Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lula lança portal na internet

O Instituto Cidadania lançou nesta sexta-feira (15) um site para divulgar as atividades e projetos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disponível no endereço www.icidadania.org, o site entra no ar com mais de 50 notícias, além de vídeos, fotos e discursos na íntegra. Sediado em São Paulo, o Instituto Cidadania foi onde Lula debateu e elaborou com toda a sociedade propostas de políticas públicas antes de ser eleito presidente em 2002. Hoje, ao sair da presidência, é o espaço onde está sendo criado o Instituto Lula, voltado para causas políticas e sociais no Brasil, África e América Latina.

“O Brasil vive um momento de ouro, continua vivendo um momento extraordinário, e eu espero poder conversar com vocês daqui para frente neste pequeno espaço.”, afirma Lula no vídeo.

Veja, abaixo, uma mensagem do ex-presidente para dar boas-vindas aos internautas:


Assim como o momento atual do instituto, o site é apenas o começo de novas iniciativas políticas e de comunicação.

“[Vamos] tentar trabalhar a questão da integração, tentar trabalhar as experiências de políticas sociais bem-sucedidas. Não que a gente vá querer ensinar aos outros o que eles têm que fazer, porque isso não deu certo em lugar nenhum do mundo. O que queremos é mostrar como fizemos as coisas no Brasil e, quem sabe, adequando à realidade deles, com a vontade cultural deles, com a vontade política deles, isso possa ser aplicado em outros países”, diz o ex-presidente.

Todas as informações divulgadas no site Instituto Cidadania são licenciadas sob Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil, que permite a reprodução do conteúdo desde que seja citada a fonte. São exceções a essa licença apenas as informações reproduzidas de outras fontes.

Acesse o site do Instituto Cidadania

Redação Conversa Afiada

Chama o Franklin, Lula ! Chama o Franklin !

Saiu no Tijolaço:

A voz voltou. Falta o alto-falante.


Da Agência Brasil, agora há pouco:
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Siva pretende ter uma participação mais ativa na política nacional. “Vou voltar a andar por esse país. Vou voltar a incomodar algumas pessoas outra vez,” disse ele, ao discursar hoje (15) durante o 2º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).


Lula destacou que chegou ao fim o período de afastamento voluntário do cenário político que ajudou na consolidação da presidenta Dilma Rousseff à frente do comando do país. “Eu disse, no início do ano, que ia entrar em um processo de desencarnação, para poder permitir a encarnação da presidenta Dilma.”


O ex-presidente adiantou que as suas ações serão voltadas à busca de soluções para os problemas sociais. “Embora não seja mais presidente, sou cidadão brasileiro. Como cidadão brasileiro, serei o lobista número 1 das causas sociais. Quem tiver um problema social pode me contar que farei lobby com o Gilberto Carvalho [ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência] e com a presidenta Dilma Rousseff para que a gente possa resolver isso”, disse.”


E na Agência Estado:
“A gente não pode aceitar que os americanos façam o ajuste da sua política fiscal à custa da desvalorização do dólar, o que cria prejuízo para o comércio dos países mais pobres. A gente não pode permitir que a crise venha causar prejuízo para o nosso País”, disse Lula (…)

Num tom inflamado, Lula culpou os países desenvolvidos pela crise no continente europeu. “Estamos vendo a Espanha, Portugal e Grécia numa situação delicada. É uma crise que não foi causada pelos países pobres, é uma crise causada pelos países ricos. É uma crise surgida não na Bolívia, não na Argentina, no Paraguai ou no Brasil. É uma crise surgida nos Estados Unidos e na Europa”, apontou.

Nos 20 minutos de discurso, Lula fez um balanço de seus oito anos de governo, com destaque para a estabilidade econômica e a forma como o Brasil superou a crise internacional. “Enquanto o Obama já está há mais de dois anos sem resolver a crise americana, enquanto a Europa já está há dois anos sem resolver a crise lá, aqui no Brasil nós dissemos que a crise seria uma marolinha, que ia chegar por último e ia embora primeiro. E foi exatamente o que aconteceu”, afirmou.


Que falta faz falar num tom assim – que o fato de já não estar na Presidência facilita em muito – para que as pessoas possam entender o que se passa! Que falta faz a polêmica, a falta de patrulhamento, o enfrentamento com o que diz a mídia!


