Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O projeto entreguista de Serra para o pré-sal








O assanhamento dos tucanos chega ao ponto de David Zylbersztajn, ex-genro de FHC que assessora ao mesmo tempo a campanha de José Serra e multinacionais de energia, inserir uma informação falsa no elogio ao regime das concessões, adotado quando era presidente da Agência Nacional do Petróleo. Os lobbies conservadores e anti-nacionais reunidos em torno da candidatura de José Serra à presidência já se atrevem a defender sem disfarces um retorno ao entreguismo que marcou a gestão do petróleo brasileiro nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso. O artigo é de Igor Fuser.
No embalo do segundo turno, os lobbies conservadores e anti-nacionais reunidos em torno da candidatura de José Serra à presidência já se atrevem a defender sem disfarces um retorno ao entreguismo que marcou a gestão do petróleo brasileiro nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Eles querem a abertura irrestrita das fabulosas reservas do pré-sal brasileiro, a maior descoberta petrolífera dos últimos trinta anos no mundo inteiro, à voracidade das empresas multinacionais. O assanhamento é tanto que, em entrevista ao jornal Valor, David Zylbersztajn, “assessor técnico” da campanha de Serra para a área de energia, distorceu completamente a realidade dos fatos com um grosseiro erro de informação ao defender que, num eventual governo demo-tucano, a exploração do pré-sal ocorra nos marcos do atual regime de concessões, em escandaloso benefício do capital transnacional.

O argumento apresentado por Zylbersztajn, ex-genro de FHC e presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) quando se realizou o primeiro leilão de reservas brasileiras entregues ao capital estrangeiro, em 1999, tem como foco uma questão contábil. De acordo com ele, o atual regime de concessões é melhor que o de partilha porque que o governo recebe antecipadamente o dinheiro referente ao bônus de assinatura, quantia cobrada às empresas em troca do direito de explorar as reservas. “No sistema de partilha, você só vai receber lá na frente”, alegou. “Depois de ter descontado o que gastou com o campo, vai receber sua parte em óleo, que vai ter que ser vendido. Isso só vai gerar alguma coisa lá na frente. Enquanto hoje, se licitar um campo, o governo coloca dinheiro no Tesouro hoje mesmo", disse.

Uma simples consulta ao Projeto de Lei 5.938, que cria o regime de partilha, é suficiente para revelar a falsidade do raciocínio apresentado por Zylbersztajn contra o regime de partilha. No seu capítulo II, parágrafo XII, o projeto do atual governo afirma textualmente que o bônus de assinatura é “um valor fixo devido à União pelo contratado, a ser pago no ato da celebração e nos termos do respeito do contrato de partilha da produção”. Essa norma é reiterada mais adiante, no capítulo V, parágrafo II, que trata dos editais de licitação. Como se pode conceber que um especialista ignore uma regra formulada em termos tão claros?

Curiosamente, o mesmo Zylbersztajn se mostra muito zeloso em esclarecer que suas declarações não representam o ponto de vista oficial da campanha de Serra. "A minha opinião é pelo lado técnico, mas dentro do contexto político, eu não sei”, ressalvou, para em seguida voltar à carga contra o regime de partilha: “Eu aconselharia a deixar o que está funcionando bem do jeito que está. Se houvesse justificativa para mudar, tudo bem", insistiu, deixando claro que não vê nenhum motivo para a troca do regime de concessões pelo de partilha, como propõe o governo Lula e sua candidata, Dilma Rousseff.

A linguagem escorregadia tem a ver com o cuidado de Serra em evitar uma postura de ataque frontal à mudança nas regras do pré-sal. Em vez de expor abertamente suas intenções, o candidato tucano prefere manifestar “dúvidas” sobre a utilidade do regime de partilha. Enquanto isso, o centro de estudos do PSDB, Instituto Teotônio Vilela, bombardeia sem sutilezas o projeto governista. Em entrevista ao jornal O Globo, em abril, o deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), porta-voz oficioso dos tucanos para os assuntos petroleiros, chamou de “retrocesso histórico” a lei que retira o pré-sal do sistema de concessões e o transfere ao controle estatal por meio de uma nova empresa, a Petro-Sal. Nas suas palavras, trata-se de um “erro estratégico” comparável à fracassada Lei de Informática, de 1984.

Até o dia 3 de outubro, esse assunto era mantido em surdina pelos tucanos, quase como um tabu. Agora que o assessor de Serra saiu a campo em defesa da posição privatista, o candidato corre o risco de ser cobrado pelos seus adversários em uma questão crucial para o desenvolvimento do país e o bem-estar dos brasileiros. No caso de Zylbersztajn, a margem de opção é nula. Como presidente da empresa de consultoria DZ Negócios com Energia, voltada para a prestação de serviços a “investidores interessados no mercado brasileiro”, conforme o site da firma, ele tem mesmo é que defender os interesses dos seus clientes estrangeiros, nem sempre coincidentes com os interesses da sociedade brasileira. Entre os seus clientes está a AES Eletropaulo, companhia de eletricidade paulista privatizada em favor do capital estadunidense durante o governo tucano de Mário Covas.

