Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Elis Regina, a Ditadura Militar e Luis Inácio Lula da Silva


Sair da vida para um cemitério, é comum, acontece com todo mundo. Mas sair de um cemitério para a vida, só mesmo simbolicamente. Pois foi o que aconteceu com uma gaúcha chamada Elis Regina Carvalho Costa que, em 36 anos de vida, gravou 27 LPs, 14 compactos simples e seis duplos, que venderam um total de quatro milhões de cópias – um número até hoje impressionante.
Em poucos anos, Elis sai do Inferno para o Paraíso. Ao Inferno, ela chega ao ser “enterrada” no Cemitério dos Mortos-Vivos do Cabôco Mamadô – para onde o cartunista Henfil, no semanário O Pasquim, mandava pessoas que, na opinião dele, colaboravam com a ditadura militar no início da década de 70. Ao Paraíso, Elis ascende ao liderar um grupo de artistas de esquerda (Fagner, Belchior, Gonzaguinha, João Bosco, Macalé e Carlinhos Vergueiro, entre outros), que faz vários shows para levantar dinheiro para o Fundo da Greve do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, no ABC paulista, em 1979.
Essa vivência política é um lado pouco conhecido de Elis Regina que, aos 18 anos, foi sozinha para o Rio de Janeiro, onde chegou a morar num quarto-e-sala na Rua Barata Ribeiro, 200, em Copacabana (um prédio tipo balança-mas-não-cai, celebrizado numa peça de teatro, “Um Edifício Chamado 200”, de Paulo Pontes).
Em 1965, acontece o estouro: Elis vence o I Festival de Música Popular, da TV Excelsior, com “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Elis fez pelo menos três shows antológicos: Falso Brilhante (1975), Transversal do Tempo (1977) e Saudade do Brasil (1980). Dos seus discos, a maioria de qualidade acima da média, o melhor é o que gravou com Tom Jobim, em 1974, nos EUA, considerado uma obra-prima, mesmo por quem não gosta de Elis Regina. Por causa do seu gestual no palco, agitando os braços como se nadasse de costas, Elis foi chamada de Elis-Cóptero e Élice-Regina, mas o apelido que pega, mesmo, é o que lhe dá Vinicius: Pimentinha. Sim, porque, dali em diante, já como estrela conhecida no país inteiro, ela iria, por assim dizer, apimentar muitos aspectos da vida cultural brasileira, durante praticamente duas décadas.
Do cemitério à anistia – O episódio mais apimentado da vida de Elis, sem dúvida, foi o seu “enterro” no Cemitério do Cabôco Mamadô. Lá, ela fez companhia a gente como Wilson Simonal, Amaral Neto (um deputado carioca de direita, defensor da pena de morte e alcunhado de Amoral Nato), e Flávio Cavalcanti (um apresentador de TV que liderou, metralhadora na mão, a invasão e depredação do jornal Última Hora, no Centro do Rio de Janeiro, logo no início de abril de 1964).
Elis foi “enterrada” por Henfil por duas atitudes em relação ao Governo Federal, na época chefiado pelo ditador-de-plantão general Garrastazu Médici, o mais sanguinário dos militares-presidentes. Primeiro, foi a gravação de uma chamada veiculada em todas as TVs, a partir de abril, conclamando o povo a cantar o Hino Nacional no dia 7 de setembro de 1972. Foi o ano do Sesquicentenário da Independência, uma data que a ditadura aproveitou ao máximo (inclusive com a organização de uma Mini-Copa de futebol, vencida pela Seleção Brasileira).
Vários outros artistas também apareceram em chamadas de TV, promovendo a Olimpíada do Exército, em filmes produzidos pela Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República. A AERP foi uma reedição atualizada do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Estado Novo (1937-1945). Por isso, Marília Pêra, Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Glória Menezes, entre outros, também foram “enterrados”.
A segunda atitude de Elis que provocou a ira-santa de Henfil (e um segundo “enterro…”) foi a apresentação dela na Olimpíada da Semana do Exército, em setembro do mesmo ano, 1972.
Hoje, mais de 30 anos depois do Cemitério do Cabôco Mamadô do Pasquim, é preciso entender aqueles tempos-de-chumbo para compreender a postura radical de Henfil. Vivia-se um momento de intensa repressão política. Mas a razão principal do “enterro” de Elis, está no próprio Henfil – um artista engajado que não fazia concessões, e pagou por isso –, que tinha um irmão exilado, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, um militante que fugiu do Brasil para não ser assassinado pelos órgãos de segurança.
E Betinho, indiretamente, teve a ver com um dos motivos para a passagem de Elis do Inferno para o Paraíso: a gravação, em março de 1979, de uma das músicas politicamente mais engajadas da MPB, “O Bêbado e a Equilibrista”. De João Bosco e Aldir Blanc, a música foi uma espécie de hino de um dos mais importantes movimentos políticos da História do Brasil: a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. A campanha foi lançada em janeiro de 1978, com a criação do Comitê Brasileiro de Anistia (CBA), no Rio de Janeiro. “O Bêbado e a Equilibrista” – que emociona até hoje, fala na “volta do irmão do Henfil”. Na época, Betinho – que, como Henfil e o outro irmão, Francisco Mário, era hemofílico e pegou Aids numa transfusão de sangue – estava no México, esperando, justamente, a anistia.
Elis e Henfil: cara-a-cara – O “coveiro” Henfil e sua “defunta” Elis acabaram se encontrando, por iniciativa dela. Sobre esse momento, Henfil deu, três anos depois da morte da cantora, um depoimento tão sincero quanto comovente a Regina Echeverria, autora de “Furacão Elis” (Nórdica – Rio de Janeiro, 1985). O cartunista não pediu desculpas por tê-la “enterrado”, mas se arrependeu. Os dois acabaram amigos sinceros, trabalharam juntos e se falaram até dois meses antes da morte da cantora. Com a palavra, Henfil:
– Foi igualzinho a hoje. De repente, os artistas são arrebanhados pelo Governo, só que – eu não sabia – debaixo de vara, de ameaças, para fazerem uma campanha da Semana do Exército. O que eu vi, na realidade, foi o comercial de televisão. Me aparece o Roberto Carlos dizendo: “Vamos lá, pessoal, cantar o Hino Nacional”. E, de repente, a Elis surge regendo um monte de cantores, de fraque de maestro, regendo o Hino Nacional. E nessa época nós estávamos no Pasquim e eu, mais que os outros, contra-atacando todos aqueles que aderiram à ditadura, ao ditador-de-plantão. (…). Eu só me arrependo de ter enterrado duas pessoas – Clarice Lispector e Elis Regina. (…) Eu não percebi o peso da minha mão. Eu sei que tinha uma mão muito pesada, mas eu não percebia que o tipo de crítica que eu fazia era realmente enfiar o dedo no câncer. Quando nos encontramos anos depois, (…) fomos jantar numa cantina perto do Teatro Bandeirantes e ela fez questão de sentar na minha frente. (…) De repente, ela começou a falar: “Pô, bicho, eu te amo tanto, bicho, te gosto tanto”. E eu já não estava gostando dessa história de “bicho”, porque eu não gostava do jeito que ela falava, nunca gostei. Daí me irritei e disse: “Elis, o que você está querendo dizer com isso? ”. Aí, ela começou a chorar. As pessoas na mesa enfiaram a cara no prato, todos sabiam o que eu tinha feito, só eu não sabia. Ela disse: “Pô, você me enterrou”, e começou a me esculhambar, dizendo que aquilo foi uma covardia, que ela estava ameaçada. (…) Elis nunca me perguntou se eu estava atacando porque ela estava defendendo um regime militar que queria matar meu irmão. (…) Resolvi engolir. Ela terminou de falar, entendeu meu subtexto: “Tá, Elis, eu aceito”. (…) Evidente que os militares estavam pressionando o país inteiro. Eu sabia disso, os militares faziam censura prévia no meu jornal (Pasquim), presença física, todo dia. (…) Então, tinha todo o direito de criticar uma pessoa que ia para a televisão se entregar. Eu não mudei em nada e ela percebeu isso. (…)
– Ela tinha a preocupação de me provar que tinha mudado. Que continuava uma pessoa de confiança ideologicamente. (…) Como se eu fosse inspetor de quem não é de esquerda. Aí, mandava dinheiro: do show que fez no Canecão, inclusive para que eu entregasse aos grevistas de São Bernardo. (…)
No enterro, uma roupa censurada – A atividade política de Elis Regina não se limitou apenas aos shows para os grevistas do ABC ou à gravação do Hino da Anistia. Por exemplo: ela se engajou no esforço de vários artistas para saber o paradeiro do pianista Tenório Júnior, que fazia uma excursão a Buenos Aires, acompanhando Vinicius de Moraes e Toquinho. O músico foi preso na rua, em março de 1976 – sem documento, quando ia a uma farmácia comprar remédio para asma – possivelmente confundido pela repressão argentina com um guerrilheiro.
Elis casou duas vezes (com o compositor Ronaldo Bôscoli e com o músico César Camargo Mariano), e teve três filhos (o músico e produtor João Marcelo Bôscoli e os cantores Pedro Mariano e Maria Rita). Morreu em São Paulo por overdose de cocaína, às 11h45 do dia 19 de janeiro de 1982. O velório foi no Teatro Bandeirantes, por onde passaram mais de 60 mil pessoas. No dia seguinte, 20 de janeiro, Elis é enterrada no Cemitério (de verdade) do Morumbi. Seu corpo vestia uma roupa que ela foi proibida, pela Censura, de usar no show Saudade do Brasil – uma camiseta com um desenho da Bandeira do Brasil onde, no lugar do “Ordem e Progresso”, estava escrito: ELIS REGINA. Quer dizer: Elis Regina Carvalho Costa, politicamente falando, riu por último ao ser enterrada com a roupa censurada. Tanto que, hoje, é lembrada pela música “O Bêbado e a Equilibrista” e a anistia, e não pela sua “passagem” pelo Cemitério dos Mortos-Vivos 




