Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

R$ 5 milhões de origem suspeita do PCC na campanha. Tucano Aloysio Nunes Ferreira é beneficiado.


O candidato a deputado federal em São Paulo Ney Santos (PSC), em mais uma foto da campanha deste ano ao lado de Geraldo Alckmin, suspeito de lavar dinheiro para a organização criminosa PCC, já gastou em sua campanha cerca de R$ 5 milhões, segundo afirmou o delegado da Polícia Civil Raul Godoy ao portal R7.

Santos integra a coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), e faz campanha conjunta com candidatos do PSDB.

Em seu site de campanha, imprime uma "cola" para o eleitor, com seu nome, e não abre mão de incluir o número do candidato ao senado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), braço direito de José Serra (PSDB) no governo paulista.



Os moradores de Taboão da Serra informa que Ney Santos também está fazendo campanha junto com Analice Fernandes (PSDB) para deputada estadual. Trata-se da esposa de Fernando Fernandes (PSDB), ex-prefeito da cidade.

Quando José Serra (PSDB) assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2005, nomeou Fernando Fernandes (PSDB) para sub-prefeito da Cidade Ademar.

Rejeição a Serra cresceu desde que começou a atacar Dilma


Deve ter sido difícil para ele, mas o jornalista Lauro Jardim, da Veja, teve que reconhecer que a máxima do marketing político lançada por Duda Mendonça de que em campanha eleitoral "quem bate perde", está se refletindo na prática e atingindo em cheio o candidato tucano José Serra.
"Apesar da pancadaria da campanha de José Serra sobre Dilma Rousseff (ligações com José Dirceu, quebra de sigilo, escândalo Erenice etc.), a taxa de rejeição da petista não sobe. De acordo com as pesquisas do Datafolha, este item está praticamente estável desde julho. Passou de 19% para os atuais 22% (o mesmo número da pesquisa da semana passada). Já Serra viu crescer de 24% para 31% o percentual daqueles que declaram que não votariam nele de jeito algum", registrou Jardim em sua coluna Radar Online.

Segundo o Datafolha, 31% dos eleitores não votariam em Serra de jeito nenhuma. 22% dizem o mesmo de Dilma e 18% não votariam e Marina Silva.

Na pesquisa Sensus, rejeição a tucano já passa de 41%

Se a rejeição a Serra no Datafolha já é alta, na pesquisa Sensus ela é devastadora. Segundo o último levantamento do instituto, encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a taxa de rejeição de José Serra, que era de 40,7% em agosto, passou a 41,3% em setembro.

Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, diz que com esta rejeição tão alta, a eleição já está tecnicamente perdida para Serra. Guedes argumenta que um candidato com até 35% de rejeição “está no jogo”. Mas acima disso, torna-se inviável. O cálculo é simples: De 100% do eleitorado total, 20% tradicionalmente vão para abstenção, brancos e nulos, restando 80% do eleitorado. Se dividirmos 80% por 2, temos então 40%, e todo candidato com rejeição de 40% ou mais não se elege em 2º turno, explica Guedes.

Vermelho

Sigilo, Erenice: é a Operação Lunus – 20


A Lunus terá sempre a missão de criminalizar o Lula para derrubá-lo
O Golpe da quebra do sigilo e o Golpe da Erenice têm a mesma matriz: a Operação Lunus de 2002.
Este post é produto, apenas, da utilização de um dos dois neurônios de que dispõe este ordinário blogueiro (um dos neurônios, como se sabe, dedica-se exclusivamente a Daniel Dantas).
Está em curso uma Operação Lunus 2010.

Em 2002, José Serra desmanchou a candidatura de Roseana Sarney à Presidência com uma Operação Lunus.

Ele contou com o apoio do Ministerio Público (cuidado, Dr Gurgel !) Federal, da Policia Federal, sob a batuta do Marcelo Itagiba, e do próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Foi quando fotografaram as cédulas na empresa do marido da Roseana.

E o Presidente da República recebeu no fax do Palácio do Alvorada a mensagem tranqulizadora: missão cumprida !

Isso foi numa sexta feira à noite e, no sábado, a revista Época (da Globo), sob a direção iluminada de Paulo Moreira Leite, trazia na capa as fotos da grana em cima da mesa.

Um Golpe de Mestre.

Depois, Serra desmanchou Ciro e partiu para desmanchar o Lula.

O que, de fato, conseguiu.

Como se sabe, Serra deu uma surra no Lula por 39% a 61%.

A Operação Lunus se compõe de “vigilantes”, de operadores do bas-fond da comunidade de informações, policiais semi-analfabetos, políticos do baixo clero, e milionários desocupados.

Eles produzem dossiês, reportagens, testemunhas bombas, fitas, audios, fotos e cameras indiscretas.

O resultado de uma Operação Lunus vai para o PiG 1 e a repercussão imediata para o PiG 2.

Depois é o PiG 3 quem recebe e a repercussão sai no Pig 4.

Até que todos os PiGs se realimentem da Operação Lunus.

Quem poderia dar um depoimento interessante sobre isso seria Marcio Aith, hoje assessor de imprensa do Serra.

Ele conhece isso por dentro e poderia denunciar o esquema numa trepidante reportagem na Folha (**).

Em 2006, a mesma Operação Lunus conseguiu desmanchar a denuncia das ambulâncias super-faturadas na jestão de José Serra/Barjas Negri, no Ministerio da Saude.

E, em cima das ambulâncias, criou o Golpe dos Aloprados.

Um delegado da Policia Federal (onde anda ele, o delegado Bruno ?) providenciou as fotos que o inclito delegado Paulo Lacerda tinha mandado fechar a quatro chaves.

As notas foram apropriadamente “furtadas” de cima da mesa do delegado Bruno pela equipe da produção do programa do Serra/Alckmin na tevê – a primeira a chegar -, pela Folha e pela Globo.

Na Globo, o reporter/heroi, Rodrigo Boccardi, foi premiado com a correspondência em Nova York.