Para que se compreenda o que está em jogo no pré-sal, recorde-se que, no regime de concessões, implantado por FHC, todo o petróleo retirado do subsolo se torna, automaticamente, propriedade da empresa concessionária, que pode fazer com ele o que quiser (salvo algumas restrições só aplicáveis em casos excepcionais). Atualmente, as empresas estrangeiras é que determinam o ritmo de exploração das reservas. Elas também escolhem, por sua própria conta, os fornecedores de equipamentos, em geral importados. Como retribuição ao governo, essas concessionárias se limitam a pagar uma porcentagem sobre o valor da produção (os royalties) e mais algumas taxas, o que totaliza, no máximo, 40% da renda obtida com o petróleo. Esse é um percentual altamente vantajoso, comparado com os 80% cobrados pelos maiores produtores mundiais.

Já no regime de partilha, tal como propõe o governo, a União mantém a propriedade do petróleo obtido, o que lhe dá o direito de ditar a política de exploração. O volume produzido e a duração das reservas podem ser administrados de acordo com objetivos de política econômica. E o Estado é quem estabelece as normas para os investimentos e a política de compras, a partir de metas voltadas para o desenvolvimento de cadeias produtivas nacionais, criação de empregos e aperfeiçoamento tecnológico. O regime de partilha, adotado atualmente por cerca de 40 países, representa, historicamente, um avanço em relação ao sistema neocolonial das concessões, que vigorou na primeira metade do século XX, época em que a indústria do petróleo era dominada pelo famoso cartel das “Sete Irmãs”.

A participação nacional na riqueza do petróleo será sensivelmente maior no caso de aprovação das novas normas defendidas pelo governo Lula. De acordo com os projetos de lei em discussão no Congresso, a estatal Petro-Sal controlará a exploração dos blocos petrolíferos do pré-sal, garantindo à Petrobras uma participação mínima de 30% em cada área de produção. Mais importante: caberá à empresa brasileira a função de operadora de todas as áreas de extração, de modo a garantir que as decisões estejam afinadas com os objetivos do desenvolvimento nacional.

Os royalties aumentam para 15% e a participação estatal na renda petroleira – aí incluídos União, Estados e municípios, segundo regras que ainda estão em debate – ultrapassa, de longe, os 50%. O aumento dessa fatia se deve, em parte, à recente capitalização da Petrobras, quando a participação acionária da União pulou dos 32% a que foi reduzida nos tempos de FHC para os atuais 48%. Tudo isso, sem a necessidade de gastar um só centavo do dinheiro público, pois a União utilizou como moeda o petróleo que ainda repousa no fundo do mar.

Zylbersztajn encara essas proezas com azedume, e parece até torcer para que tudo dê errado. Na entrevista ao Valor, profetizou que a Petro-Sal será um antro de corrupção e reprovou a presença de uma estatal brasileira no comércio de petróleo – algo que a Petrobras já vem fazendo há muito tempo, com notável eficiência. Na realidade, a mudança que o governo Lula está propondo significa um avanço bem modesto, comparado com as propostas mais ousadas defendidas por um conjunto de entidades e movimentos sociais agrupados na campanha “O Petróleo Tem Que Ser Nosso”, como a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Um projeto de lei alternativo, assinado por 21 congressistas, do PT e do PCdoB, prevê que a Petrobras volte a ter 100% do seu capital nas mãos do Estado e que sejam anulados os contratos de exploração petroleira por companhias privadas feitos após a promulgação da Lei 9.478, de 1997.

O projeto do governo representa uma posição intermediária entre o marco regulatório neoliberal adotado por FHC e as posições mais nacionalistas defendidas pelos sindicatos e outros atores no campo popular. Para se ter uma idéia, nas áreas do pré-sal já leiloadas continuará em vigor o regime das concessões, em estrito cumprimento aos contratos já firmados. Dessa forma, se as coisas correrem conforme os planos traçados pela equipe de Lula, o petróleo brasileiro do pré-sal seguirá como um negócio muito atraente para os investidores estrangeiros. Que o digam os chineses, cada vez mais confiantes no Brasil como um parceiro indispensável perante as incertezas do abastecimento de energia no futuro.

Ainda assim, há quem se mostre insatisfeito. Inclusive brasileiros, como Zylbersztajn. Para esses – os executivos das multinacionais petroleiras e seu séquito de consultores, acadêmicos e jornalistas – a passagem de Serra ao segundo turno é um fator de alento. Quem sabe, imaginam, seja possível retomar o fio da história no ponto em que estava em janeiro de 2002, quando o banqueiro (recentemente falecido) Francisco Gros, em seu primeiro ato após a posse como presidente da Petrobras, anunciou aos investidores em Houston, nos EUA, que sua missão era privatizar a empresa. Seu antecessor, Henri Philippe Reichstul, tentou – e quase conseguiu – trocar o nome da estatal para Petrobrax, supostamente mais agradável aos ouvidos dos potenciais compradores em uma planejada privatização. Agora, com as reservas do pré-sal avaliadas em centenas de bilhões de dólares, o prato se tornou bem mais suculento. E o apetite, maior.

(*) Igor Fuser é jornalista, professor na Faculdade Cásper Líbero, doutorando em Ciência Política na USP e autor do livro “Petróleo e Poder – O Envolvimento Militar dos Estados Unidos no Golfo Pérsico” (Editora Unesp, 2008).

José Serra (PSDB) quer fim do Mercosul e ameaça desmontar legado de Lula


Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula.