 

A bandeira errada e a bandeira certa

DEBATE ABERTO

Na falta de um verdadeiro confronto militar na tomada de Bagdá, o embate se deu sob forma simbólica, através da derrubada de uma estátua de Saddam. Um militar pendurou uma bandeira dos EUA na cabeça da estátua, logo substituída por uma bandeira iraquiana. Era uma tentativa de projetar um fundo histórico que engrandecesse aquela cena ridícula.
Na manhã do dia 09/04/2003 eu estava sentado diante da televisão, em meu apartamento no bairro do Butantã, em São Paulo. Assistia ao vivo a entrada triunfal (à tarde lá, pela diferença de horário) das tropas norte-americanas em Bagdá. À noite, assisti as reportagens sobre o evento em vários canais de TV, nacionais e estrangeiros.

No dia seguinte, 10/04/2003, publiquei um artigo nesta Carta Maior (quando minha coluna ainda tinha o nome de “Cartas Ácidas”, pois eu substituía interinamente Bernardo Kucinski, convocado a colaborar com o Presidente Lula) chamado “A bandeira errada”, sobre a diferença entre o que eu vira à tarde e o que vira à noite.

O foco do título era uma atitude precipitada, descrita como “ato falho” de um militar norte-americano. Na falta de um verdadeiro confronto militar na tomada de Bagdá, o embate se deu sob forma simbólica, através da derrubada de uma estátua de Saddam Hussein, na praça Fildos. Um dos militares – que hoje sei se chamar o Cabo Edward Chin – pendurou uma bandeira norte-americana na cabeça da estátua. Ajudada pelo vento, ela se plantou em seu alvo de cabeça para baixo, o que, na linguagem internacional, é aviso de situação difícil e de pedido de socorro. A bandeira pertencia a outro militar – Tim Maclaughlin – que a levara com a esperança algo obsessiva de hasteá-la em algum lugar para compor uma cena histórica. Talvez o que o inspirasse fosse a famosa cena (montada e remontada algumas vezes) dos soldados soviéticos hasteando a bandeira vermelha no alto do Reichstag, em Berlim, no gesto que simbolizaria o fim da Segunda Guerra Mundial. Ou ainda a foto (também construída e reconstruída) dos soldados norte-americanos hasteando a bandeira de seu país em Iwo Jima.

A bandeira ficou naquele alvo pouco mais de um minuto. O suficiente para oficiais no local e até em Washington, que assistiam ao vivo a invasão, que nem eu, perceberem o “erro” que aquilo significava. A bandeira dos EUA foi retirada, e em seu lugar colocou-se uma do Iraque, na posição certa. Seguiu-se a derrubada da estátua, proeza feita por um buldozer do Exército norte-americano, puxando uma corda atada à sua cabeça.

O feito nada tivera de heróico, ao contrário, para quem o vira ao vivo soava e ainda soa como, sobretudo, ridículo. Mas o noticiário à noite apresentava a derrubada com ares épicos de uma guerra de libertação, no Ocidente; como uma invasão de conquista, no mundo árabe, como na Al Jazzeera. No primeiro, preferia-se a versão com a bandeira iraquiana na cabeça; no segundo, a imagem da bandeira norte-americana era incluída.

No primeiro, havia uma epopéia redentora de um povo; no segundo, uma manipulação grosseira de imagens, planejada desde o começo.

Pulemos 8 anos. Ao entardecer de 09/01/2011, navegando na internet a partir de meu apartamento em Berlim, deparei com interessante artigo do colunista de assuntos internacionais Marcos Guterman, do Estadão (publicado em 06/01). Nele o colunista reporta sob o título “A gênese de um factóide de guerra”, o conteúdo de outro artigo, desta vez do norte-americano Peter Maass, publicado no New Yorker (“The Toppling. How the media inflated a minor moment in a long war”).

