Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

"O DIA QUE DUROU 21 ANOS"







FMI exige mais cortes aos países do BRIC (Brasil, Rúsia, Índia e China)





O FMI (Fundo Monetário Internacional) fez um novo "alerta" para os chamados países "emergentes", os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), exigindo que os países não gastem mais que o necessário e orientando novos gastos públicos.
Segundo o relatório divulgado pelo FMI, "as economias emergentes devem resistir à tentação de aproveitar os ventos favoráveis no curto prazo para aumentar os gastos e optar por reconstituir suas reservas fiscais" (BBC, 12/4/2011). O FMI quer conter os gastos para que estes países aumentem os fundos que eventualmente possam ser usados para socorrer capitalistas e especuladores da crise econômica.
O fundo diz que mesmo com um certo alívio nos déficits fiscais das economias destes países os gastos devem ser evitados, ou seja, deve-se gastar menos e cortar mais. Ressalta ainda o fato de que os países do BRIC estão em uma posição melhor devido ao grande volume de exportações de commodities e os elevados preços desta categoria de produtos e também pela grande entrada de investimentos estrangeiros no País. Esta situação pode ser rapidamente revertida criando bolhas financeiras que afundariam as economias destes países.
Na China e no Brasil, por exemplo, a vasta disponibilidade de crédito para empréstimo nos bancos provocou um verdadeiro "boom" no mercado imobiliário destes países e criou as condições para o surgimento de uma bolha financeira neste setor. Prevendo o desenvolvimento desta bolha, o governo chinês já reduziu a disponibilidade de crédito e implantou outras medidas para evitar o aumento do consumo. No Brasil, o Ministério da Fazenda está adotando medidas semelhantes para inibir os empréstimos e frear a corrida ao crédito imobiliário. Estas medidas estão na verdade contendo a produção nestes países e levando estas economias à estagnação.
Cortes nos gastos públicos
Uma das recomendações do FMI é diminuir os gastos públicos para diminuir o endividamento dos países de capitalismo atrasado que compõem o BRIC. Para realizar estes cortes a indicação do FMI é diminuir os gastos principalmente com aposentadoria e na área da saúde.
Este é o verdadeiro sentido desta política apresentada pelo FMI, deixar que a crise seja paga pelos mais pobres, por países como o Brasil e China que já possuem os mais baixos salários de todo o mundo e que possuem um dos piores serviços públicos do mundo. Resumidamente, o recado do FMI é a imediata implantação de planos de austeridade nestes países.

O que pode o PSDB oferecer à 'nova classe



Um passo sem outro 

Janio de Freitas, na Falha de S. Paulo
A estratégia proposta por Fernando Henrique é a radicalização explícita da trajetória do PSDB
O ensaio de Fernando Henrique Cardoso com uma proposta de estratégia para a oposição, e em particular para o PSDB, tem, no mínimo, dois méritos. É um passo entre os oposicionistas imobilizados em anos de estarrecimento e, na contramão do seu propósito, uma evidência da dificuldade da oposição para encontrar um rosto e uma saída. Tudo o mais é polêmico.

No que de fato interessa a um partido político, que é a conquista de eleitorado para abrir-lhe perspectivas de poder, a estratégia proposta por Fernando Henrique é a radicalização explícita da trajetória, praticada, mas não reconhecida, do PSDB na maior parte de sua existência.

Desistir da pretensão de conquistar as "organizações sociais" e o "povão", que Fernando Henrique considera indissociáveis do PT, e buscar a "nova classe média" é uma ideia já antiga no autor do ensaio e no seu partido.

Trata-se de buscar os recentes acréscimos feitos ao segmento social que foi a razão de ser, em termos sociais e políticos, do governo Fernando Henrique: a classe média.

Não quando do Plano Real, que deu a Presidência a Fernando Henrique, mas a partir de quando essa vitória se tornou governo. Ocasião em que o nome (Partido da) Social Democracia (Brasileira) tornou-se falacioso demais.

Tal orientação confirmou-se como a ideia básica do governo ao se tornar a maior dificuldade de José Serra na disputa com Lula, em 2002. Serra tanto precisava atrair o eleitorado "povão", já que a então classe média não lhe bastaria e Lula nela se infiltrava, quanto precisaria, para isso, criticar o alheamento do governo peessedebista às aspirações da grande massa eleitoral.

Não o fez, ficando como um candidato carente de sintonia com o múltiplo eleitorado não conservador.

A estratégia proposta por Fernando Henrique encontrou reações numerosas, inclusive no PSDB. Quem já pensa nas próximas eleições não pode concordar com restrição à caça de votos onde mais existem, mesmo que seja para pescaria modesta.