O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país.

O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte:

1) o PAC não existe - 'é uma lista de obras' - logo, não será continuado;

2) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o País;

3) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC;

4) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito.

Recuerdos pedagógicos:
1) Serra assumiu o ministério em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença;

2) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir;

3) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene;

4) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da Funasa, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação;

5) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela Funasa em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo;

6) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra.

7) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica".

8) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: "A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável".

9) em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência; foi ignorada por Serra.

10) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério.

11) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue!'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública.Informações da Agência CC

Presidente Lula inagura nova plataforma da Petrobras em Angra dos Reis

Petrobras afunda baixaria do Globo. Falta a Veja



Blog da Petrobras desmonta outra tentativa do PiG (*) de desestabilizar a Petrobras para beneficiar o Serra.

Contratos Petrobras: Carta ao Globo


Veja abaixo a carta enviada ao Jornal O Globo e leia aqui a matéria publicada pelo veículo nesta sexta-feira (8/10).


A Petrobras esclarece que, ao contrário do que a manchete de O Globo afirma, a Companhia não tem contratos vigentes com a empresa Capacità Eventos.


Em 2008, foi firmado contrato de prestação de serviços para o Batismo da P-53. A referida empresa foi responsável pela criação, produção, montagem e desmontagem da estrutura necessária para o evento. A contratação foi realizada por meio de processo licitatório na modalidade convite. Participaram seis empresas e a vencedora apresentou a proposta com menor preço. Todas as empresas participantes da licitação têm experiência de mercado na realização de eventos de grande porte.


Também em 2008, o evento Porto Alegre – Uma Visão de Futuro teve o patrocínio da Petrobras e de outras empresas por tratar-se de um debate público sobre o urbanismo sustentável e o desenvolvimento de políticas públicas para a capital gaúcha. O patrocínio da Petrobras foi de cerca de 10% do valor total, que contou com a participação de várias empresas como Banrisul, Rede Zafari entre outras. O projeto foi uma oportunidade para a Petrobras reforçar a sua imagem de empresa comprometida com a responsabilidade social e ambiental.


(..)



Como se sabe dentro do mesmo espírito Golpista suspeita-se que a última flor do Fáscio, um detrito de maré baixa, também tentará atingir a Petrobras.

Se dependesse disso o Serra não chegaria à plataforma continental.

Ele prefere vestir-se com a calhordice do aborto. 

Clique aqui para ler sobre a reestreia dele, melancólica no horário eleitoral.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O Leviatã engoliu a internet?


Miguel do Rosário

Há alguns anos, li uma notícia que me chamou muito a atenção. Cientistas ingleses provaram que o ser humano tem mais tendência a acreditar em boatos do que em fatos verdadeiros. Em outros termos, notícias fantasiosas agarram-se ao cérebro com mais insistência que episódios comprovados. Entretanto, a notícia verídica se consolida com o tempo, enquanto o boato, passado o momento inicial de grande difusão, tende a se diluir, sobretudo se confrontado diretamente.

Mas o primeiro momento de crença no boato, e sua superioridade, em termos de difusão, sobre as notícias que o contradizem, confere à mentira um grande valor político, sobretudo num regime democrático, onde a tomada de poder depende substancialmente de ondas temporárias de opinião. Um presidente da república não precisa necessariamente de apoio popular para se manter no poder. Esse apoio é imprescidível apenas durante o processo eleitoral. Na impossibilidade de arregimentar um apoio substancial para seu candidato, o grupo que aspira o poder dedica-se a demonizar o adversário. Uso o termo "demonizar" porque não basta desconstruir a imagem do candidato, urge convertê-lo numa ameaça terrível aos valores mais caros ao eleitorado.

No ano passado, escrevi um ensaio intitulado O poema de Gutenberg, cujas primeiras partes discorrem sobre a tese de Thomas Hobbes, instigante pensador inglês do século XVI, sobre o mito do Leviatã. Na época de Hobbes, os Estados nacionais se caracterizaram pelo totalitarismo. A história da humanidade, aliás, com exceção de breve período na Grécia Antiga, sempre foi marcada pela concentração de poder, que criava e desmantelava impérios ao sabor da imponderável fortuna.

Segundo a maioria dos intérpretes de Hobbes, o Leviatã era um arquétipo que simbolizava o Estado, com seus tentáculos pervadindo toda a sociedade.

Minha tese era a de que, com a consolidação da democracia no mundo ocidental, a imagem criada por Hobbes não simbolizaria mais o Estado... O monstro não se sentia mais à vontade nos salões de governo.

Oswald Spengler, em seu polêmico O declínio do Ocidente, que já teve seus momentos de brilho (sobretudo entre literatos, porque é um livro muito bem escrito) mas que hoje não é popular na Academia, aborda o aparecimento da imprensa de uma forma pessimista, negativa. Não concordo com ele, pois é claro que todo avanço tecnológico traz benefícios, de um lado, e riscos, de outro. A abordagem de Spengler sobre os riscos, porém, é válida. Segundo ele, a imprensa surgiu para facilitar a manipulação das consciências pelo poder. Antes dela, os reis tinham que apelar aos fuzilamentos para convencer os trabalhadores a se engajarem em suas guerras. Com o advento da imprensa, criava-se facilmente ondas de opinião em favor das guerras, levando os cidadãos a se encaminharem, alegres e submissos, a seu próprio matadouro.