Peter Maass estava lá, no dia 09/04/2003, em Bagdá, na praça Firdos. Talvez eu até o tenha visto, quem sabe? Fui até o seu artigo. De modo muito interessante, ele confirma a leitura do meu modesto “A bandeira errada”, mas acrescenta dados muito significativos. A tese principal de Maass é a de desmontar a argumentação, por exemplo, da Al Jazzeera, de que aquilo fora um factóide planejado e montado a priori pelas forças norte-americanas. Não: para ele, o que houve foi um suceder de fatos independentes um do outro. A obsessão do dono da bandeira; o impulso de fazer algo que desse significado a um ato, no fundo, decepcionante, para quem esperava um rude combate que glorificasse a “ação épica” de um exército “libertador”; a leitura do erro, in loco e à distância, que significara a cobertura da cabeça de Saddam com a bandeira norte-americana; sua substituição pela bandeira iraquiana. Para o repórter norte-americano, inclusive, a passagem pela praça Fildos foram inteiramente ocasional; o comandante da coluna blindada norte-americana procurava o Hotel Palestina, onde se concentrava a mídia internacional, e na busca de informações, já que não tinha um mapa detalhado daquele bairro em Bagdá, desembocara na praça onde estava a estátua. E tudo isso vem muito bem documentado e corroborado por entrevistas, testemunhos, etc.

Só que, ao fazer isso, Peter Maass torna explicitamente claro o papel da mídia ocidental, então 99% aderente, senão sua incitadora, à campanha invasora do Iraque, e à tese da posse, por Saddam Hussein, de armas de destruição em massa, tese que se comprovou fictícia e manipulada a partir da própria mídia e do governo Bush Filho. É discutível, mesmo lendo o artigo do New Yorker, que tudo tenha sido tão completamente fruto do acaso. Fica evidente que, no meio do tumulto, tanto na mídia como no escalão militar houve quem percebesse, no instante e a posteriori, o valor simbólico daquilo. Prova disso é o relato de alguns repórteres sobre como suas reportagens foram modificadas pelos editores, back home, para dar-lhe o realce épico que nossa mídia pró-ocidente no Brasil, provinciana e canhestramente ecoou.

Oito anos depois, o Estadão, mesmo inadvertidamente, dá o chapeau à Carta Maior. Mérito pessoal? Sim, guardo um, e com muita satisfação. O de ter assistido, ao vivo, aquelas transmissões, e ter podido, dessa forma, senão fazer um juízo preciso sobre os acontecimentos, detectar a exata medida sobre como as versões construídas depois eram deveras enganosas. Eram montadas para enganar, num crime jornalisticamente doloso, do lado do Ocidente.

Mas uma coisa é certa. Ainda me aferro à convicção de que o “ato falho” do cabo Edward Chin, hasteando a bandeira que o então soldado Maclaughlin levara, tinha em si a chave para o âmago do espetáculo, tenha sido ele planejado antes ou não: projetar um fundo histórico (advindo da Segunda Guerra, seja a soviética no Reichstag ou a norte-americana em Iwo Jima) que engrandecesse aquela cena ridícula.

Ou seja, para o olhar investigativo, a bandeira errada era a bandeira certa. Inclusive por estar de cabeça para baixo.

Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

RESPOSTA AO PRECONCEITO SOCIAL

Crianças e adolescentes de lares beneficiados pelo Bolsa Família freqüentam cada vez mais as aulas, registram índices decrescentes de evasão escolar e mostram sensível  melhora nos indicadores de aproveitamento e aprovação. Dados da Pnad/IBGE 2009 mostram que na faixa  entre seis e 17 anos, eles frequentam, no mínimo, 85% das aulas todos os meses. Uma vez na escola, têm conseguido terminar o ensino fundamental e prosseguem no ensino médio. Cerca de 16 milhões de crianças, adolescentes e jovens, ou 40% do total dos alunos do ensino fundamental, provém de lares beneficiados pelo Bolsa Família.  No Nordeste, esse índice chega a quase 50% das matrículas.  Enquanto a taxa de matrículas cresce de forma inexpressiva entre os  mais ricos do país (a rigor, apenas o crescimento vegetativo), entre os mais pobres a taxa aumenta em mais de 50%.(dados: Correio Braziliense; 19/01)

BÚSSOLA CONSERVADORA: ENTREGUISMO AO NORTE; IMPERIALISMO AO SUL

Oposição quer boicotar  acordo assinado em julho de 2009 entre o ex-presidente Lula e o presidente Fernando Lugo, que triplica  os valores pagos ao Paraguai pela energia de Itaipu vendida ao Brasil . Pela cessão de boa parte da cota  paraguaia -- historicamente remunerada abaixo dos preços de mercado--  o governo Lugo passaria a receber  U$ 360 milhões por ano, contra US$ 120 milhões atuais. Segundo o deputado do PSDB  Antonio Carlos Mendes Thame, trata-se de  "um ato de entreguismo do Brasil'.  Lembra um pouco a histeria da mídia conservadora, em 2006, quando se pintou verde-amarelo e  declarou guerra à Bolívia, exigindo que o Brasil retomasse as refinarias da Petrobras nacionalizadas por Morales. Quatro anos depois, os mesmos nacionalistas cobravam a entrega do pré-sal às petroleiras internacionais, de faca na boca contra  a regulação soberana aprovada pelo governo Lula. A Presidente Dilma Rousseff  vai honrar o acordo brasileiro com o Paraguai.

(Carta Maior; 4º-feira, 19/01/2011. Para doações às cidades devastadas: Defesa Civil do RJ, CEF -conta 2011-0, agência 0199, operação 006)

O SISU é um sucesso ! Pobre vai entrar na universidade ! Que horror !

Bom era quando negro não entrava na universidade, não é isso ?
O PiG (*) desfechou uma nova ofensiva para impedir que pobre (especialmente o negro) entre na universidade.

A ofensiva se dá através da desmoralização do ENEM.

Agora, por causa do SISU (pronuncia-se “sisú”).

“Sistema Seletivo Unificado”.

Significa o seguinte:

Todos os candidatos do ENEM podem acessar o computador e, em função da nota no ENEM, escolher a faculdade que querem cursar.

Faculdades federais e estaduais.

Menos as de São Paulo, onde o Padim Pade Cerra liderou o boicote ao ENEM e pretende fundar a República Independente da Daslu.

Ou seja, o estudante faz o ENEM na sua cidade – ou perto – e escolhe a faculdade no computador.

Não precisa, como antes, viajar para cinco seis cidades para entrar num curso superior.

O que significa que pobre pode entrar na universidade porque ficou mais barato o acesso.

Que horror !

O programa previa 400 acessos ao site do SISU por minuto.

Entraram 800 por minuto.

No domingo e na segunda o sistema ficou lento.

Na terça, com capacidade para 800 por minuto, ficou normal.

Por seis minutos no domingo e quatro na segunda, era possível um candidato ter acesso a dados pessoais de outro candidato.

Localizada a falha, o sistema foi corrigido.

Às 18 horas de hoje, no quarto dia de funcionamento do SISU, 800 mil estudantes já tinham escolhido a faculdade que querem cursar.

Mais do que durante todo o período de acesso do ano passado.

Um SISU é um sucesso.