A imediata repercussão levou a eleição para o segundo turno, a master class da carreira de Ali Kamel.

Clique aqui para ler “O primeiro Golpe já houve – falta o segundo”.

O produto da Operação Lunus é distribuido gratuitamente aos diversos órgãos do PiG (*).

O resultado da investigação passa a ter a paternidade do reporter escalado para dar corpo e forma ao conjunto de “informações” que a Operação Lunus produz.

Como enfrentar isso, no plano policial ?

Primeiro, o Governo deveria dispor de uma ABIN eficiente e, não, da ABIN castrada que resultou da defenestração do inclito delegado Paulo Lacerda pelo ataque bi-frontal desfechado por Gilmar Dantas (***) e o ministro serrista Nelson Jobim.

A melhor fonte de informação do Governo Lula é a internet.

Segundo, se a Policia Federal voltasse a ser republicana.

Ela também foi castrada pela defenestração do dr Paulo Lacerda e o iminente encarceramento do inclito delegado Protogenes Queiroz por seu algoz, Luiz Fernando Corrêa, que ainda não achou o audio do grampo.

Se fosse um sistema republicano, a ABIN identificava a ação criminosa, passava à Policia Federal e os operadores da Operação Lunus e os jornalistas que a ela se submetem iam todos para o PF Hilton.

De resto, não há o que fazer.

A Operação Lunus está em marcha.

O Golpe de hoje – Erenice – deleta o de ontem – o sigilo.

O de amanhã deletará o da Erenice, já demitida.

E se encerrará na edição de 1o. de outubro do jornal nacional, para quando, provavelmente, se reservará o Golpe mais baixo – sem que a Dilma conte com o horário eleitoral para refutar.

Por enquanto, a Roseana Sarney de 2010 é a brava Erenice Guerra.

Espera-se ardentemente que a Presidenta Dilma Rousseff instale uma banda larga neutra, universal e barata.

E aprove uma Ley de Medios.

O Brasil não pode ficar na mão do PiG e desses bandoleiros da Lunus.

Em tempo: convém lembrar que o FHC acabou de acusar o Lula de chefiar uma facção do tipo PCC.



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista (****) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (****) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(****) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Baixas de uma batalha suja. Avante!


Existe um ditado gaúcho que diz que “é no entrevero que morre gente”. Estamos vivendo uma campanha política das mais aéticas da história da República e nesse embate, inevitavelmente, sairão feridos.

O importante, diante destas baixas – ainda que possam ser injustas – é mantermos o foco no combate principal. E o combate principal não são os fatos que ocupam as manchetes de jornal, é a batalha para aprofundar o rumo luminoso que nosso país tomou. É isso o que está em jogo, é isso o que não se pode permitir ser atingido, ainda que isso possa ceifar alguns de nós.

Não é nosso papel julgar a culpa ou a inocência da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que hoje apresentou o seu pedido de demissão, diante de novas acusações apresentadas via mídia. Mas também não é papel da mídia ecoar, sem reservas, acusações feitas por um cidadão condenado duas vezes pela Justiça de São Paulo por receptação de produto roubado e dinheiro falso.

O consultor Rubnei Quícoli foi denunciado pela Justiça em 2000 por receptação de moeda falsa num posto de gasolina de Campinas, e em 2003 por ocultar “em proveito próprio e alheio” uma carga de 10 toneladas de condimentos que “sabia ser produto de crime de roubo”. Em 2007, foi preso e passou cerca de 10 meses na prisão.

Este personagem pra lá de estranho denuncia ter sido chantageado por uma empresa pertencente a um filho de Erenice Guerra para obter um crédito no BNDES. Pode até estar dizendo a verdade, mas suas acusações deveriam estar sempre precedidas pela margem da dúvida diante de sua vida pregressa e, sobretudo, como dois anos depois de sair da cadeia estava pleiteando empréstimos para um projeto de R$ 9 bilhões, pergunta apropriadíssima que li no Conversa Afiada.

A Folha o estampa em foto de mais de meia página, de terno e gravata, como um “executivo responsável”, reproduzindo sua suposta indignação por ter de pagar por algo que lhe seria de direito. “Fiquei horrorizado de ter de pagar”, diz negociador, é o título da entrevista com o consultor Rubnei Quícoli.

Será que uma pessoa que já lidou com carga roubada e dinheiro falso e que passou dez meses em cana por causa disso realmente fica tão escandalizada assim com um suposto crime de chantagem?

O que impressiona num caso como esse, além do comportamento midiático é a amplitude conferida a acusações frágeis, que muitas vezes não duram mais que algumas semanas. Mas esse é um dos lados da campanha aética e sem limites e que sabemos que irá piorar. Saber disso, porém, não deve deixar de nos escandalizar.

A saída da ministra pode ter sido uma maneira de facilitar as investigações e provar a disposição de se chegar à verdade dos fatos doa a quem doer. Mas ao mesmo tempo revela a fragilidade das instituições diante de acusações preliminares, ainda longe de configurarem culpabilidade em quem quer que seja. A decisão do presidente em aceitá-la pode ser um ato preventivo e um “murchador” das armações. Ele, certamente, tem mais informações que eu para julgar e é a ele que cabe comandar este processo.

Daqui para a frente, o jogo tende a ficar mais pesado e não haverá espaço de defesa nos grandes órgãos de comunicação. Nossa trincheira terá de ser na internet terá que ser defendida heroicamente, para garantir o respeito da escolha popular por Dilma Rousseff como sua próxima presidente e para que o processo eleitoral não seja turvado por esta campanha de mistificação.

Um passo atrás – embora com o sacrifício de alguns – pode ser a garantia de dois passos à frente.

O chefe da facção

O tucano Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista que o Presidente Lula é 'chefe de facção'. No entanto, fotos no site de um líder da facção criminosa, o PCC, com o título, lideranças e parcerias, mostra o candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) de braços dados com o bandido

A biografia do candidato a deputado federal em São Paulo que apóia o tucano...