Mas também é preciso que se diga: que falta faz uma estrutura de comunicação que possa fazer esta voz ser ouvida, sem a edição e o trato maroto da mídia, com o tom didático e claro com que ela soa, com a imagem do rosto que empresta credibilidade às palavras…


Procuramos, procuramos, procuramos e não há (espero que logo haja) uma gravação na internet, que a gente possa colocar para rodar na rede. Se o ex-presidente quer romper com aquele pretensioso monopólio dos que se julgam “formadores de opinião”, é preciso dar – já e já – um alto-falante eletrônico a esta voz. – Postado por Fernando Brito

Alô, alô Paulo Bernardo.

Cadê a Ley de Médios do Franklin ?


Paulo Henrique Amorim

O que os estudantes chilenos tem a dizer aos estudantes brasileiros? Porque nossa mídia(?) não dá o devido destaque? A quem não interessa?





O que está em jogo no Chile interessa também à sociedade brasileira e aos estudantes reunidos agora no 52º Congresso da UNE. A juventude chilena exige que o interesse público volte a ordenar as prioridades e a destinação dos recursos disponíveis na economia em benefício de toda a sociedade. A educação é o ponto de partida e o de chegada pelos seus desdobramentos econômicos, políticos e sociais.

A educação transformou-se na porta de entrada de um acerto de contas da sociedade chilena com décadas de ditadura e renúncia do interesse público em favor do lucro privado. A lógica que o regime militar introduziu em todas as esferas da vida social, segundo a qual o mercado estrutura, administra e financia a produção e os serviços de forma mais ágil e eficiente que o Estado não foi afrontada, de fato, em muitos aspectos, pelos governos que ocuparam o La Moneda após a redemocratização.

À frente do que fariam Tatcher e Reagan anos depois, o regime militar chileno extrapolou a lógica mercadista para todos os setores da vida social. Na educação, encarada quase como um reduto de segurança nacional, agiram com redobrado afinco. Uma das últimas leis promulgadas em 1990 pelo regime que derrubou Salvador Allende tratava da consolidação desse experimento que mudou a face da escola e d a juventude. Ainda no governo Bachelet, os estudantes começaram timidamente a contestar o fio condutor silencioso dessa interligação entre o passado e o presente.

Assumiram o incomodo papel do futuro a reclamar seu espaço na calcificada rotina chilena. De início foram negligenciados –‘’os pinguins”. Meses de mobilizações, conflitos e enfrentamentos depuraram a visão das coisas e sedimentaram para a opinião pública, e para eles mesmos, o que está em jogo.

O que está em jogo no Chile interessa também à sociedade brasileira e aos estudantes reunidos agora no 52º Congresso da UNE. A juventude chilena exige que o interesse público volte a ordenar as prioridades e a destinação dos recursos disponíveis na economia em benefício de toda a sociedade. A educação é o ponto de partida e o de chegada pelos seus desdobramentos econômicos, políticos e sociais.

No Chile praticamente não existe universidade pública. No ensino fundamental e no básico predomina um agressivo processo de privatização mascarado em livre escolha. Mais de 50% das matrículas se concentram em escolas particulares que recebem subsídio federal e cobram mensalidades. O sistema foi fatiado e entregue à ordenação pelas forças de mercado. A título de promover a qualidade, incentivou-se a concorrência entre escolas públicas e privadas no âmbito municipal. Sem apoio oficial ao sistema público, as privadas avançaram e hoje representam 42% da rede local.

Currículos são decididos de forma fracionada e à margem do debate democrático: se o projeto de país passou a ser comandado pelos mercados, por que seria diferente com o conteúdo da educação? Os estudante chilenos querem uma mudança substantiva nesse modelo. E começam pelo principal: orçamento público para custear todo o sistema educativo, ou seja, restituir ao Estado a formação das novas gerações, sem concessões ao lucro privado e aos interesses particularistas leigos ou religiosos.

Os esudantes chilenos querem refundar a escola republicana no país para refundar a própria democracia esclerosada pela lavagem da mais sanguinária ditadura da história latinoamericana. Moços e moças lutam nas ruas para trazer 1789 ao Chile de 2011. Para isso é preciso por fim do fracionamento de mercado dos currículos; fim aos subsídios à indústria privada de ensino.