Em tempo: o diretor do INEP não saiu por causa do SISU. Saiu porque tinha decidido sair antes, na segunda crise do ENEM. Não aguentou o PiG (*) e foi para casa. Na primeira crise, como se sabe, a prova do ENEM fui surrupiada na gráfica da Folha (**).


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Globo usa “minissérie” para atacar Lula

Do Blog Cidadania - Eduardo Guimarães


Era 1973. Tinha 13 anos quando assisti, pela primeira vez, a novela da Globo O Bem Amado. Trazia no elenco monstros sagrados como inesquecível Paulo Gracindo, talvez o maior ator brasileiro que vi atuar. Passava tarde da noite e eu, numa época em que jovens tinham regras, desafiava a família para assistir, mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte.

Era um tempo em que uma trama muito mais leve do que a da atual novela das oito tinha que ir ao ar às 22 horas por conta da rígida classificação da ditadura militar. Contudo, a inteligência do dramaturgo Dias Gomes conseguiu burlar a inteligência curta da censura veiculando uma trama que era uma analogia ao regime opressor durante seu período mais violento.

Era a época do “milagre econômico”, em que o Brasil crescia como cresceu no ano passado, só que em bases totalmente diferentes porque hoje cresce com as próprias pernas e, naquele tempo, crescia ao custo de um endividamento externo criminoso, que jogou o Brasil em uma espiral inflacionária virulenta e duradoura e em uma dívida externa “impagável”.

O ditador de plantão era o psicopata Emílio Garrastazu Médici, o mais violento dos generais-presidentes. Tinha altíssima popularidade e a novela lhe foi uma sátira. Foi levada ao ar em um momento em que a mídia golpista, que pedira e sustentara a ditadura em seus primórdios, já começava a descobrir que ninguém ganha com ditaduras além dos próprios ditadores.

O Bem Amado é uma trama divertida e inteligente. Um governante corrupto se elege graças a um povo estúpido e desinformado com promessas bizarras como a de construir um cemitério – obviamente que superfaturado – para que a pequena cidade nordestina de Sucupira não precisasse mais enterrar os seus mortos na cidade vizinha.

A Globo ressuscita O Bem Amado de afogadilho, em míseros quatro capítulos, poucos dias depois de Lula deixar a Presidência, com a escandalosamente óbvia intenção de fazer analogia entre dois governantes – um fictício e outro real – populares e – na visão doentia da emissora – igualmente corruptos, pretendendo mostrar que corruptos também podem ser populares.

Pouco importa que Odorico Paraguaçu, o “bem amado” governante de Sucupira, não tenha tirado um quarto de seu povo da miséria ou auferido, para a sua cidade, o respeito do resto do mundo. A Globo espera que ninguém se lembre disso. Certa da “burrice” dos brasileiros, acha que farão “conexão” imediata entre Lula, popularidade, populismo e corrupção.

O Vexame dos Brasileiros que Defenderam o Golpe em Honduras

Se tivéssemos uma imprensa séria e profissional de verdade no país, determinados “comentaristas políticos” já teriam sido despachados e as empresas que eles trabalham veiculariam desculpas públicas pelas asneiras que disseram ou escreveram. Como não são e ainda duvidam da inteligência de quem os lê, vê e ouve, fica tudo por isso mesmo e quem falou ou escreveu a sandice continua ocupando espaço, ignorando solenemente a necessidade de se explicar ao distinto público.

Poderia citar aqui vários jornalistas e comentaristas que usaram os mesmíssimos argumentos, e isso mostra como a maioria reza pela mesma cartilha, mas dentre todos os entoadores de mantra ninguém defendeu o golpe em Honduras com mais paixão e afinco do que Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor.

Quando em 2009 os milicos tomaram o poder em Honduras, expulsando o presidente eleito legitimamente a opinião pública internacional condenou de imediato. O comportamento da imprensa nacional foi esquizofrênico, fazendo eco a princípio com a reação internacional, mas logo em seguida mudando lentamente de posição, até defender abertamente a “legalidade” de um vergonhoso golpe de estado.

Assim que o Brasil assumiu posição de protagonista ao enfrentar os golpistas e dar abrigo ao presidente legítimo na sua embaixada em Tegucigalpa, esse pessoal que ficou responsável por defender a legitimidade do golpe frente à opinião pública brasileira começou a repetir os argumentos fajutos dados pelos golpistas para tentar justificar o atentado contra a democracia daquele país.

Afirmaram enfaticamente que o golpe era legítimo porque Zelaya tentara mudar a constituição. Na verdade, o que Zelaya tentou fazer foi um plebiscito onde a população decidiria se o presidente poderia ser reeeleito ou não. Muito mais democrático do que tentar o mesmo através de emenda constitucional, sem respaldo popular como fez FHC em 1997. A desculpa oficial para justificar o golpe era uma cláusula pétrea na constituição que impedia a reeleição do presidente, portanto passaram a defender que não existiu golpe nenhum, e da mesma forma que vivem tentando reescrever a nossa história, determinaram que o que houve em Honduras em 2009 e no Brasil em 1964 foram “contra-golpes”.

Nem o fato do governo golpista ter fechado TV, rádios e jornais à força, além de ter reprimido com violência manifestações populares mexeu com os brios de quem trabalha com imprensa ou estimulou condenações contra a restrição às liberdades de imprensa. Até a população que protestava contra o golpe e tomou as ruas de Tegucigalpa, chegando a fazer um cerco de proteção à embaixada do Brasil foi classificada como “partidários de Zelaya” e não “dissidentes” como eles costumam classificar opositores de regimes que eles consideram ditaduras.

A humilhação já tinha vindo com uma das revelações do Wikileaks onde o embaixador americano em Honduras classificou o golpe como golpe, simples assim. Logo os EUA, por quem essas pessoas dedicam toda a sua reverência, vem a público ridicularizar suas teorias de “golpe branco”. Naquela ocasião já deveriam ter pedido o boné, como se diz no popular, mas o castigo tinha de ser maior.

Pois bem, nessa semana o governo atual de Honduras, eleito em pleito não reconhecido pela maioria dos países, inclusive o Brasil, e o congresso daquele país aprovaram, em uma ação pouco noticiada pela imprensa brasileira, uma modificação na constiuição que permitirá a reeleição do presidente. Exatamente o que Zelaya tentou fazer e virou desculpa para o golpe de estado.

Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor não vão se explicar, vão continuar com espaço para falar o que o diretor de jornalismo da Rede Globo e os diretores da emissora gostariam de dizer, mas não tem coragem, no entanto, a cada dia mais gente vai entendendo o papel a que essas se prestam.

Caros amigos

Não é por acaso que o administrador da nossa rede de notícias diz que o mais grave problema brasileiro é o da grande imprensa, corrupta, canalha, subserviente e vendida.

O povo brasileiro votou duas vezes em Lula e votou na Dilma, o que significa que está se curando das suas mazelas políticas e jogando no lixo da História os traidores da pátria. Em todo o caso é sempre bom recordar o passado porque doentes podem ter recaídas. O ano que vem tem eleições e muitos incautos precisam ser alertados.