Adulteração de combustível, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Essas são as acusações feitas pela Polícia Civil contra o candidato do Partido Social Cristão (PSC) a deputado federal, Claudinei Alves dos Santos, de 29 anos, o Ney Santos, que apoia Alckim e o PSDB



.No estado de São Paulo, o partido do bandido, PSC, apóia o PSDB e os tucanos, Geraldo Alckmin governador e José Serra candidato á presidência.(imagem acima do site do candidato)

Na foto, publicada na página do líder do PCC, Nei Santos aparece abraçado com o cadidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin

Nei também é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, tem como escolta um policial civil.Comandada pelo PSDB paulista

Preso sob a acusação de roubo em 2003, Ney Santos saiu da prisão em 2006 e, nos últimos quatro anos, acumulou, segundo a polícia, um patrimônio de R$ 50 milhões. Ele passou a ser investigado há 90 dias justamente por causa do rápido enriquecimento.

Nessa semana, a Justiça bloqueou os bens, mas negou o pedido de prisão temporária de cinco dias de Ney Santos, formalizado pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Na lista de bens bloqueados estão uma Ferrari (foto) avaliada em R$ 1,4 milhão, duas casas em Alphaville, cada uma no valor de R$ 2 milhões, 15 postos de combustíveis, escritórios, apartamentos, casas e outros carros de luxo.Informações extras oficiais, dizem que o dinheiro do PCC irrigava campanha política do candidato

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil cumpriu 13 mandados de busca nos imóveis e empresas do candidato e apreendeu veículos, computadores e documentos contábeis.

O PIG É COMO A DITADURA, TEM MEDO DAS RUAS

Já enfrentamos a tentativa de golpe: o que fazer agora
Mauro Carrara
Acabo de saber por amigos. Há festa, festa mesmo nas redações de Globo-ABril-Folha-Estado.
Comemoram a conquista de uma cidadela do adversário.
E se preparam para desfilar a partir de hoje com a cabeça de Erenice Guerra espetada num bambu.

Em "Veja", a ordem explícita é:
- agora, vamos acabar com Lula e varrer Dilma da política nacional.
Os repórteres de todas as editorias estão mobilizados para buscar qualquer indício de ligação entre Erenice a arrecadação de fundos para a campanha de Dilma Rousseff.
A ordem é fazer desta a capa da próxima edição da revista.
Estão prontos, devidamente organizados para, em seguida, exigir a cassação da candidatura progressista, apoiados por entidades como a OAB.
Mesmo que não seja obtida, pretendem criar um pressuposto de ilegitimidade no futuro governo Dilma.
Toda essa ebulição golpista poderia ter sido evitada se o PT e o Governo Federal tivessem construído uma vacina contra a mídia terrorista.
Empurraram com a barriga. Esquivaram-se da obrigação.
O PT e o Governo Federal têm medo do PIG e do GAFE.
Submetem-se a essa estrutura criminosa neofascista.
Preferiram entregar a Ministra aos lobos do que botar o dedo na cara de Roberto Civita, Roberto Irineu Marinho, Otávio Frias Filho e Ruy Mesquita.
Não há liberdade possível nem democracia nem justiça se os ocupantes do poder se submetem ao esquema de chantagens e trapaças do consórcio Globo-Abril-Folha-Estadão.
Nos próximos dias, a propaganda fascista certamente exporá a demissão da Ministra como uma admissão de culpa.
Está em curso o golpe. Wake up!
O PT é um partido sem mídia. O PSDB é um partido da mídia.
O que fazer?
A velha e a nova militância precisa sair imediatamente às ruas e exigir o restabelecimento da ordem institucional e democrática.
E o golpe precisa ser denunciado no Exterior. O mundo precisa saber que está em curso uma tentativa de hondurização do Brasil.
Se eles têm medo, nós agora teremos que esbanjar coragem.

Ato público contra o golpe midiático


D'O Escrevinhador:
Reproduzo o comunicado do Centro de Estudos Barão de Itararé, convocando para um ato público em defesa da Democracia, e contra o golpismo midiático.

COMPAREÇA AO ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!


CONTRA A BAIXARIA NAS ELEIÇÕES!


CONTRA O GOLPISMO MIDIÁTICO!


Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular, e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.

A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas – um ato em defesa da democracia.

Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!

Abaixo o golpismo midiático!

Viva a Democracia!


O ato acontece na próxima quinta-feira, 23 de setembro, às 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (rua Rego Freitas, 530, centro de São Paulo). Anoto o caráter simbólico: o auditório do Sindicato tem o nome de Vladimir Herzog – jornalista assassinado pela ditadura militar, que teve o apoio desses mesmos grupos de comunicação que, hoje, tentam lançar o Brasil no abismo.

DE ESPIÃO DO SNI PARA FONTE “CREDENCIADA” DA FOLHA.