É difícil não ver pontos de interligação entre o sistema contestado pela juventude chilena e certos aspectos da agenda educacional brasileira. Dois elos avultam imediatamente: a) a expansão do subsídio público às empresas privadas de ensino superior –de qualidade discutível-- através do Prouni; b)e o orçamento público insuficiente destinado ao sistema educacional. O Brasil investe atualmente 5% do PIB em educação. Gasta quase 7% do PIB pagando juros aos rentistas da dívida interna. Mais de 45% da população brasileira encontra-se atualmente em idade escolar e tem que se acomodar aos estreitos limites desse orçamento.

De outro lado, o grosso dos juros da dívida pública beneficia, segundo cálculos do IPEA, apenas 20 mil plutocracias. A previsão oficial é de que somente em uma década se possa chegar a 7% do PIB em recursos para a escola pública brasileira.

O despertar dos mágicos: os mitos da economia conservadora

 

As teorias dos economistas conservadores foram totalmente desmentidas pela crise. Eles deveriam estar escondidos cheios de vergonha. Mas não é isso que acontece. Muito pelo contrário. Os economistas conservadores ganharam mais força. Por quê? A razão é que os mitos em que fundamentam as suas posições são profundamente enraizados numa cosmovisão básica, de uma grande quantidade de pessoas, para não dizer da maioria das pessoas. Os mitos sobre a economia que se foram perpetuando nas escolas de economia, fundiram-se com as crenças mais ingênuas e perigosas dos nossos tempos. O artigo é de Alejandro Nadal.

Os economistas conservadores saíram desacreditados pela crise. Ao fim e ao cabo eles prometeram igualdade, prosperidade e até um mundo menos doente do ponto de vista ambiental. A única coisa que nos deram foi um colapso econômico gigantesco, com desemprego e pobreza. Deveriam estar escondidos cheios de vergonha.

Mas não é isso que acontece. Muito pelo contrário. Os economistas conservadores ganharam mais força. Por quê? A razão é que os mitos em que fundamentam as suas posições são profundamente enraizados numa cosmovisão básica, de uma grande quantidade de pessoas, para não dizer da maioria das pessoas.

Na arca de mitos em que se fundamenta a economia conservadora ou neo-clássica, existem três particularmente importantes. Não importa quanta evidência empírica de sentido contrário você possa encontrar, nunca poderá convencer os fiéis desses dogmas. De qualquer forma, aqui lhes oferecemos algumas pedras para atirar às brilhantes vitrinas em que têm essas crenças.

O primeiro mito está baseado na ideia de que o mundo da economia forma um sistema autônomo que regula a si mesmo. A metáfora mais bem sucedida (e perigosa) é que a economia é uma espécie de máquina. E como se regula, há que deixá-la trabalhar sem perturbar a sua dinâmica.

A teoria econômica passou mais de 200 anos a tentar provar que de fato o sistema econômico se auto-regula e que, portanto, não necessita de intervenção do governo nem da esfera da política. A evidência de crises recorrentes poderia ter sido suficiente para provar o contrário. Mas, confrontados com histórias de crise, os neoclássicos podiam sempre argumentar que foram causadas ​justamente por intervenções irresponsáveis dos governos.

O debate deslocou-se para o mundo dos modelos matemáticos. O programa de investigação dos economistas era simples: construir um modelo matemático capaz de reproduzir as condições em que as forças de mercado conduzem ao equilíbrio. Mas o modelo mais sofisticado e refinado da teoria econômica neoclássica demonstrou que, em geral (salvo exceções aberrantes) o sistema de mercado é instável. Então, para onde quer que se olhe: ou história econômica ou modelos matemáticos puros, a verdade é que a ideia de mercados auto-regulados que conduzem ao equilíbrio não tem nenhuma base racional.

O segundo mito é que a economia de um governo é como uma casa. E tal como uma família tem de medir o seu consumo, o governo também tem que restringir o gasto para baixar o montante dos seus rendimentos. Desta visão vem a ideia de que em tempos de crise, tal como o faria uma família, há que apertar o cinto. É o que recomendam constantemente os chamados falcões da austeridade fiscal no debate sobre a política fiscal em todo o mundo.

A realidade é diferente. Para começar, as famílias não podem estabelecer carga fiscais e colectar receitas através de impostos. Nem vi famílias que vivam centenas de anos, que incorram num déficit constante e que acumulem dívida, como fazem os governos. Normalmente as dívidas domésticas têm de ser resolvidas de uma forma ou de outra.

No limite, os governos podem emitir moeda, algo que os particulares também não podem fazer. Alguns dirão que precisamente para evitar abusos se deu autonomia ao Banco Central. Mas se você observar com cuidado o comportamento da Reserva Federal dos EUA pode constatar que a política monetária não se assemelha nada ao comportamento de uma família.