Nada como o estudo da História para mostrar quem é quem, e quem são os vilões responsáveis pelas desgraças brasileiras. O Biondi morreu em 2000, mas lendo-o a gente pode comprovar como ele estava certo, como as suas análises eram certeiras.

O tempo levanta todos os véus.

Alguns jornalistas estão comprometidos até a alma com os esquemas mentirosos. Outros, por falta de cultura histórica e política, se deixam levar pela cantilena dos traidores da pátria. E como os salários são bons a tentação é grande.

A situação da grande imprensa hoje não mudou nadinha.

Alfredo Santos


As novas traições ao Brasil (Aloisio Biondi)

Revista Caros Amigos , fevereiro de 2000


O país está sendo enganado pelo noticiário da imprensa que, periodicamente, diz que há um racha no governo Fernando Henrique Cardoso, com uma ala nacionalista e desenvolvimentista de um lado, e de outro a ala entreguista, subordinada à política recessiva do FMI. É tudo encenação maquiavélica, para iludir a opinião pública e continuar com a politica de arrasa-Brasil. Exemplos recentes e gritantes dessa farsa envolveram o presidente do BNDES, Andrea Calabi, numa operação sobre a Light e a Eletropaulo, o ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, com novos prêmios para quem importar e destruir a indústria nacional, e o genro do presidente da República, David Zylberzstajn, que muito lucrou com o vazamento de óleo da Petrobrás, na baía de Guanabara

Viva a Light! Morte à Petrobrás!

O noticiário enganador diz que os próprios partidos governistas passaram a criticar as distorções no processo de venda das empresas estatais pelo governo FHC. Dois pontos, principalmente deveriam ser mudados a partir de agora. Primeiro, haveria venda de ações a milhões de brasileiros, e não "doação" a grupos privilegiados, sobretudo multinacionais, isto é, seria adotado o modelo de pulverização das acões, exatamente como foi feito até na Inglaterra de Margaret Thatcher. Além disso, o governo, através do BNDES, deixaria de financiar os grupos estrangeiros desejosos de aumentar seu controle sobre empresas estatais, por um motivo altamente preocupante: quanto maior a fatia de capital que as multinacionais passam a possuir, maior a remessa de lucros e dividendos para as matrizes, istoé, maior a remessa de dólares levando o Brasil a um beco sem saída, a médio prazo. Essas mudanças foram indiretamente confirmadas pelo presidente do BNDES, Andrea Calabi, em entrevista à Folha de S.Paulo, na qual ele anunciava prioridade para os empréstimos a empresas nacionais. Era apenas um lance do tal jogo de enganar trouxa. Como assim? Pouca gente se lembra ou sabe, mas, como foi demonstrado no livrinho O Brasil Privatizado,, de nossa autoria, a "venda" da Light, há uns dois anos, foi fictícia. Como assim? A estatal francesa EDF e dois grupos norte-americanos compraram apenas 11,4 por cento das acões cada um, isto é, 34,2 por cento do capital. O governo brasileiro continuou com quase 39 por cento, mas, apesar disso, o grupo multinacional virou "dono" da Light, que, depois, comprou a Eletropaulo Metropolitana, do governo paulista, nas condições parecidas... Agora, a nova traição. No final de janeiro, depois da entrevista nacionalista do senhor Calabi, o governo vendeu novos lotes dessas ações da Light e da Eletropaulo. Pulverizou a venda, para milhões de brasileiros? Não. Vendeu mais 20 por cento das ações da Light à estatal francesa EDF, que passou a ter uma faria de 31,64 por cento do capital. E “vendeu" mais 35 por cento das acões da Eletropaulo ao grupo norte-americano AES, sócio da EDF francesa na Light. Como explicar essas vendas? O governo precisa de dinheiro, precisava fazer caixa? Nem isso é verdade. No caso da Eletropaulo, as acões foram vendidas por 1,9 bilhão de reais- mas com entrada de somente 20 po cento, isto é, de 380 miIhões... O restante vai ser pago em três anos. Como explicar a falsa venda? É bom lembrar uma aberração gravíssima provocada pela operação. O grupo norte-americano, embora só vá pagar a compra a longo prazo, passa a ser o dono, desde agora, dos lucros de milhões de reais produzidos pela Eletropaulo. Isto é, vai lucrar e remeter dólares sem ter aplicado dinheiro na empresa, já que é tudo financiado pelo BNDES... O que diz o Congresso dessa nova traição?

Alguns mnistros do governo FHC começaram a admitir; desde o ano passado, que o "escancaramento" do mercado às importações precisa ser revisto em alguns casos, pois está destruindo a indústria nacional e alargando o desemprego. O próprio presidente da República admitiu que a "abertura" foi excessiva. No começo do ano, porém, o governo divulgou uma lista de mais quinhentos produtos que podem ser importados com impostos reduzidos ou mesmo sem pagar nenhum imposto. Basicamente, máquinas e equipamentos que as multinacionais que estão entrando nos setores de energia elétrica, usinas termelétricas, telefonia desejam comprar... de suas matrizes e seus países, remetendo dólares para fora. O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, reconhece que essas importações vão aumentar o rombo em dólares, mas, diz ele, "depois" esses equipamentos produzirão bens que serão exportados, e tudo se reequilibrará. É mesmo? O Brasil vai exportar vapor, energia elétrica, conversas tefefônicas? Repete-se o desastre? No começo do governo FHC, os ministros Kandir e Malan também diziam a mesma coisa, que as importações trariam vantagens a longo prazo. Deu no que deu.


E a Petrobrás? O presidente da Agência Nacional de Petróleo, David Zylbersztajn, já anunciou o "esquartejamento da empresa", quer que ela venda refinarias, oleodutos, gasodutos. Uma de suas alegações, ridículas, para justificar o desmonte? A Petrobrás é grande demais, é preciso estimular a concorrência. Ora, o mercado está aberto, até para as multinacionais. Elas que realizem investimentos, construam usinas, oleodutos, gasodutos - como acontece em outros países. Por que doar mais uma vez o patrimônio da Petrobrás? O assalto contra a Petrobrás certamente produziria reações em alas nacionalistas – inclusive militares. Por isso, foi muitooportuno o vazamento de óleo na baía de Guanabara, onde o atraso para tomar providências, por parte da alta direção da Petrobrás, ligada a Zylbersztajn criou condições para que o desastre tomasse proporções gigantescas, ganhasse manchetes dias a fio - e desmoralizasse a Petrobrás, com reações tipo "é melhor que vendam, mesmo". Vale uma investigação pelo Ministério Público. Um mistério tipo Riocentro...


E-mail enviado pela Marúcia Cabral da Lista Apoiamos Lula

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Postado por Giovani de Morais e Silva às 17:37 2 Comentários Links para esta postagem
Marcadores: David Zylbersztajn, FHC, Petrobras
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De olho no Big Brother, Ministério Público aciona a Globo

No dia 20 de dezembro, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (PFDC/MPF) enviou um documento à Rede Globo pedindo atenção aos direitos constitucionais e da pessoa humana na 11ª edição do reality show Big Brother Brasil – BBB11.