Postado por Frederico Ozanam Drummond em 16 setembro 2010 às 17:19
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Em meu último”post” falei do que poderia ser minha paranóia em relação ao golpismo da rede Globo, Folha e adjacências. Só mesmo que passou pelo cotidiano das perseguições do Serviço Secreto no regime militar para entender de imediato do que estou falando. No final de 1971, minha militância e de muitos companheiros ocorria no espaço do curso de Ciências Sociais da USP. Nossa ação era a denúncia persistente contra os desmandos dos militares, promovendo reuniões para entender o caráter do golpe, fazendo denúncias através da Cúria e da OAB, informando os familiares sobre a prisão de companheiros, pequenas panfletagens, pichações e outras práticas deste quilate. No curso de Ciências Sociais existiam muitos grupos e partidos políticos organizados e, claro, nossa atuação se dava na clandestinidade. Eu era filiado a APML (Ação Popular). No final também de 71 o Honestino Guimarães, que também era da AP e último presidente da UNE na clandestinidade foi nos visitar em uma reunião aberta, em que realizávamos as famosas análises de conjuntura. Foi a última vez que vi o Honestino. Mais tarde a notícia do processo cruel de tortura a que foi submetido até a morte. Em 1972 tive que fazer uma consulta de emergência, certo de que estava sofrendo um ataque cardíaco. O médico apresentou seu diagnóstico: síndrome de pânico e me passou uma medicação antiestresse. No período de 72 a 79 me rematriculei sucessivamente em meu curso, até ser jubilado por abandono de curso. Todas as vezes que me aproximava da Cidade Universitária o mesmo sentimento de um ataque cardíaco iminente me paralisava. Algum dia vou cobrar esta conta do governo. Tive que concluir o meu curso da PUC.
O ESPIÃO DE DILMA
Qual não foi minha surpresa no domingo passado ao ver o depoimento de um ex-agente da ditadura, Silvio Ribeiro que o jornal A Folha de São Paulo acolheu como sua fonte de informação, a versão deste cidadão sobre a militância da Dilma. A matéria, assinada pelo jornalista Plínio Fraga, tem o seguinte destaque da fala do ex-agente: “ Dilma nasceu para mandar, não para ser mandada (...) Lula vai se enganar com ela”. Conta ainda na Folha, reproduzindo ainda o depoimento do Silvio Ribeiro: “Na década de 70, ela exercia mais a função de acolher gente. E também de recrutar para militar (sic). Era a função dela. Mas, além disso, planejava ações e sabia quem executava”.Questionado pelo jornalista sobre a participação de Dilma em ações armadas o tal agente disse: “Você determinar ou saber quem fez uma coisa dessas não diminui sua responsabilidade. A responsabilidade é até maior”.E o tal finaliza: “O movimento exigia gente forte, que não pensava duas vezes (SIC! SIC!) para fazer as coisas”.
Em certo momento o tal ex-agente faz análise de personalidade, ainda falando da Dilma: “Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”.
Pois então: está lá, no caderno Especial, página 11. Uma página inteira de pura cretinice.

PARA A GLOBO, A VEJA, O ESTADÃO, A FOLHA, SERRA, FHC, OS DEMOS E ENFIM A ELITE QUE GOVERNOU O BRASIL ATÉ 2002. COMO O BRASIL COMEÇOU A COMPREENDER A V

Postado por Flávio Luiz Sartori em 16 setembro 2010 às 11:51
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Hoje fui a periferia de Campinas, Região da Vila Padre Anchieta. Ocupações, condomínios, povão. Só vi trabalhadores, pessoas confiantes e alegres. Estava com Andy, liderança das comunidades, a música rolava no som do carro e então comecei ouvir um rap, um rap brasileiro, Racionais. Ali estava a resposta que tucanos, demos, o PIG, a elite que governou o Brasil até 2002 e o tal Cesar Tralli não conseguem, ou não querem ver, conscietização pela música, pela cultura popular presente no cotidiano das metrópoles brasileiras desde os anos oitenta de século passado.

Cadê os adivinhões do Datafolha?



No sábado, os dois geniais diretores do Datafolha, senhores Mauro Paulino e Alessando Janoni, do alto de sua sabedoria estatística, pontificavam no artigo “”Caso da Receita influencia voto em segmentos da classe média” que Dilma estaria caindo significativamente entre os formadores de opinião – leia-se, os mais ricos e os de maior escolaridade – em razão das denúncias sobre a quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra.

Transcrevo, literalmente:

“Dilma Rousseff (PT) mantém confortável liderança, mas, estratificando-se os dados, nota-se que em subconjuntos típicos da classe média, o apoio à ex-ministra caiu de forma significativa.
Entre os eleitores que têm nível superior de escolaridade, por exemplo, a petista perdeu cinco pontos em cinco dias e voltou ao patamar de março (37%).
A queda foi de oito pontos entre os que têm maior renda.”

O assunto não saiu das manchetes e da televisão e ainda ganhou a companhia luxuosa das suspeitas sobre a ação da Ministra Erenice Guerra.

E o que mostra a pesquisa Datafolha concluída ontem? Dilma não caiu um ponto sequer entre estes segmentos. Ao contrário, subiu um ponto entre os entrevistados de nível superior e quatro pontos entre os de maior renda (acima de 10 salários mínimos). E entre os de renda média – 5 a dez salários – também, houve uma alta expressiva: três pontos.

E os nossos sabichões diziam, também, que Marina Silva era a grande beneficiada pela queda de Dilma, destacando o quanto ela tinha subido. Pois não é que a candidata verde caiu nos segmentos onde os adivinhões diziam que ela estava disparando. Perdeu três pontos entre os entrevistados de nível superior e subiu apenas um entre os mais ricos. Em compensação, perdeu cinco entre os eleitores de cinco a dez salários de renda familiar.

Os dois “sabidos” diretores do Datafolha desprezaram, no seu artigo, todos os sinais de cristalização dos votos pró-Dilma e preferiram trocar a análise fria pela interpretação dos seus desejos, ou dos desejos da empresa em que trabalham. O resultado é que deram um tiro n´água e, diante da opinião pública, parecem mais torcedores do que estatísticos.

Quem eram os terroristas?

A hora é agora


Quatro cidadelas sob ataque: o que precisa ser defendido
Mauro Carrara
redecastorphoto

Nada está ganho. E, sem alarmismo, a democracia corre perigo. Sempre correu. Sempre correrá.

Setembro é um túnel. É um túnel de fogo. E a temperatura está próxima do ponto de ebulição.

Os partidos neofascistas e o consórcio terrorista Globo-Abril-Folha-Estadão (GAFE) seguem a operação de sabotagem informativa, cometendo crimes que são solenemente ignorados por policiais, promotores e juízes.

E se o objetivo é proteger o Brasil, o Estado de Direito e o processo de crescimento acelerado com inclusão e desconcentração da riqueza, há quatro cidadelas a serem defendidas.