Houve isso, de fato. As grandes guerras mundiais, que quase suicidaram a civilização ocidental, sempre foram precedidas por longas e bem feitas campanhas midiáticas, a maioria delas meticulosa e astuciosamente planejada por lideranças políticas.

As campanhas perduram até hoje. Acompanhei estarrecido o "progressista" New York Times abraçar a campanha pró-guerra que antecedeu a invasão do Iraque em 2003. Até hoje suspeito que, não fosse o intenso trabalho midiático daqueles meses, escondendo e diminuindo as gigantescas manifestações mundiais contra a guerra, e publicando sofismas espertos pró-guerra e denúncias absolutamente mentirosas sobre o Iraque, o governo americano não teria condições políticas de levar adiante aquela insanidade. Não deveria, contudo, me surpreender, visto que o New York Times apóia as guerras do governo americano desde sua fundação. Vinte anos depois o jornal pede desculpas, mas não deixa de apoiar a próxima aventura.

As instituições cristãs também não tem um saldo positivo no Ocidente. Foi omissa durante o nazismo, apoiou o fascismo, ajudou a dar condições para o golpe de Estado no Brasil em 1964 e depois omitiu-se. Sempre existiram padres de esquerda, revolucionários, mas as cúpulas católicas, com raras e honrosas exceções, sempre se posicionaram ao lados dos interesses mais retrógrados da sociedade brasileira.

Voltando ao Leviatã, a minha tese é que o monstro abandonou o governo, onde não suportou o ambiente democrático, e instalou-se nas salas de redação, onde encontrou condições para se fortalecer e se desenvolver. A partir da mídia, o gigante pode controlar toda a sociedade. Derruba governos, elege outros, cria ondas de opinião pública, influencia os tribunais superiores, controla a cultura.

O advento da internet assustou o Leviatã midiático, porque projetou holofotes sobre os milhares de guerreiros liliputianos que há tempos atuavam nos subterrâneos. Hoje eu vejo, porém, que o monstro, se antes encarava esses rebeldes com a condescendência que só o poder absoluto confere, hoje entendeu que eles representam um perigo real à sua hegemonia e iniciou estratégias para combatê-los, sobretudo através da criação de seu próprio exército de mercenários da web. Os grandes portais da mídia hoje abrigam uma quantidade inacreditável de blogueiros. Todos obedientes e bem comportados.

Semana passada, o colunista Paul Kruger, que escreve para alguns jornais norte-americanos, publicou um texto em que menciona a fala de um político do Partido Republicano, no qual este diz que não é a Fox que trabalha para seu partido, e sim os republicanos é que trabalham para a Fox. Ele se referia ao fato de muitos políticos republicanos, quando sem mandato eletivo ou cargo no governo, serem contratados como empregados pelas empresas do grupo controlado por Rupert Murdoch (dono da Fox).

Nessas eleições, portanto, está em jogo não apenas uma disputa simples entre PT e PSDB e sim, sobretudo, uma guerra de proporções épicas entre o Leviatã midiático e o exército independente de guerreiros liliputianos. E não me refiro apenas aos blogueiros e que comentam em blogs e sites, mas às consciências livres desse país, que tem coragem de pensar com suas próprias cabeças em vez de reproduzirem acriticamente a opinião lida num jornal ou revista. Obama ganhou as eleições porque Leviatã permitiu: a maioria dos grandes jornais, entre eles o New York Times, o apoiou. Dilma, ao contrário, tem oposição da quase totalidade da mídia brasileira, apesar do apoio majoritário que ela tem recebido do povo brasileiro, que por pouco não lhe dá uma massacrante vitória no primeiro turno. Estamos testemunhando algo realmente grandioso. Não é um momento fácil. A guerra só é bela vista de longe, muito de longe, e este momento será futuramente registrado em livros e filmes. Eu mesmo pretendo, se as musas me permitirem, escrever alguns. Queria, portanto, encerrar esse texto vos lembrando que os grandes momentos necessariamente requerem sacrifício e luta. Isso vale para a política, para a arte e para a vida. E enquanto formos vivos, seremos constantemente chamados para os campos de batalha, que nos dias de hoje, foram transplantados para o mundo virtual. Afinal, como disse Platão: o fim da guerra, só os mortos conhecem.

Serra + PSDB = Retrocesso Social



Repare no dedo do Serra . Veja pra onde ele está   mandando o Brasil,  quem vota nele e quem não vota


O PSDB e Serra promoveram no Brasil o maior retrocesso social já visto, principalmente com relação aos aposentados e pensionistas. Pior que agora, aparece o “Santo Serra” falando em aumento no salário mínimo e aumento nas aposentadorias. Oras, mostrem (repassem para a sua lista de e-mails) o que ele e o PSDB já fizeram pelos aposentados, ou melhor, para todos, pois todos, um dia, seremos aposentados.