Por Juliana Sada, no blog Escrevinhador
A ação foi motivada pelo alto número de denúncias que a última edição do programa recebeu. De acordo com a campanha Ética na TV – Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania, o BBB10 foi o campeão de reclamações no período entre agosto de 2009 e abril de 2010. Foram 227 denúncias que relatavam desrespeito à dignidade humana, nudez, exposição de pessoas ao ridículo e apelo sexual. De acordo com a PFDC ainda há problemas de homofobia, incitação à violência e inadequação no horário de exibição.

A Recomendação enviada à Rede Globo também adverte à emissora que observe a sua própria autorregulamentação, na qual o grupo assumiu “a missão de exibir conteúdos de qualidade que atendam às finalidades artística, cultural, informativa, educativa e que contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. A emissora deve também tomar as medidas necessárias para evitar as violações de direitos humanos, além de veicular o programa no horário adequado, atentando para as diferenças de fusos horários e também para o horário de verão.

Violência liberada

Apesar da recomendação enviada pelo Ministério Público, a Rede Globo não deu indícios de mudança no comportamento. Aliás, fez o contrário. Recentemente, o diretor do programa, José Bonifácio de Oliveira, conhecido como Boninho, declarou que decidiu “liberar a porrada” nesta edição de Big Brother. A decisão do diretor causou protestos por parte de diversos grupos feministas que se preocupam com a banalização da violência, como foi relatado aqui.

A Procuradoria deu à Rede Globo o prazo de 30 dias para se manifestar quanto à adoção das recomendações feitas no documento. Até o momento a emissora não se manifestou quanto à Recomendação, e o prazo expira nesta semana. O documento em si não gera nenhum tipo de sanção à Rede Globo, cumprindo a função de uma advertência. A penalização ocorrerá se algum direito ou lei for desrespeitada pelo BBB11.

A América Latina e a questão palestina


A América Latina e a questão palestina

A participação na posse da presidente Dilma Rousseff permitiu ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, agradecer a presidentes sulamericanos e somar Costa Rica, Cuba, Nicarágua e Venezuela na relação dos países que reconheceram a Palestina. Os primeiros foram Brasil, Argentina, Bolívia e Equador. Depois, foi a vez do Uruguai. Abbas convidou outros países a seguirem esse exemplo. Junto com as expressões contrárias a esses reconhecimentos por parte do Departamento de Estado dos EUA, a chancelaria israelense procurou, sem sucesso, contrapor as gestões palestinas. O artigo é de Ignacio Klich.

Ignacio Klich – Revista Debate (Argentina)

A visita ao Brasil de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em sua luta por globalizar o reconhecimento do direito da Palestina por suas terras ocupadas por Israel desde a guerra de 1967, confirmou a importância que a América Latina dá a essa questão. Os reconhecimentos obtidos até aqui são vistos por Abbas como um incentivo à reabertura da estancada negociação com Israel, desde que o premier Benjamin Netanyahu concorde em suspender a construção de novas edificações nestas áreas.

A participação na posse da presidente Dilma Rousseff permitiu ao titular da ANP agradecer a presidentes e outros representantes sulamericanos em Brasília e somar Costa Rica, Cuba, Nicarágua e Venezuela na relação dos países que reconheceram a Palestina. Cronologicamente, os primeiros foram Brasil, Argentina, Bolívia e Equador. Depois, foi a vez do Uruguai. Abbas convidou outros países a seguirem esse exemplo.

Além disso, a visita serviu para colocar a pedra fundamental da futura embaixada da Palestina em Brasília. Embora o Itamaraty tenha permitido em 1975 que a diplomacia palestina enviasse um representante ao Brasil, ainda sob o governo militar, e tenha precedido a Argentina no reconhecimento, a missão palestina em Buenos Aires tem sede própria há tempos. Ela foi concedida quando a Argentina tinha um alinhamento funcional com Washington durante o governo de Carlos Menem, e foi acompanhada pela rua Palestina, cruzando a avenida Estado de Israel, um símbolo portenho da convivência palestino-israelense. A delegação internacional logo obteve o estatuto de embaixada

Em 1947, a maioria da representação latino-americana na Assembleia Geral das Nações Unidas apoiou a divisão da Palestina, que, sob mandato britânico, existia há um quarto de século. A ONU acreditava que com o surgimento de Israel e de um Estado palestino se superaria a violenta contradição entre as aspirações nacionais judias e as dos árabes. Somente Cuba foi contra a proposta. Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras e México se abstiveram. Dado o apoio que Israel foi recolhendo na região a partir desse momento – maior que o obtido em outras regiões em desenvolvimento do mundo – não é estranho, então, que sua diplomacia esteja incomodada com os recentes êxitos palestinos na região.

Em uma tentativa de minimizar essas conquistas, porta vozes oficiais e alguns comentaristas procuram desqualificar esses reconhecimentos, equiparados automaticamente com uma desqualificação de Israel.

Segundo uma nota publicada em um jornal israelense, os países latino-americanos que reconheceram recentemente a Palestina teriam feito isso porque “lutam contra a hegemonia estadunidense, sem interesse algum em Israel”. Essa caracterização exclui aqueles governos mais ou menos sensíveis aos interesses de Washington, entre eles os do Cone Sul, com repetidas expressões favoráveis a Israel.

Em 1947, o plano de partição contou, entre outros apoios, com o voto positivo do outrora representante uruguaio na ONU, Enrique Rodríguez Fabregat, posterior integrante do grupo fundador da Frente Ampla. Antes de sua morte, em 1976, o diplomata revisou sua posição. Apesar de que, em 1956, a associação israelense com a guerra das potências coloniais (Inglaterra e França) contra o Egito começou a desencantá-lo, Rodríguez Fabregat, sem abdicar de seu apoio à criação de Israel, concluiu que a divisão não havia levado em conta os palestinos como deveria.

Apesar dos custos que teve ao assumir o nacionalismo palestino para concretizar suas postergadas aspirações, e apesar das terras perdidas e dos novos refugiados que surgiram após as guerras árabe-israelenses, está longe ser casual que o mundo árabe tenha sido refratário à solução dos dois estados, aprovada pela Organização de Libertação da Palestina em 1988, e pela Liga Árabe em 2002.

Resta saber os resultados de tal aceitação; entre eles, a delimitação dos dois estados. A ONU havia outorgado a Israel 55% da Palestina, fração que Israel ampliou de fato nas guerras de 1948-49 e em 1967. Por ser mais antigo, maior teria sido o provável desencanto de um Rodríguez Fabregat progressista, dada a crescente virada à direita de Israel desde 1977, ano em que o direitista Likud desbancou os trabalhistas como favoritos do eleitorado para formar o governo. A mais recente expulsão de cidadãos palestinos de Israel e a caça às bruxas movida contra ativistas de direitos humanos também compõem esse cenário.