1) As igrejas, sobretudo as evangélicas pentecostais, tornaram-se centros de pregação do ódio e de disseminação da infâmia. Inúmeros bandidos de terno e gravata, autodenominados "pastores", proferem diariamente sermões destinados a caluniar e difamar a candidata Dilma Rousseff. Chamam-na de filha do diabo, assassina de crianças, prostituta e assaltante.

2) A Internet passa agora a ser inundada por milhões e milhões de e-mails caluniosos. São distribuídos por mais de 650 funcionários contratados pelos partidos neofascistas, por membros dos grupos restauracionistas da Ditadura Militar (vide Ternuma) e por membros de grupos neonazistas, como a Tribuna Nacional, de Ingo Schmidt.

3) Os "formigas" do "porta-em-porta". Os partidos neofascistas pretendem mobilizar até 10 mil pessoas para visitar estabelecimentos comerciais (como bares e padarias) e residências. O objetivo é espalhar o terror acerca de Dilma Rousseff. A Zona Norte da capital paulista, em bairros como Tucuruvi e Parada Inglesa, já vem sofrendo com esses "arrastões" há mais de uma semana. Depois de se apresentar, o agente tucano pergunta à dona de casa: "a senhora sabia que a Dilma foi assaltante de bancos e matou pessoas indefesas?"

4) A grande mídia deve lançar outros inúmeros factóides até o dia 3. Um deles tende a lançar a teoria de que Dilma matou a esposa de outro membro da resistência à Ditadura Militar. Esse assunto vem sendo discutido diariamente nas redações. Ideia defendida por Roberto Gazzi, do jornal O Estado de S. Paulo, tem o aval de Eurípedes Alcântara, um dos chefes do Instituto Millenium.

As cidadelas da fé, da virtualidade, do domicílio e da máquina informativa precisam, portanto, se transformar em campo aberto de combate nestes próximos dias.

Toda energia será necessária para barrar o último ataque bárbaro. E ele virá em forma de avalanche.

A partir de agora, os defensores da Democracia devem estar alertas. Devem dormir menos. Devem usar todo o tempo livre para combater nos fronts virtuais, disseminando a verdade e rechaçando com vigor o avanço neofascista.

Faça de seu teclado uma metralhadora, mas não para provocar a morte; e sim para defender a justiça, o direito e a vida.

A hora é agora; quem sabe a faz, não espera acontecer.

Carta de demissão: Erenice sai para enfrentar o PiG


Excelentíssimo Senhor
Luiz Inácio Lula da Silva
DD Presidente da República
Nesta

Senhor Presidente,

Nos últimos dias fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem funcionários e familiares meus.

Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.

Não posso, não devo e nem quero furtar-me à tarefa de esclarecer todas essas acusações e nem posso deixar qualquer dúvida pairando acerca de minha honradez e da seriedade com a qual me porto no serviço público. Nada fiz ou permiti que se fizesse, ao longo de toda essa trajetória de trinta anos, que não tenha sido no estrito cumprimento de meus deveres.

Agradeço a confiança de Vossa Excelência ao designar-me para a honrosa função de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, e solicito em caráter irrevogável que aceite meu pedido de demissão.

Cabe-me, daqui por diante, a missão de lutar para que a verdade dos fatos seja restabelecida.

Brasília (DF), 15 de setembro de 2010.


ERENICE GUERRA
Clique aqui para ler “Alô, alô PF e MPF: Cloaca prova: filha do Serra violou tudo”.

Leia também:


O filho da Erenice. E a filha do Serra ? Ela pode ?
A Ministra Erenice Guerra assinou a seguinte carta de demissão:



A Folha de S. Paulo de hoje (16.09) estampa uma foto de meia página (E3) de Rubnei Quícoli, apresentado como “empresário” e representante da empresa EDRB do Brasil S/A, de Campinas (SP). Embaixo da foto dele, em pose de CEO de grupo multinacional, a mesma Folha SP informa que Quícoli foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo pelos crimes de receptação e coação. Uma das penas foi por desvio de uma carga de 10 toneladas, produto de roubo. A outra, por receptação de moeda falsa. Em 2007, informa a FSP, Quícoli passou dez dias na cadeia.

A FSP recorre ao depoimento deste homem – que identifica como “consultor” – para acusar, sem provas, a ministra-chefe da Casa Civil, e seu filho Israel, de terem pedido dinheiro da empresa EDRB para liberar um empréstimo do BNDES e para a campanha da candidata Dilma Rousseff.

O absurdo é que, na entrevista (pág E3) é o próprio Quícoli quem afirma que o dinheiro teria sido pedido por Marco Antonio Oliveira, ex-diretor dos Correios, demitido recentemente, e não por Erenice ou Israel Guerra.

Fala Quícoli: “Ele (Marco Antonio) falou que precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha”. Acrescenta Quícoli: “O Marco Antonio é que pediu. Eu falei: Eu não vou dar dinheiro nenhum. Eu estou fazendo um negócio que é por dentro e estou me sentindo lesado.”

Segundo o “consultor”, foi Marco Antonio quem afirmou que “Israel bloqueou a operação (no BNDES). Quícoli também afirma que Israel não lhe pediu dinheiro: “O Israel nunca pediu nada, porque eu não dei chance. Eu não sabia que ele era filho da Erenice. Soube pelo Marco Antonio.”

Sobre a ministra, à época secretária-executiva da Casa Civil, o “consultor” afirma: “Ela se colocou num patamar assim: Vou ver onde eu coloco isso”. Ela concordou que a Chesf seria e empresa recomendada (para avaliar o projeto de energia solar) porque está no Nordeste. Nessa condição, ela agiu corretamente.”

A Folha reforça: “Segundo eles, ela ouviu sobre o projeto e se propôs a fazer a ponte entre a EDRB e a Chesf (Companhia Hidroelétrica do São Francisco), estatal geradora de energia. “Nesse dia, ela [Erenice] propôs o quê? Viabilizar o projeto dentro da Chesf. [...]”