O terceiro mito é que cada classe social ou grupo recebe como remuneração aquilo com que contribui para a economia. Essa crença é a que está mais profundamente enraizada nas pessoas e atravessa o espectro de todas as classes sociais. Parece que em algum lugar no imaginário coletivo habita a lenda de que o rendimento das pessoas é proporcional à sua contribuição para o produto nacional. O corolário é que a ordem econômica é justa, mas a realidade é que nada na teoria econômica dá sustento a esta ideia. A distribuição de rendimento não está determinada por qualquer lei ou outro mecanismo econômico.

Simplesmente e apenas depende das relações de poder.

Isso não significa que as variáveis econômicas não sejam importantes. Pelo contrário. São muito mais importantes do que se pensa quando se coloca uma das lentes deste mito pernicioso que tudo distorce. O saldo fiscal, a inflação, a criação de moeda e nível salarial, tudo isso merece uma atenção cuidadosa, sem mitologias e crenças mais relacionados com a bruxaria do que com o pensamento racional.

Os mitos sobre a economia que se foram perpetuando nas escolas e faculdades de economia, fundiram-se com as crenças mais ingênuas e perigosas dos nossos tempos. Talvez essas crenças tenham mais a ver com aquelas Forze elementari sobre as quais escreveu Gramsci na sua análise sobre o fascismo.

As extremidades da ferradura


As extremidades da ferradura quase se encontram. Uma pela esquerda e a outra, pela direita.  A distância que as separa é menor do que a que percorrem. E são feitas da mesma matéria inflexível. Se a ferradura for virada de face para baixo, suas pontas invertem os papéis.
Ontem, em Goiânia, Lula disse aos estudantes filiados à UNE que não dessem bola para a imprensa que os chamou de “chapas-brancas”. Afinal, estão onde estavam quando o ex-presidente era oposição. Não aderiram a ele após chegar ao poder.
Blogueiros progressistas, estudantes da UNE, movimentos sociais, sindicatos, todos são chapas-brancas. Mas não só para os aprendizes de Pinochet que infestam isso que se autodenomina “imprensa”. Os militontos dizem as mesmas coisas.
A imprensa que apoiou a privataria acusa o PT de “incoerência” por não re-estatizar o que FHC privatizou a preço de ferradura. E a extrema-esquerda diz exatamente a mesma coisa, apesar de Lula ter prometido, antes de chegar ao poder, que não romperia contratos.
Bolsa Família? Os extremos da ferradura dizem que é esmola, claro. Os avanços do país? Os extremos continuam se encontrando. E por aí vai.
Por isso as extremidades da ferradura nunca chegam a lugar nenhum. Não se encontram, mas não se separam. Ambas têm a mesma finalidade e são partes de um instrumento anacrônico. Estão onde têm que estar. Aparentemente separadas, mas unidas pelo extremismo.

O SUB-DO-SUB DA CHINA, O MAIOR CREDOR, CHAMA OS EUA AS FALAS.

Cadê o sub-do-sub ?
Diz o editorial do New York Times desta sexta-feira:

“É preciso ouvir o som do alarme”:

“ … there are fresh indications that China and other investors are beginning to get nervous.”

Há claras indicações de que a China e outros investidores começaram a ficar nervosos.

Saiu no New Tork Times, nesta quinta feira:

“We hope that the U.S. government adopts responsible policies and measures to guarantee the interests of investors,” Hong Lei, a foreign ministry spokesman

“Esperamos que o Governo americano adote políticas responsáveis e medidas que garantam os interesses dos investidores.”

Foi o que disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Quer dizer, os Estados Unidos levam um pito de quem o Nunca Dantes chamou, um dia, do sub-do-sub-do-sub.

A China é o maior investidor em títulos do Governo americano.

Os Republicanos (que, no Brasil, correspondem à coligação DEMO-PiG-Tucanos (*)) querem impedir Obama de elevar o teto de endividamento do Governo americano.

Só deixam elevar o teto se Obama cortar os programas sociais dos pobres.

Obama aceitou fazer gigantescas concessões aos conservadores – cortar programas sociais – mas não abre mão de elevar os impostos dos ricos.

O Governo Bush, com a ajuda do presidente do Banco Central, Greenspan, fez com que rico americano, a rigor, não pague imposto.

Os DEMO-PiG-Tucanos americanos estão irredutíveis.