Por outro lado, esse desencanto talvez permita explicar a aceitação do presidente uruguaio José Mujica, em setembro de 2010, de um prêmio da Organização Sionista e do município de Jerusalém, cujo titular é um dos principais promotores oficiais israelenses da questionada atividade de construção de casas em territórios em disputa. E, dois meses mais tarde, seu vice chanceler anunciaria o reconhecimento uruguaio da Palestina.
Novos apoios

Antes de voltar a Ramallah, Abbas tinha a esperança de que, no curto prazo, Chile e Paraguai poderiam se integrar à lista de mais de cem países que já reconheceram a Palestina. A quase uma semana de seu encontro com o presidente Sebastián Piñera, o Chile formalizou esse reconhecimento, deixando para outra ocasião a manifestação sobre as fronteiras entre Israel e Palestina. Identificar os limites do Estado palestino como os do período que antecedeu a guerra de 1967 – com efeito, parte das linhas de armistício de 1949 – significa reconhecer que a primeira expansão israelense é irreversível.

Junto com as expressões contrárias a esses reconhecimentos por parte do Departamento de Estado em Washington, a chancelaria israelense procurou, sem sucesso, contrapor as gestões palestinas. Nada ilustra melhor tal ineficácia do que o par de conversações telefônicas mantidas por Netanyahu com Piñera antes do reconhecimento chileno. Fontes chilenas também vaticinaram que Peru e El Salvador reconhecerão a Palestina em breve.

A chancelaria israelense teme que esse reconhecimento seja fomentado em Lima, em fevereiro, durante a III Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA), diálogo iniciado pelo Brasil em 2005, como parte de seu interesse em ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança ampliado das Nações Unidas.

A situação deixaria a Colômbia, cuja chanceler já manifestou sua resistência a fazer tal coisa sem um acordo de paz palestino-israelense, como o único membro da ASPA a persistir em sua negativa durante 2011, enquanto a diplomacia palestina gestiona apoios em El Salvador, Guatemala, Honduras e México.

Por seu turno, Abbas previu que ninguém poderá antecipar o resultado de uma larga paralisação das negociações de paz. Para um parceiro trabalhista de Netanyahu, o ministro da Indústria e Comércio, Benjamin Bem Eliezer, essa estagnação pode determinar que Washington reconheça a Palestina, mediante negociações que delimitem ambos Estados, definindo também a repartição de Jerusalém e o tema dos refugiados. Um documento da União Europeia recomendou em dezembro último tratar Jerusalém oriental como a capital palestina. Embora Bem Eliezer não tenha falado em datas, uma ocasião para Washington poderia ser setembro próximo, quando se completa um ano do início de negociações por um acordo de paz, suspensas pela decisão de israelense de seguir construindo em territórios ocupados. Com ou seu reeleição de Barack Obama, o reconhecimento estadunidense pode ser mais fácil de imaginar depois das próximas eleições presidenciais – em sua ante sala os apoios de Israel tentam maximizar sua influência –, acompanhados, logo em seguida, da retirada de suas tropas do Iraque e do Afeganistão.

(*) Ignacio Klich é historiador, organizador de “Árabes e judeus na América Latina”, Século XXI, Editora Iberoamericana, Buenos Aires, 2006.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

Como a mídia descobriu que a Tunísia era uma ditadura

Como a mídia descobriu que a Tunísia era uma ditadura
Quando eu ingressei como redator na editoria de assuntos internacionais da Folha de S.Paulo, um colega veterano me ensinou como se fazia para definir quais, entre as centenas de notícias que recebíamos diariamente, seriam merecedoras de destaque no jornal do dia seguinte. "É só olhar os telegramas das agências e ver o que elas acham mais importante", sentenciou.


Por Igor Fuser*, no Brasil de Fato


Pragmático, ele adotava esse método como um meio seguro de evitar que o noticiário da Folha destoasse dos jornais concorrentes, os quais, por sua vez, se comportavam do mesmo modo. Na realidade, portanto, quem pautava a cobertura internacional da imprensa brasileira era um restrito grupo de três agência noticiosas — Reuters, Associated Press e United Press International, todas afinadíssimas com as prioridades geopolíticas dos Estados Unidos.


Passadas mais de duas décadas, a cobertura internacional da mídia brasileira ainda se orienta por diretrizes estrangeiras. A única diferença é que agora as agências enfrentam a competição de outros fornecedores de informação, como a CNN e os serviços de empresas como a BBC e o New York Times, oferecidos pela internet. Mas o conteúdo é o mesmo. O resultado é que as informações internacionais que circulam pelo planeta, reproduzidas com mínimas variações em todos os continentes, são quase sempre aquelas que correspondem aos interesses de Washingon.


Quem confia nessa agenda está condenado uma visão parcial e distorcida, uma ignorância que só se revela quando ocorrem "surpresas" como a rebelião popular que derrubou o governo da Tunísia. De repente, o mundo tomou conhecimento de que a Tunísia — um país totalmente integrado à ordem neoliberal e um dos destinos favoritos dos turistas europeus — era governada há 23 anos por um ditador corrupto, odiado pelo seu povo. Como é que ninguém sabia disso?


A mídia silenciou sobre o despotismo na Tunísia porque se tratava de um regime servil aos interesses políticos e econômicos dos EUA. O ditador Ben Ali nunca foi repreendido por violações aos direitos humanos e, mesmo quando ordenou que suas forças repressivas abrissem fogo contra manifestantes desarmados, matando dezenas de jovens, o presidente estadunidense Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, permaneceram em silêncio. Não abriram a boca nem mesmo para tentar conter o massacre. Só se manifestaram depois que Ben Ali fugiu do país, como um rato, carregando na bagagem mais de uma tonelada de ouro.


O caso da Tunísia não é o único na região. No vizinho Egito, outro regime vassalo dos EUA, Hosni Mubarak governa ditatorialmente desde 1981. Suas prisões estão lotadas de opositores políticos e as eleições ocorrem em meio à fraude e à violência, o que garante ao governo quase todas as cadeiras parlamentares. Mas o que importa, para o "Ocidente", é o apoio da ditadura egípcia às posições estadunidenses no Oriente Médio, em especial sua conivência com o expansionismo israelense.


Por isso, a ausência de democracia em países como a Tunísia e o Egito nunca recebe a atenção da mídia convencional, ao contrário da condenação sistemática de regimes autoritários não-alinhados com os EUA, como o Irã e o Zimbábue. É sempre assim: dois pesos, duas medidas.


* Igor Fuser é jornalista, doutorando em Ciência Política na USP, professor na Faculdade Cásper Líbero e membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato

Revelado: a quem Itaipu será entregue

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sábado, 30 de outubro de 2010

FHC, O Golpista




Antes da revelação, entretanto...

Saiba: que Itaipu é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta.

Saiba: que o presidente Lula inaugurou em 2007 as duas últimas das 20 turbinas da usina, capazes hoje de gerar até 100 bilhões de quilowatts-hora.

Saiba: que a hidrelétrica de Três Gargantas, na China, gerará 85 bilhões de quilowatts-hora, 8,4 bilhões de quilowatts-hora menos do que a capacidade máxima obtida por Itaipu.