Conforme informado à FSP, ontem (15), representantes da empresa KVA Elétrica (e não da EDRB), foram recebidos na Casa Civil, em 10 de novembro de 2009, pelo então assessor especial da Secretaria-Executiva. Segundo a FSP, ambas empresas são representadas por Quícoli. Os empresários apresentaram um perfil da empresa e tecnologias para a produção de energia solar na região Nordeste. Nenhum encaminhamento ou pedido foi derivado desta audiência. Nem Erenice Guerra, nem o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, participaram da audiência.

www.luisnassif.com.br


“Empresário” fonte da Folha acabou de sair da cadeia

Alguns elementos para tentar entender essa nova denúncia da Folha:

1.Segundo informações da própria Folha, o acusador Rubnei Quícoli já foi condenado duas vezes em São Paulo (por interceptação de carga roubada e por posse de moeda falsificada). E em 2007 passou dez meses preso. O fato de antecipar as denúncias sobre sua fonte não absolve o jornal. Pelo contrário, é agravante. Quando uma pessoa com tal currículo faz uma denúncia, é praxe de qualquer jornalismo sério ouvir as denúncias e exigir a apresentação de provas.

2.A única prova que o tal consultor apresenta é um email marcando audiência na Casa Civil e que tem o nome de Vinicius Oliveira no C/C . Todo o restante são acusações declaratórias. Nenhum juiz do mundo tomaria como verdade acusações desacompanhadas de provas, de um sujeito que acaba de sair da cadeia.

3.O jornal não explica como um sujeito com duas condenações criminais, que passou dez meses na prisão dois anos atrás, pilota um projeto de R$ 9 bilhões. É apostar demais na ignorância dos leitores.

4.O BNDES é um banco técnico, constituído exclusivamente por funcionários de carreira trabalhando de forma colegiada. É impossível a qualquer pessoa – até seu presidente – influenciar a análise do comitê de crédito. Essa informação pode ser facilmente confirmada com qualquer ex-presidente do banco, de qualquer governo. É só conversar com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, Pérsio Arida, Antonio Barros de Castro, Márcio Fortes – que foram presidentes durante o governo FHC. A ilação principal da reportagem – a de que o projeto de financiamento foi recusado pelo BNDES depois da empresa ter recusado a assessoria da Capital – não se sustenta. Coloca sob suspeita uma instituição de reconhecimento público fiando-se na palavra de um sujeito que já sofreu três condenações na Justiça e três anos atrás passou dez meses preso.

5.Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entre 5 a 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações.

Ninguém vai negociar propostas ocultas em reuniões formais na Casa Civil, à luz do dia. Só faltava.

Serra casou com o PiG e se esqueceu do voto





Como sempre, Maria Inês Nassif está imperdível (Valor, pág. A6): “um modelo partidário trazido do atraso”.
Em resumo, os tucanos terceirizaram a ação partidária para o PiG (*) anti-petista.
A vanguarda oposicionista é a mídia.
Os tucanos assumiram um discurso para agradar a elite (via PiG).
Os tucanos e o PiG (*) falam um para o outro.
Os tucanos e o PiG (*) não entenderam que o Brasil mudou: acabou a “submissão da ‘ignorância’ popular à opinião formada por iluminados” (leia-se FHC e Serra, os jenios dos jenios – PHA).
O voto dos analfabetos, o aumento da escolaridade e da renda e os programas de transferência de renda dos últimos sete anos acentuaram o princípio de que “as pessoas são iguais inclusive no direito de formar uma opinião própria”.
Apoiado !
Paulo Henrique Amorim

O CONSULTOR DE HONESTIDADE DA FOLHA

Ladrão de carga e passador de dinheiro falso que cumpriu pena de 10 meses de prisão 'sustenta' manchete garrafal contra o governo

Depois de estampar manchete de seis colunas na primeira página e gastar cinco ou seis páginas para recriar um clima de ‘mar de lama’ lacerdista contra o governo Lula, o jornal Folha de SP gastou exatamente 170 palavras, uma envergonhada coluna de canto, para informar aos leitores o perfil de sua referência de honestidade e indignação: o consultor Rubnei Quícoli, cujo prontuário, generoso, inclui 'negócios' no ramo de roubo de carga, falsificação de dinheiro e coação interrompidos momentaneamente por 10 meses de prisão. Carta Maior defende a investigação transparente de qualquer denúncia que envolva o interesse público. A tônica do denuncismo udenista, porém, perde legitimidade quando visa defender apenas o interesse restrito da coalizão demotucana.

A INSUSPEITA FONTE DA INSUSPEITA FOLHA
O consultor Rubnei Quícoli, representante da empresa que tentava obter o financiamento no BNDES por meio da empresa de lobby Capital, foi condenado em processos movidos pela Justiça de São Paulo sob duas acusações: receptação e coação. Quícoli recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, em março deste ano, foi absolvido do delito de coação. A Justiça substituiu a pena de um ano de reclusão por receptação por prestação de serviços comunitários. Quícoli foi denunciado, em maio de 2003, por ocultar "em proveito próprio e alheio" uma carga de 10 toneladas de condimentos, que "sabia ser produto de crime de roubo". Em 2000, após denúncia anônima, o consultor foi acusado de receptação de moeda falsa num posto de gasolina em Campinas. A polícia apreendeu no posto sete notas de R$ 50,00. Quícoli afirmou não saber a procedência. Em 2007, Quícoli foi preso e passou cerca de dez meses na prisão. Os donos da EDRB, Aldo Wagner e Carlos Marcelo Mello Escarlassara, não têm passagens pela polícia nem condenações.
(Carta Maior lembra que 3º feira, no Rio, Monica Serra fazia campanha contra Dilma dizendo,aspas: Ela é a favor de matar as criancinhas...;16-09)


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Inacreditável: Serra sequestrou fita do pití. A coisa tá feia !