Conheça a verdade dos fatos

- PSDB desvinculou o aumento das aposentadorias ao aumento do salário mínimo. Hoje, vemos pessoas de idade avançada vivendo envergonhadas e indignadas por receberem tão pouco pelos tantos anos de serviços prestados ao país;

- PSDB, através da Lei 9032/95 acabou com o pecúlio que era um valor que aposentados que continuavam a trabalhar poderiam sacar, pois continuavam contribuindo obrigatoriamente para a previdência. Com essa mudança, cometeram o “crime” de criar um artigo de lei que diz: “o aposentado que voltar ou continuar trabalhando não receberá prestação alguma da Previdência” (em resumo, não receberá merda nenhuma);

- PSDB criou o Fator Previdenciário. como se não bastasse humilhar, pisotear e rir da cara dos aposentados, o PSDB criou o tão falado Fator Previdenciário, para que aqueles que ainda não haviam se aposentado, quando o fizessem, ou, pior ainda, quando o fizerem possam sofrer a mesma humilhação.Lembremos que muitos de nós vamos nos aposentar um dia.

- PSDB tem projeto para acabar com 13º. Salário, 1/3 de férias e outras conquistas sociais do trabalhador. Pode até parecer invenção, mas não é. É isso mesmo...retrocesso social.

- PSDB deixou a Lula a maior taxa de desemprego que esse país já viu;

- PSDB deixou a Lula a maior taxa de juros bancários que esse país já viu...nem em épocas de inflação as taxas eram superiores a dois pontos acima da inflação;

- PSDB deixou a Lula a maior dívida interna já vista no país;

- Enquanto o PSDB esteve no governo, o povo sonhava que um dia o salário mínimo seria de U$ 100,00 (dólares), hoje é de U$ 300,00 (dólares) e ninguém reconhece;

Lembremos que o Serra sempre foi ministro de alguma pasta do governo FHC.

Enquanto isso, Lula, com toda sua “incompetência”, fez (e isso ninguém pode negar), o seguinte:

1) Redução da Taxa Selic de 25% ao ano para 14,75% ao ano e que continuará em queda:

2) Redução da Taxa de Inflação de 12,5% em 2002 (IPCA) para 4% nos últimos 12 meses (IPCA);

3) Aumento das exportações de US$ 60 bilhões, em 2002, para US$ 128 bilhões nos últimos 12 meses, crescendo 113%;

4) Maior aumento Real do salário mínimo, de 75% contra uma inflação acumulada de apenas 26%, que tem o maior poder de compra dos últimos 24 anos, segundo o Dieese;

5) Superávit comercial acumulado de US$ 129 bilhões, contra um déficit comercial de US$ 8,7 Bilhões em 8 anos de governo FHC;

6) Redução da Dívida Externa de US$ 210 bilhões, em 2002, para US$ 157 bilhões em 2006;

7) Superávit em transações correntes de US$ 33 bilhões durante o governo Lula, contra um déficit em transações correntes de US$ 186 bilhões durante o governo FHC;

8) O maior número de ações da Polícia Federal de toda sua história, prendendo mais de 3000 pessoas envolvidas em todo o tipo de crime (corrupção, sonegação de impostos, contrabando, tráfico de armas, etc);

9) criação do ProUni, permitindo que mais de 240 mil estudantes carentes possam cursar uma Faculdade;

10) Criação do Bolsa-Família, programa social de transferência de renda fortemente elogiado pelo ONU, FMI e Banco Mundial, entre outros, que o consideram como exemplo a ser seguido por outros países emergentes;

11) Acúmulo de sucessivos lucros recordes pela Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES;

12) criação do programa de crédito consignado, com taxas redudidas, bem inferiores à do mercado, que permitiu que milhões de pessoas pudessem pagar dívidas do cheque especial, cartão de crédito, que cobram juros muito mais elevados;

13) criação do programa de micro-crédito e de inclusão bancária, beneficiando vários milhões correntistas de baixo poder aquisitivo, que antes não tinham acesso à conta corrente;

14) Crescimento econômico acumulado de 7,3% em 2004/2005, resultando num aumento de 5% na renda per capita do país em 2 anos.

15) Redução da Relação Dívida/PIB de 55,5%, em 2002, para 50,3% do PIB em 2006;

16) Aumento da produção industrial em 11% entre 2003/2005;

17) subida do Brasil no ranking das maiores economias do mundo, da 15a. posição em 2002 para a 11a. posição em 2005, com o PIB subindo de US$ 459 bilhões, em 2002, para US$ 795 bilhões em 2005;

18) Queda do Risco-País de 1500 pontos, no final de 2002, para apenas 205 pontos em 2006, chegando ao menor nível da História;

19) Queda da taxa de desemprego de 11,6% em Junho de 2002 para 10,4% em Junho de 2006;

20) Redução de impostos para bens de capital (máquinas e equipamentos), micros e pequenas empresas (reajustando a tabela do Simples em 100%), para negociação de imóveis, materiais de construção civil, computadores pessoais (hardware e software);

21) reajuste da tabela do Imposto de Renda em 18% em 4 anos, contra apenas 17,5% em 8 anos de governo FHC;

22) 6 milhões de pessoas subiram para a classe média, melhorando suas condições de vida;

23) redução da miséria para o menor patamar desde 1992, caindo de 27,26% do total em 2003 para 25,08% do total em 2004.

24) Criação de mais de 14,5 milhões de empregos formais;

25) retomada da indústria naval, que recebeu investimentos de R$ 1,5 bilhão do Governo Federal entre 2003/2005.