Mas digamos que a preliminar proposta se imponha. Então, toda concepção estratégica depende de táticas, que são o modo de efetivá-la. E que discurso pode a oposição dirigir à "nova classe média" e aos que estão nos umbrais dela?

Foi muito dito, com destaque para os comentaristas alinhados com o PSDB, que a "nova classe média" foi o fator decisivo para a vitória de Lula/Dilma. Ainda que relativizada, a conclusão traz o reconhecimento da adesão (até humanamente lógica) dos setores beneficiados à política do governo Lula. Continuada, neste capítulo, pelo governo Dilma.

O que teriam os oposicionistas a criticar em tal política, para os ouvidos beneficiados, e a propor para atraí-los? Ou, não sendo por aí, há de ser por outro caminho -qual?

A proposta de estratégia, por si só, não diminui o tamanho do abismo que a oposição precisa subir, vistos os seus resultados eleitorais.

Ainda existe, porém, um sentido adicional na proposta de dedicação exclusiva às classes médias (e, portanto, também à rica): sugere a identificação definitiva do PSDB com a velha UDN, expressão perfeita e inspiração permanente da classe média de seu tempo.





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Charge Online do Bessinha



O Maior de Todos diz que 'povão' é a razão de ser do Brasil

Lula critica fala de FHC e diz que 'povão' é a razão de ser do Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira, em Londres, o conselho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para esquecer o povão.

"Eu sinceramente não sei o que ele quis dizer. Nós já tivemos políticos que preferiam cheiro de cavalo que o povo. Agora tem um presidente que diz que precisa não ficar atrás do povão, esquecer o povão. Eu sinceramente não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão", disse Lula, após participar de um seminário da Telefônica para empresários e investidores em Londres.

"O povão é a razão de ser do Brasil, e dele fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres. Todos são brasileiros", reiterou. "O povo brasileiro não aceita mais uma oposição vingativa, com ódio, negativista. O que o povo brasileiro quer é gente que pense com otimismo no Brasil, afinal de contas conquistamos um estágio de autoestima que já não podemos voltar atrás."
Lula foi o palestrante principal do seminário que a Telefônica fez em Londres nesta quinta-feira. Em seu discurso, restrito a empresários selecionados pela empresa, enalteceu a democracia no Brasil e garantiu estabilidade fiscal aos possíveis investidores. Após o evento, visitou uma churrascaria e abraçou e conversou com os funcionários, todos brasileiros.

"Quis tentar convencer as pessoas de que o Brasil é o país da vez. Eu faço isso na Inglaterra, na Guinea Bissau, onde seja. Quando eu era presidente, nunca tive vergonha de fazer propaganda do Brasil. Sinto muito orgulho quando chego aqui e me deparo com uma bandeira brasileira, uma churrascaria e gente maravilhosa, feliz da vida, ganhando seu dinheiro."

Ainda nesta quinta-feira, Lula segue para a Espanha, onde terá encontro com o presidente José Luis Rodríguez Zapatero, receberá prêmio da Prefeitura de Cádiz, no sul do país, e assistirá ao jogo de futebol entre o Real Madrid e o Barcelona, no sábado. Nesse mesmo dia, volta ao Brasil.


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CORRETORAS DE ALTA FREQUENCIA: O BORDEL DOS CAPITAIS ESPECULATIVOS


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 As corretoras de alta frequência empregam sistemas de transações automatizados, utilizando computadores acoplados às centrais das Bolsas que trabalham com algoritmos manipulando bilhões de cálculos por segundo. A meta é entrar e sair dos mercados em alta velocidade. Ganhar muito com períodos de manutenção de posições de frações de segundo. Nesse sentido, são estruturas de suporte inseparáveis dos capitais voláteis. Essa logística  complementar à rapinagem arisca, que 'gosta de dançar o baile sempre perto da porta', tem encontrado opções de caça reduzidas nos mercados ricos. Por isso as corretoras de alta frequência estão migrando para mercados emergentes, como Rússia, Brasil e México, 'onde as bolsas começam a modernizar seus sistemas para atrair esse participantes, diz o Financial Times. O jornal explica que entidades reguladoras americanas e européias querem saber se  esses entes rapináceos dão liquidez aos mercados - como afirmam seus defensores - ou exacerbam as crises como fermento desagregador. O  Brasil perdeu o medo de discutir  restrições aos capitais especulativos. Deve ampliar esse desassombro e incluir  na agenda prudencial a interdição aos bordeis de alta rotatividade  que lhes dão cobertura.  
(Carta Maior; 5º feira, 14/04/2011)

Bomba ! Bomba ! C Af acha a redação do PiG


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.