Não é coisa do Mussolini, FHC ?
Amigo navegante, você não vai acreditar no que ler no Blog Amigos do Presidente Lula (o blog que o Serra e a dra Cureau queriam calar):
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
José Serra ditador censura imprensa: Serra exigiu e levou a fita original sem cortes do programa da CNT.


O diretor de jornalismo da CNT, Domingos Trevisan, foi obrigado entregar ao candidato José Serra (PSDB) depois de editado, o material bruto, com imagens e áudio da discussão entre ele e a jornalista Márcia Peltier

Todo material foi entregue a José Serra, o objetivo, segundo a assessoria da emissora, era evitar vazamento do material. A assessoria de Serra afirma que levou a fita para fazer a transcrição da entrevista e que imaginou que a emissora tinha ficado com uma cópia. M E N T I U . Serra não queria que ficasse cópias. Ele tinha medo que fosse divulgado o caso

Serra tem mostrado irritação durante a campanha com perguntas de jornalistas, na maioria dos casos quando abordam pesquisas de opinião.

A discussão foi travada entre o primeiro e o segundo blocos do programa, ou seja, está gravada em alguma fita da emissora mas tudo indica que a CNT não vai colocar no ar (em geral esses momentos de intervalo são considerados off the records, mas se fosse a Dilma as imagens certamente seriam recuperadas e passariam no Jornal Nacional):

Serra: Todo mundo que entra na jogada do PT e do governo ou quer apresentar méritos nesse sentido. Porque…O fato é o seguinte. Eu estou reiterando um crime…
Márcia: Que não era durante o período eleitoral, antes da candidatura.
Serra: E daí, que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui, precioso, em vez de falar de programa de governo, para vocês repetirem os argumentos do PT, que vocês sabem que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui, eu só acho isso…
Márcia: A gente tem de fazer…
Serra: Eu vim aqui numa correria tremenda. Pega a candidata do PT… ela vem aqui?
Márcia:Virá aqui.
Serra: Então, então pergunta pra ela.
Márcia: Vamos perguntar pra ela também, candidato.
Serra: Eram eles que estavam faturando.
Márcia: Vamos perguntar pra ela também. Nós vamos agora voltar e agora vamos falar sobre programa.
Serra: Não, não vou dar essa entrevista, você desculpa.
Márcia: Por que candidato?
Serra: Porque não?
Márcia:Vamos fazer, só que agora falando do programa.
Serra: Não, faz-de-conta que eu não vim.
Márcia: Por que?
Serra: Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério.
Márcia: Como não é um troço sério? Vamos conversar.
Serra: Então apaga.
Márcia: O que é que o sr. quer que apague?
Serra: A televisão.
Márcia: Ah, o sr. quer que apague a televisão?
Serra: Nós vamos conversar nessa base, porque isso aqui tá um programa montado.
Márcia: Montado pra quem? Não tem montação, não tem montagem. Apaga aí por favor, gente. Olha só, deixa eu te falar uma coisa. A gente aqui… a gente aqui não tá fazendo um programa…
Serra: Não é o que me disseram. O que me disseram é que eu ia falar de política e de economia.
Márcia: O primeiro bloco era só isso… Candidato, mas esse era o primeiro bloco. Vai ter… vai ter… vão ter mais três blocos, candidato, três blocos.
Serra: Tudo pergunta óbvia, você sabe o que é pergunta óbvia? Que você sabe o que é que o candidato vai responder. Você vai falar de pesquisa, isso aquilo, etc., você acha que dá para ganhar? O que é que o candidato vai dizer?
Márcia: Mas pensa bem, candidato, pensa bem…


Leia a seguir o post que o Conversa Afiada já publicou sobre esse pití histórico: como Serra trata o não PiG.

Extraído do site Carta Maior:


NADA COMO UM SERRA APÓS O OUTRO

Serra, dia 20 de agosto de 2010 (Estadão)

“…O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou ontem o governo federal e o PT de tentarem, nos últimos anos, intimidar, manipular e censurar a imprensa… ele denunciou um suposto patrulhamento contra profissionais…’

Serra, dia 15 de setembro (Terra)

“…Apaga aqui”. “O que o senhor quer que apague?”, perguntou Márcia Peltier, do programa ‘Jogo do Poder’, na rede CNT. “Apague a TV pra gente conversar”. “porque isso aqui está parecendo montado”. “Montado para quem? Aqui não tem isso”, defendeu a jornalista. Serra levantou-se e ameaçou sair do estúdio…. “eu não vou dar essa entrevista, você me desculpa”. Márcia insistiu dizendo que eles falariam de programa de governo, mas ele se manteve firme. “Faz de conta que eu não vim”. “Mas porquê, candidato?”, disse, ainda sentada. “Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério. (…)Após a apresentadora Márcia Peltier citar que a quebra de sigilo teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas à presidência, Serra subiu o tom: – Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos…”

Serra, dia 16 de setembro (Valor):

“Não foi a primeira vez que Serra demonstrou publicamente irritação com jornalistas. Ao participar do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, foi ríspido com o então apresentador, Heródoto Barbeiro, que o questionou sobre o preço elevado dos pedágios no Estado. Em pelo menos duas coletivas de imprensa, Serra perguntou a jornalistas para qual veículo eles trabalhavam. Em outra, irritou-se com pergunta feita por uma repórter da TV Brasil, emissora pública…”

(Carta Maior, com a palavra demétrios, mervais, catanhedes, buccis;16-09)

VEJA tem mais baixaria esta semana. Onézimo jantou bem ontem



O Conversa Afiada recebeu informação interessante.
Jantaram ontem em Brasília, “em restaurante a que se costuma levar amante”, disse o informante, o ex-delegado da Polícia Federal Onézimo de Souza e seu velho amigo Policarpo Jr, chefe da sucursal da VEJA, a última flor do Fascio.

No restaurante do Hotel Tryp Brasília 21.

Onézimo trabalhou na empresa Control Risks, seção de São Paulo.