26) As reservas internacionais líquidas subiram de US$ 16 bilhões, em 2002, para US$ 69 Bilhões, atualmente;

27) Aumentou a participação do Brasil no total das exportações mundiais, que passou de 0,96%, em 2002, para 1,14% em 2005, pois as exportações brasileiras cresceram muito mais do que as exportações mundiais. Enquanto isso, no governo FHC, as exportações brasileiras perderam espaço nas exportações mundiais, caindo de 1,04% do total, em 1994, para apenas 0,96% do total em 2002, pois as exportações brasileiras cresceram muito menos do que as exportações mundiais.

Enquanto isso, o “pau mandado” do Arnaldo Jabor, anti Lula declarado, fica arrancando seus poucos cabelos vendo a subida da Dilma e a queda do retrógrado PSDB.- Por Luiz Baldini - Leitor do blog

Estamos em guerra e cada um precisa fazer a sua parte!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!
- por André Lux, jornalista

Pessoal, a campanha eleitoral para Presidente acabou. Campanha é discussão de proposta, debate de idéias, apresentação de solução para problemas. Esqueçam isso.

Estamos agora no meio de uma guerra. Uma guerra suja e nojenta, provocada por um sociopata sem qualquer escrúpulo que seria capaz de tratorar a própria filha para chegar ao poder: o sr. José Serra.

A guerra suja começou na internet, com o envio de milhares de emails repletos de mentiras, calúnias e distorções. Tudo isso saiu do mundo virtual e ganhou as ruas, com padres e líderes religiosos ligados ao que há de mais podre e retrógrado em nossa sociedade pregando abertamente o ódio e a intolerância contra Dilma e a esquerda.

Twitar, deixar mensagens no orkut, no facebook e mandar emails com contra informações e esclarecimentos é muito importante, mas precisamos também ir pras ruas, conversar com as pessoas - principalmente as mais pobres, pois esses ataques nauseabundos do Serra e de seus mercenários visam os brasileiros de baixa renda que são ultra regiliosos e estão sendo manipulados pelas mentiras disseminadas pelos canalhas a serviço do PSDB.

Tem muita gente que ganha bolsa família, tem filho na faculdade graças ao Prouni e comprou carro pela primeira vez na vida que pode deixar de votar em Dilma por causa das mentiras propagadas a respeito das posições de Dilma sobre o aborto!

Cabe a nós, militantes, contra atacar e neutralizar as mentiras propagadas. E para isso, temos que ganhar as ruas, conversar com as pessoas, mostrar a realidade. E pode ter certeza: com cinco minutos de papo você reverte essa situação. Eu sou testemunha disso!

Não adianta esperar uma reação eficaz do PT e de seus dirigentes agora. Esse pessoal ainda não acordou para a era digital e não tem noção da importância da internet, muito menos vai sair às ruas para enfrentar as mentiras de peito aberto. Eu conheço políticos do PT que estão no meio de mandato e, num momento crucial como esse, estão falando coisas como "Bem feito, quem mandou o PT escrever sobre a descriminalização do aborto na resolução tal de tal de mil novecentos e bolinha!". Parece brincadeira, mas não é.

Chegou a nossa hora. Ou ganhamos as ruas e fazemos acontecer ou corremos o risco de sermos tratorados pelo obscurantismo medieval que o sociopata José Serra e seus lacaios lançaram sobre o nosso querido Brasil.

Abaixo, repasso dicas valiosas sobre como atuar contra calúnias e boatos mentirosos na internet.

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Cada um precisa fazer sua parte

O endereço oficial na internet da campanha de Dilma Rousseff, criou uma central onde qualquer pessoa pode conferir se um boato recebido por email ou de ourta forma sobre ela é verdade ou é mentira. O endereço é esse: www.dilma13.com.br/verdades

Se você ficar sabendo de outros boatos, denuncie lá no botão contato, ou na área de comentários.

Denunciar na central oficial também é importante. Mas não se limite a isso, esperando que os outros façam tudo. Nossa maior força é a militância popular, é cada cidadão exercer seu papel de garantir nossa cidadania.

Se receber email de pessoas conhecidas que mereçam respeito, contendo mentiras, responda com a verdade, com seriedade e educação. A melhor forma de convencer algum amigo de boa vontade, mas que esteja mal-informado, é com seriedade e educação.

Faça mesmo fora do mundo virtual, nas conversas pessoais.

Se receber um email que contém crime, denuncie. Atribuir a uma pessoa crime que a pessoa não cometeu, é crime de quem acusa. Em caso de candidatos em eleições, é agravante, por que a ofensa não é apenas pessoal, mas perturbação à ordem democrática, sujeitando os criminosos a penalidades como formação de quadrilha, alarmismo, etc.

Denuncie na polícia federal: http://www.safernet.org.br/

E ao Ministério Público Eleitoral (É crime divulgar mentiras sobre candidatos ou partidos para influenciar o eleitor): pge@pgr.mpf.gov.br

O email é prova material do crime. Basta reencaminhar. Quem souber como mostrar o código original da mensagem (com o ip de origem), envie estas informações também. Prefira fazer denúncias identificadas do que anônimas.

Atenção:
Se receber um email anônimo ou vindo de lista de spam, fazendo campanha positiva ou negativa, contendo crime ou não, denuncie ao Ministério Público Eleitoral.

