é quando isso acontece quando não há condições técnicas e com tudo dizendo o contrário".

Apresentador e colunista da rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg também criticou a decisão do BC. Em seu comentário desta quinta-feira na edição matutina do Jornal da CBN, ele defendeu a importância da convergência de opiniões entre a instituição e o mercado. "O sistema de metas de inflação aplicado no Brasil e em mais 150 países com bancos centrais independentes funciona com alguns rituais, e um deles é que deve haver convergência de opiniões entre o Banco Central e o chamado mercado", afirmou.

Para Sardenberg, os sinais apontados pelo BC para reduzir a Selic – crise internacional e desaceleração da economia brasileira – não têm base na realidade. "A análise de que estamos na iminência de uma crise como a de 2008 só o BC está fazendo, e o Brasil está anunciando recorde no comércio externo", contestou.

No jornal O Estado de S. Paulo, o colunista Celso Ming optou pela ironia. Disse que há sinais de que “o Banco Central se transformou num derivativo do Ministério da Fazenda – ou do Palácio do Planalto” e que “as autoridades da área monetária terão de correr atrás do prejuízo infligido a sua credibilidade”.

“Ao Banco Central não basta que seja autônomo; é preciso parecer. A maneira como conduziu a baixa de juros, decidida quarta-feira, não cuidou da preservação da credibilidade de uma instituição que precisa conduzir responsavelmente as expectativas dos agentes econômicos”, analisou Ming, que também criticou que o PIB seja uma variável a ser considerada na definição da Selic.

Em sua crítica à decisão do BC, a colunista Thais Herédia, do portal G1, das Organizações Globo, respaldou-se em comentário do banco Morgan Stanley: “dadas as condições atuais da economia brasileira, o corte (de 0,50pp) pode se provar antecipado. Os riscos inflacionários continuam altos no país e, a não ser que ocorra uma brusca deterioração na economia mundial, a inflação vai continuar elevada”.

No Jornal do SBT, Carlos Nascimento aventurou-se pelo universo econômico e também deixou seu recado: “Se espera que a decisão tenha sido tomada apenas do ponto de vista técnico, sem inteferência política do governo que vinha buzinando na orelha do Banco Central para baixar o juro. Não que a notícia não seja boa, porque é, mas, além de boa, tem que ser a decisão certa”.

Contra a corrente
Apesar das críticas ao Banco Central terem se espalhado na mídia, em artigos e reportagens, nem todos os colunistas engoliram a tese de que foi um equívoco reduzir os juros. Em seu blogue no portal do Estadão, José Paulo Kupfer publicou um texto chamado “Exageros”, em que compara a reação anti-BC ao furação Irene que atingiu os Estados Unidos.

“Quando veio a decisão de cortar – e de cortar forte em 0,5 ponto porcentual – a reação contrária que se seguiu à surpresa generalizada teve a força de um furacão. E de tal intensidade que, se fosse possível comparar, o Irene, diante dela, não passaria de uma brisa”, escreveu.

Por um lado, Kupfer diz que “a presidente Dilma Rousseff, com ela própria no comando da ação interventora, extinguiu a norma institucional vigente e atropelou sem cerimônia a autonomia informal do Banco Central, determinando que se decidisse o que foi decidido”.

Por outro, porém, contestou a tese de que a credibilidade do Banco Central na coordenação do sistema de metas de inflação e o próprio sistema de metas de inflação foi arruinada.

“Se a coordenação de expectativas do BC se limitasse às do mercado financeiro, não haveria dúvida de que este é um momento de ampla falta de sintonia. Mas, se tal coordenação deve englobar os outros segmentos da economia e, enfim, a sociedade em geral, a conversa da credibilidade precisa de qualificação e ir bem mais longe”, apontou.

Outro colunista que remou contra a corrente foi Fernando Canzian, em artigo publicado na versão eletrônica da Folha de S. Paulo, chamado “Brasil vira o jogo”. No texto, o jornalista afirma que não faltará capital externo ao Brasil mesmo com o recuo da Selic, pois “o mundo rico pratica hoje taxas de juro negativas ou próximas de zero”.

Canzian também não descarta a justificativa do BC de que “os riscos de inflação são cada vez menores diante do desaquecimento no mundo rico”. Sobre isso, ele diz: “É uma aposta, mas factível. Os países desenvolvidos devem comprar menos, diminuindo pressões sobre preços”.

FILAS DA MORTE NO SUS, OU TAXAÇÃO SOBRE BANCOS E REMESSAS AO EXTERIOR?


Em 2007, uma coalizão de partidos e forças conservadoras extinguiu a CPMF no Brasil:  R$ 40 bilhões por ano foram subtraídos do dia para a noite do orçamento federal sem que se medissem as consequências para a saúde pública. O SUS interna 11 milhões de pessoas por ano. O gasto per capita com saúde no Brasil é sete vezes inferior ao da  França ou o do Canadá. Pouco importa:  jogral midiático conservador alegava que a contrapartida vantajosa viria da redução do ‘custo Brasil'. Não há registro de abatimento de preço vinculado a essa decisão. Na verdade, a taxa irrisória de 0,37% sobre o cheque penalizava apenas grandes transações, ademais de dificultar  a circulação do dinheiro ilegal e a sonegação embutida na prática do caixa 2 . Cruzamentos  de dados da Receita Federal demonstraram que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil. Nunca. O financiamento da saúde pública  voltou agora à discussão no Congresso com o debate em torno da emenda 29. Corajosamente, o PT advoga a criação de uma taxa específica sobre o lucro bancário e  sobre remessas do capital estrangeiro  para suprir a extinção da CPMF. A cantilena do ‘custo Brasil' afia as garras midiáticas em direção contrária: mais uma vez tentará convencer a classe média a rechaçar a taxação obre os ricos, independente da fila da morte enfrentada pelos pobres no funil do SUS. Se quiser vencer a disputa o PT precisará afrontar o mito neoliberal, radicalizado pelo Tea Party nos  EUA, que demoniza os fundos públicos e engessa a ação do Estado.  Alguns dogmas que devem ser desmascarados no caso brasileiro: a) a carga fiscal do país, da ordem de 35% do PIB, cai substancialmente quando descontados subsídios e incentivos ao setor privado; b) debitados, por exemplo, os 6% do PIB entregues aos rentistas no pagamento do juro da dívida pública, a carga líquida já cai a 29%; c) cerca de 44% da carga fiscal brasileira advém de imposto indireto embutido nos produtos de consumo, pesando assim proporcionalmente mais no orçamento dos pobres do que no dos ricos; d)  levantamento feito pela instituição inglesa UHY demonstra que a alíquota fiscal máxima brasileira é uma das mais amigáveis do mundo com os ricos, situando-se em 54º lugar no ranking de intensidade; e) pesquisa do  Inesc de 2007 mostra que o lucro dos bancos brasileiros aumentou 446% entre 2000 e 2006, enquanto o IR do setor só cresceu 211%: em termos absolutos os assalariados pagam quatro vezes mais imposto que os bancos; f) por fim, cabe lembrar que as remessas de lucros e dividendos do capital estrangeiro crescem explosivamente nas contas nacionais: somaram US$ 30,4 bi em 2010, salto de 20,4% sobre 2009.

** agosto negro  para o emprego nos EUA: economia praticamente não abriu nenhuma vaga, contra expectativa de 70 mil admissões**BC acerta  em cortar juro: economia brasileira perde força** PIB só cresce 0,8% no 2º tri** atividade industrial desacelera na Europa