Saiba: que é Itaipu não é apenas uma usina hidrelétrica, mas também um elogiado centro de preservação da fauna e da flora, um polo tecnológico de referência internacional e que conta até mesmo com um moderno observatório astronômico.

Saiba: que Itaipu é a base da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), cujo projeto de lei foi sancionado pelo governo federal, em janeiro de 2010.

Saiba: que nela trabalharam 40 mil brasileiros e paraguaios, e que 132 morreram para que você tivesse luz em casa e pudesse fazer funcionar este seu computador.

Eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno pela revista Popular Mechanics (EUA), essa joia do povo brasileiro está sendo utilizada como moeda de troca em transações obscuras.

Como se sabe, entidades financiadas pelo National Endowment for Democracy (NED) têm oferecido suporte integral ao projeto dos partidos conservadores e neoliberais brasileiros, representados na eleição presidencial por José Chirico Serra. O NED é uma entidade privada norte-americana, mas abastecida por recursos públicos, encarregada de fornecer suporte a instituições-satélite empenhadas em desestabilizar governos de esquerda ou de centro-esquerda em todo o mundo.

Sua ações táticas estão centradas no fortalecimento de grupos políticos neoliberais, privatistas e pró-EUA. Garantem-lhes treinamento, expertise midiática, além de apoio financeiro, técnico e logístico.

Essas intervenções de auxílio, no entanto, têm um alto preço. Exige-se sempre uma contrapartida para as empresas que contribuem na constituição dos fundos do NED e das entidades por ele patrocinadas.

No caso do Brasil, a exigência é a entrega de Itaipu, da Petrobrás e do Banco do Brasil a grupos especulativos transnacionais, especialmente de capital norte-americano.



Desvendando o enigma de Itaipu

Há poucos dias, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu-se com mais de 150 investidores no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

Você pode se perguntar: por que FHC, se ele não é mais presidente e nem exerce cargo público?

E pode ainda indagar: por que o convescote ocorreu exatamente naquela cidade?

O objetivo é claro e evidente. O ex-presidente é o delegado destacado pela coligação conservadora para negociar a entrega do patrimônio nacional aos especialistas em pilhagem além-fronteiras.

Para que o leitor perceba com clareza a gravidade dos fatos, façamos um elenco seqüenciado de informações:

1) O encontro de Foz do Iguaçu foi organizado por Raphael Eckmann. Formando pela conservadora universidade Mackenzie (SP), estudou também na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Foi gerente comercial da Globosat e da Câmara Americana de Comércio. Desde 2007, é um dos executivos da Tarpon Investimentos, com sede em São Paulo.

2) Eckmann se diz "amigo" de Fernando Henrique Cardoso e um "apoiador" de seus empreendimentos.

3) A Tarpon gaba-se de "perseguir oportunidades de investimento pouco óbvias", conforme registra em seu site. Foca na compra de ações ou na obtenção do controle de empresas que não estejam em processo de leilão.

4) Se você quiser conhecer Eckmann e admirar seus bem cortados ternos Armani, fique na calçada da rua Tabapuã, próximo ao 1227, no bairro paulistano do Itaim Bibi, por volta de 13 horas. Verá o executivo sair para o almoço. Frequentemente, se faz acompanhar de colegas norte-americanos, em geral atuantes no ramo de energia.

5) Um dos principais clientes da Tarpon é a Ômega, dedicada especialmente ao setor de produção de energia. Trata-se de uma joint-venture com a Winbros, a holding de Wilson Brumer, presidente da Usiminas e do conselho de diretores da Ligh.

6) Há quatro semanas (Set. 2010), a Ômega anunciou que receberá um aporte de R$ 350 milhões da própria Tarpon Investimentos e da gigante norte-americana Warburg Pincus. O objetivo, segundo os diretores da companhia, é consolidá-la no setor de geração de energia renovável no Brasil.

7) Esse é o primeiro investimento da Warburg Pincus no Brasil, desde que instalou seu escritório aqui, em fevereiro. Ao jornais, o sócio-diretor da Warburg, Alain Belda, declarou o seguinte: "A escolha do setor de geração de energia como nosso foco está apoiada na expectativa de crescimento do mercado interno, o que pressionará a oferta de energia limpa no Brasil".

8) A parceria tem por objetivo acelerar os planos da Ômega de atuar na viabilização de centrais hidrelétricas de maior porte, conforme informou Antonio Augusto Bastos Filho, CEO da empresa.

9) A Warburg Pincus tem investidos mais de US$ 35 bilhões em empresas de 30 países, sobretudo em empresas de energia, tecnologia e prestação de serviços de saúde.

10) Nos últimos anos, a Warburg Pincus investiu mais de US$ 3,5 bilhões somente em empresas produtoras de energia.

Explica-se, assim, o porquê do encontro com Fernando Henrique Cardoso, justamente à sombra de Itaipu, em Foz do Iguaçu. O predador foi espreitar a presa.

Pelos saguões do hotel, rodeado de estrangeiros, FHC não escondeu sua intenção de entregar Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás aos amigos da causa neoliberal.

Em dado momento, ao lado de um sorridente Eckmann, e diante de muitas (muitas mesmo) testemunhas, o ex-presidente afirmou que a entrega das três empresas deve ser tratada com calma e paciência.

"Vamos ter que contornar algumas dificuldades com militares", declarou. "É preciso ir amaciando esse pessoal com calma".

Entre um gole e outro de uísque caro, os presentes quiseram saber sobre as eventuais pressões dos sindicatos, centrais sindicais e da população em geral. FHC sorriu matreiramente e disse que bastava "botar a polícia na rua".

"Ahhhh... O brasileiro é passivo e não vai lutar por muito tempo contra a força do governo", afirmou, com ar de enfado intelectual. Sua pequena platéia riu, depois que a frase foi traduzida.

Será que riu de quem?

Comentários pelas ruas de SP

- Depois de tanta chuva, Alckmim anunciou a construção da hidroelétrica do Anhangabaú.



- Em SP não se fala mais direita e esquerda... agora é bombordo e estibordo!



- Se a São Silvestre fosse em janeiro, o Cesar Cielo ia humilhar!



- Depois do Airbag, os coletes salva vidas são os opcionais mais importantes nos carros de Sao Paulo.



- O melhor serviço de entrega em SP é do Submarino.



- Ninguém passa fome em São Paulo, Bolinho de Chuva é o que não falta.



- Vamos assistir a chuva lá em casa hoje??



- Quem acha que a água do mundo está acabando não mora em SP.



- Meu passeio ciclístico de hoje fiz de pedalinho.



- Agora, todo paulistano tem casa com vista para o mar.



- Tem carioca morrendo de inveja, agora São Paulo tem dois mares: Mar ginal Tiete e Mar ginal Pinheiros.



- A Dilma está lançando o BALSA-familia pra ajudar São Paulo



- Pelo menos a SABESP cumpriu o prometido: água e esgoto na casa de todo mundo.



- O Alckmim tá trocando o bilhete Único pelo bilhete ÚMIDO!!



- A Marta disse para o Alckmim: Relaxa e bóia!!!