1) Emails de pessoa física que expressam apenas opinião ou narram fatos verdadeiros não é crime, não devem ser denunciado para não atrapalhar as investigações sobre os verdadeiros criminosos.

2) Qualquer email contendo mentiras para convencer o eleitor é crime eleitoral, e deve ser denunciado ao PGE.

3) Emails em massa vindo de sistemas empresariais, independente de ser opinião ou não, seja para fazer campanha negativa ou positiva, quase sempre é crime eleitoral (conforme os Art. 57-C, Art. 57-D e Art. 57-E da Lei Nº 12.034/2009).

Serra e FHC, o pesadelo dos aposentados, depenaram aposentadorias


Em fevereiro de 1994, o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, meteu a mão em até 39,67% do valor das aposentadorias de quem aposentou nos períodos seguintes.

O tucano excluiu, na mão grande, essa correção monetária passada, do cálculo da aposentadoria (Medida Provisória n. 434/94).

FHC foi eleito, armou sua reeleição, e passou 8 anos, tendo José Serra como o homem forte de seu governo, sem corrigir essa injustiça. Pelo contrário, chegou a chamar aposentados de "vagabundos".

Quando o presidente Lula assumiu a presidência, tratou de arrumar a casa em 2003 e, já em 2004, repôs o reajuste de quem havia sido 'garfado', e pagou os atrasados em parcelas através de um acordo (Lei nº 10.999/2004).

Por essa e por outras, não dá para acreditar quando Serra vem com conversa fiada de que será bonzinho com os aposentados. Todas as vezes em que ele teve oportunidade de fazer algo para melhorar as aposentadorias, foi só arrocho. O passado o condena.

O presidente Lula encontrou o caminho para consertar os estragos e injustiças deixados por FHC e Serra. Muito foi feito nos 8 anos do governo Lula. Muito mais será feito, com Dilma prosseguindo no caminho certo.

O programa de Dilma, agora há pouco

O PREÇO DO OBSCURANTISMO


fala o médico Thomaz Gollop, diretor da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência : 

"...O aborto é um dos procedimentos que mais ocupa leitos dos serviços públicos e privados [...] Só no 1º semestre de 2010 foram 54.339 internações:12 casos por hora;41% mais que a soma de internações por câncer de mama e câncer de colo do útero. A criminalização e a clandestinidade são ineficazes do ponto de vista da saúde. Em Pernambuco, o aborto é a principal causa de morte”.
(Carta Maior, com informações IG; 08-10)

ALDIR BLANC - DECLARAÇÃO DE VOTO Do Buteco do Edu

Tenho, e já disse isso aqui diversas vezes, um tremendo orgulho de ser amigo desse brasileiro máximo, Aldir Blanc, glória maior da música e das letras brasileiras, a quem carinhosamente chamo de meu orixá vivo, ele que é um mais-velho por quem tenho profundo respeito, conselheiro de todas as horas, brigador em nome das causas mais justas e incorruptível, no mais amplo sentido da palavra. Não se vende, não se rende, não desiste.


E é de novo com um tremendo orgulho que apresento hoje, no BUTECO, a declaração pública de voto desse homem que reconhece a gravidade do momento que vivemos às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. Peço a todos vocês, que me lêem, que façam correr as palavras do bardo tijucano, valendo-se da imagem abaixo - cuja cópia e divulgação são desde já autorizadas - a fim de que o maior número de pessoas possível possa ter acesso ao recado urgente que manda o Aldir. 

Índio da Costa, que integra frente GLTB, é contra projeto que defende direitos civis



O deputado Índio da Costa, candidato a vice na chapa de José Serra, integra no Congresso a Frente Parlamentar GLTB. Mas condena um projeto que visa combater a homofobia, aparentemente para satisfazer eleitores evangélicos. Do jornal carioca O Dia:
08.10.10 às 02h20
Intenção de vetar projeto de lei que pune com prisão o preconceito causa indignação
Rio – A afirmação de que José Serra (PSDB), se eleito presidente, vai vetar o projeto de lei que transforma em crime a discriminação a homossexuais, feita por seu vice, Indio da Costa (PSDB), causou revolta entre militantes do movimento gay de todo o País.
Indignados, os principais grupos de apoio a homossexuais do Rio se reúnem hoje para definir uma posição com relação ao candidato. Entidades nacionais serão consultadas para uma decisão conjunta e, na próxima terça-feira, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) também discute a possibilidade de fazer uma manifestação antes das eleições, de exigir a assinatura de um termo de compromisso ou divulgar carta de apoio à Dilma Rousseff (PT).
Como a coluna Informe do Dia mostrou ontem, Indio da Costa disse que ele e Serra atendem a um pedido de evangélicos. Segundo ele, o projeto de lei 122/2006 atenta contra a liberdade de expressão ao punir com prisão manifestações consideradas homofóbicas. Ontem, o pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, admitiu que foi ele quem conversou com Indio, embora o candidato tenha divulgado ontem na internet que O DIA deturpou sua declaração. À noite, porém, Indio confirmou à Revista Veja sua posição.
“É uma lei esdrúxula, vergonhosa. Não é ser contra o direito dos homossexuais, é ser contra criminalizar quem é contra a prática homossexual”, disse o pastor Malafaia.
Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e membro do Conselho Nacional de Combate à Discriminação da Presidência, Cláudio Nascimento classificou a decisão como conservadora e reacionária. “A lei é importante para a demarcação dos direitos dos homossexuais, nada diferente da proteção contra o racismo e a intolerância religiosa”.
Para o presidente da ABGLT, Toni Reis, há um mal entendido na interpretação da lei. “Respeitamos as crenças religiosas. O que não pode é fazer apologia à violência. E quem assume a presidência deve cumprir a Constituição e garantir que ninguém seja discriminado”.
Ativista e deputado estadual eleito, o ex-BBB Jean Wyllys também criticou a decisão da chapa de Serra. “Acho lamentável que os dois façam concessão a grupos fundamentalistas cristãos, em vez de garantir os direitos das minorias”.