Isso significa que no início de agosto os Estados Unidos começam a dar o calote nos títulos o Tesouro.

A China e o Brasil – que também comprou títulos do Tesouro americano – vão ficar com o mico na mão.

Não é inacreditável, amigo navegante ?

Que a pátria-mãe do neoliberalismo, onde as teorias neoliberais foram aplicadas da forma mais selvagem, que, agora, ela se veja à beira do colapso.

E na China, que continua a crescer à base de 9,5% ao ano, um sub-do-sub passa um carão nos Estados Unidos.

Aonde é que o mundo foi parar ?

Chegamos a um novo mundo em que as idéias neoliberais só sobrevivem em plagas coloniais.

E onde a intransigência dos conservadores – aliados ao PiG – permanece intocada.

Eles serão capazes de jogar os Estados Unidos no caos, a abrir mão de seus princípios: rico não pode pagar imposto.

Não é muito diferente do que fizeram os DEMO-PiG-Tucanos quando aboliram a CPMF.

Dane-se a saúde do pobre !

O meu eu quero primeiro, bradava o presidente da FIE P (**).

O mundo se reorganiza de uma forma que os conservadores ainda não conseguiram entender.

A Europa se desmancha, os Estados Unidos levam pito do sub-do-sub.

As referências doutrinárias dos conservadores viram pó.

Como os títulos do Tesouro americano (ou italiano, espanhol, grego, irlandês, português …).

Qual é a nova Meca da urubóloga ?

E do Farol de Alexandria ?

Onde ele vai buscar a Luz ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Sobre os laços que unem os republicanos do Tea Party aos DEMO-PiG-Tucanos: quem chamou o Papa para a campanha de 2010 ? O aborto ?

(**) FIE P – Este ansioso blog se refere à FIESP desta forma, sem o “$”. Porque, ao liderar a campanha contra a CPMF, que contou com a brava participação do farol de Alexandria e de um ignoto senador pelo Amazonas, Virgilio Cardoso, a FIE P preferiu dar prioridade ao $ em detrimento do remédio das crianças. A CPMF, como se sabe dificultava o emprego do “por fora”, que, em São Paulo, se chama de “bahani”.

ITÁLIA: A SOLUÇÃO DE MERCADO PARA A CRISE. AJUSTE SALVA 1º CLASSE DO TITANIC

 De forma indiscriminada o 'ajuste' aprovado pelo Senado italiano, na madrugada da 5º feira, destinado a saciar os apetites dos mercados  e evitar a fuga de capitais que começou na Grécia, atingiu Portugal e Espanha e agora mirava a Itália , sacrificou assalariados, aposentados, estudantes, famílias em início de vida, inválidos, pensionistas, crianças, doentes  e outros segmentos mais  frágeis da sociedade. Eles serão os principais  atingidos pelo corte de 5% das isenções fiscais até 2013; a partir de 2014, suportarão cerca de  20% do total dos cortes fiscais planejados, somando 24 bilhões de euros. O valor representa quase um terço do 'ajuste' de 75 bilhões de euros ofertado para acalmar  bancos e rentistas que detém títulos da dívida pública italiana de 1,8 trilhão de euros  (equivalente a 120% do PIB e maior do que a soma das dívidas da Grécia,Portugal, Espanha e Irlanda juntas).Outros 60% dos cortes sairão de novos ingressos, ou seja, impostos sobre salários. O atendimento à saúde será encarecido pelo fim das isenções. Empresas públicas, como correios e ferrovias serão privatizadas.  Hoje o pacote, aprovado pelo Senado, vai à apreciação da Câmara. A Itália já teve um dos Partidos Comunistas mais organizados do mundo. E um sindicalismo operário de força inquestionável na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ao  discursar em defesa do pacote, o ministro da Economia, o ortodoxo Giulio Tremonti --um homem de confiança dos mercados --  advertiu que qualquer  hesitação diante da crise levaria a um desastre semelhante ao do Titanic, 'no qual nem os passageiros da 1º classe se salvariam'. O ministro mostrou como salvar a 1º classe e, ao mesmo tempo, satisfazer o poder financeiro. Basta jogar os pobres ao mar, coalhado de tubarões. Como disse Antonio Candido em entrevista ao Brasil de Fato: "O lado humano do capitalismo foi arrancado dele pelo socialismo". Sem esse contrapeso, resta a barbárie. 
(Carta Maior; 6º feira 15/07/ 2011)