Indio reafirma ser contra o projeto em entrevista a site
Apesar de ter criticado a manchete de ontem de O DIA — ‘Vice diz que Serra vai ser contra direitos dos gays’ —, à noite, Indio da Costa voltou a falar com um jornalista sobre o projeto e reafirmou sua posição em entrevista ao site da revista Veja, que foi ao ar às 20h50.
“Não somos contra os direitos dos homossexuais, mas não somos a favor que se criminalize, como propõe o PL 122, as pessoas que têm opinião contrária a essa prática”, afirmou Indio, que, na quarta-feira, ao lado da mulher de José Serra, Mônica Serra, participou de encontro com lideranças evangélicas. Na pauta, entre vários temas, discutiu-se a polêmica em torno do projeto e os evangélicos voltaram a pedir a ele que ajude a impedir a criminalização da homofobia no País.
Na mesma entrevista, Indio da Costa afirma que o texto da petista Iara Bernardi contém excessos e, caso seja aprovado, “haverá liberdade de expressão só para os gays”.
Candidato é polêmico e já foi alvo de CPI
Não é a primeira vez que o vice de Serra chama atenção por declarações e atitudes polêmicas ou ideias mirabolantes. Na campanha do 1º turno, por exemplo, Indio da Costa acusou o PT de ter ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Em julho, o candidato disse que mais de um milhão e meio de pessoas já haviam acessado documentos postados por ele em seu Twitter que comprovariam o envolvimento do partido do presidente Lula com os narcoguerrilheiros. “É papo furado essa conversinha de que não pode falar mal do PT”, afirmou. O partido recorreu à Justiça por conta das declarações.
Em 2005, Indio, então secretário municipal de Administração, foi alvo da CPI da Merenda, instalada na Câmara de Vereadores após reportagens de O DIA. O relatório final concluiu que a licitação causou prejuízo aos cofres públicos, mas a investigação foi arquivada pelo Ministério Público.
O candidato ainda responde na Justiça a processo movido por taxista que o acusa de causar acidente de carro na Barra, em 2003. O motorista ficou com sequelas.
Em 1997, o então vereador Indio da Costa quis proibir com um projeto de lei a prática de dar esmolas a mendigos. Propunha até mesmo o recolhimento a albergue de quem fosse flagrado, mas o projeto foi rejeitado por seus pares.

SILAS MALAFAIA : “ELES SÃO O GRUPO MAIS INTOLERANTE”
O pastor evangélico Silas Malafaia se declara uma barreira para os homossexuais. Admitiu que ligou para o vice de Serra, Índio da Costa, pedindo apoio para “não aprovar esse absurdo”.
1. O que o senhor pensa sobre o PL 122?
— Não sou a favor da violência contra homossexuais, mas sou contra criminalizar quem é contra a prática homossexual. Eles se dizem discriminados, mas são o grupo mais intolerante da modernidade porque não suportam críticas. Se meu filho tiver babá homossexual, quero poder demiti-la porque não quero que ele tenha esta orientação. Se homossexuais se beijarem no pátio da minha igreja, quero pedir para que saiam. E não quero ser punido com 3 a 5 anos de prisão.
2. Por que a iniciativa de pedir apoio a Serra?
— Não quero que meu presidente seja contra nenhum grupo, mas tenho que me posicionar. Disse a Serra que teria segundo turno e que a comunidade evangélica estava atenta às questões do aborto e do PL 122.
3. Qual a real mensagem no outdoor que espalhou pela cidade?
— A carapuça serviu? Eles não são a favor da família? Não são a favor da preservação da espécie humana? Não são macho e fêmea? São o que, andrógenos? É uma mensagem e cada um interpreta como quiser.
Autora: “Serra devia se posicionar”
Autora do projeto de lei 122, aprovado por unanimidade na Câmara e à espera de votação no Senado, a deputada federal Iara Bernardi, do PT de São Paulo, cobrou um pronunciamento público de José Serra sobre o tema.
“Ele é que deveria falar, se posicionar, e não colocar o seu vice para falar por ele, como se fosse um ventríloquo. Essa é mais uma bobagem que o Índio da Costa diz. Ele só fez isso nessa campanha”, criticou.
Segundo Iara, muitas mentiras sobre o projeto foram espalhadas na internet para difamá-lo e prejudicar sua tramitação no Senado. Mas ela está confiante na aprovação.
“Dizem que obriga igrejas a fazer casamento gay, mas não tem nada disso. Muitos senadores progressistas foram eleitos agora, tenho certeza que vão colocar o projeto de novo na pauta”, concluiu.
Reportagem de Celso Oliveira e Paula Sarapu