A Control Risks é uma Kroll (êpa ! êpa !).

Onézimo participou da célebre reunião com Luiz Lanzetta, para tratar da segurança da campanha da Dilma.

Segundo informante do Conversa Afiada, foi como colocar uma serpente no ninho.

Onézimo é anti-petista visceral.

O que talvez se demonstre na vala negra que corta a redação da revista VEJA, em sua próxima floração.

Em tempo: o restaurante não é lá essas coisas, pelo visto. Mais vale uma boa conversa, a sotto voce, que o cardápio.


Paulo Henrique Amorim

Banco do Brasil vai comprar banco nos Estados Unidos

O Banco do Brasil está bem perto de fechar a compra de um banco nos Estados Unidos. O banco fica na região de Nova Jersey, em Nova York.

As negociações avançaram muito nas últimas semanas e a perspectiva é de que sejam concluídas até novembro.

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, esteve há poucos dias em Nova York para discutir o tema.

Neste ano, o BB já comprou um banco na Argentina, o Patagônia, e fechou acordo com o Bradesco e o Banco do Espírito Santo, de Portugal, para fincar um pé na África.

A operação da compra do banco americano era para ter sido concluída na mesma época que o BB anunciou o acordo com o Bradesco e Banco do Espírito Santo, em agosto, mas alguns problemas atrasaram as negociações.

A compra de ativos norte-americanos por empresários brasileiros aumentou com a crise iniciada em dezembro de 2007 nos Estados Unidos, que levou muitas empresas à falência e condenou mais de 8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras ao desemprego.

Da redação, com agências

VERÔNICA DESNUDA – APRESENTAMOS O SITE DA EMPRESA DA FILHA DE SERRA


Se você ainda não leu reportagem de Leandro Fortes, na Carta Capital, em que é denunciada a violação, pela empresa Decidir Brasil (de Verônica Serra e Verônica Dantas) dos sigilos fiscal e bancário de milhões de brasileiros, clique aqui.
Para saber quais os serviços prestados pela Decidir Brasil, na ocasião, graças à violação dos sigilos, clique aqui.

Os links da Decidir Brasil foram recuperados graças à boa memória do Wayback Machine.

Dilma visita a cidade de Varginha, em Minas Gerais

COMBATE À CORRUPÇÃO - COMPARAÇÕES


Dados atualizados até 03/09/2010 Fonte: http://www.dpf.gov.br/

Governo FHC: em 8 anos foram 28 operações da Polícia Federal.

Governo Lula: 1150

Nas operações acima foram presas diversas autoridades, servidores públicos e empresários. Atestando a imparcialidade do trabalho foram presos juízes federais, estaduais, policiais civis, federais (94 da própria corporação), rodoviários federais, Auditores Fiscais, membros do Ministério Público Federal, prefeitos, inclusive do PT, governadores, deputados, vereadores, senadores e tantos outros. Também foram investigadas pessoas ligadas a grandes empresas (Daslu, Schincariol, Odebrecht, OAS, Camargo Correa, etc).

O trecho abaixo reproduzido, de entrevista concedida pelo ex-procurador geral da República Cláudio Fontelles à Revista Caros Amigos Especial Corrupção de setembro/2005, repórter João de Barros, ajuda a entender como uma nova orientação, decorrente da vontade política do Presidente Lula, foi decisiva para a obtenção desses resultados: “Olha que coisa interessante se dá de 2003 pra cá: nestes dois últimos anos, você vê, como nunca se viu, várias operações em conjunto da polícia federal com o Ministério Público. É que as instâncias de investigação do governo, ele as tem nas mãos, leia-se Polícia Federal, Receita, Banco Central, fiscalização do IBAMA, Previdência, essas instâncias começaram a se articular com o Ministério Público, que não é governo, e aí surgiram essas ações. Um combate cotidiano a esse tecido podre.”

Ao contrário do Procurador-Geral da época de FHC, Geraldo Brindeiro, homem ligado ao ex-PFL, atual DEM, combatido por seus pares por ficar no cargo por 8 anos (!!!) e famoso por ter entrado para a história como “o engavetador geral da República”, o Procurador-Geral nomeado por Lula deixou o cargo com enorme prestígio junto ao mundo jurídico e à sociedade.

Na sequência, destacam-se as indicações pelo Presidente Lula de três Procuradores-Gerais da República – os mais votados entre seus pares – com perfis de firmeza, eficiência e isenção que contribuíram para valorizar o papel do Ministério Público Federal, antes acometido pelo inquietante fenômeno do engavetamento. São eles:

Claudio Fonteles- 2003 a 2005;
Antonio Fernando de Souza- 2005 a 2009;
Roberto Gurgel- 2009 a 2010.

Pelos números apresentados e pelas explicações da entrevista, pode-se aquilatar a envergadura dessas operações e os motivos que levaram à excelência no desempenho da instituição: mudanças de orientação, compromisso e vontade política para defender o patrimônio público, prevenir, apurar e combater a corrupção.

Sem exagero, pode-se dividir a história da Polícia Federal em dois momentos qualitativamente distintos: antes e depois do governo Lula. As remunerações e o quadro efetivo da Polícia Federal praticamente dobraram se comparados aos 8 anos de FHC. Há pesquisas comprovando a aprovação da população quanto às Operações da Polícia Federal.

Lulamania na França

A mais importante revista de Rock e Cultura Pop francesa, "Les Inrockuptibles", traz o presidente Lula na capa:

A aparesentação diz:
Lula deixará a presidência do Brasil em plena glória.
Ele ergueu seu país pela primeira vez como uma grande potência internacional.
Ele conseguiu, algo tão raro, conduzir sua sucessão.
Junto como Mandela, são os únicos sucessos da esquerda nos últimos anos.

José Serra e suas baixarias.A charuteira voltou!



Denise Abreu, ex-diretora da Anac, aparecerá na propaganda de TV de José Serra, descendo a borduna na dupla Dilma Rousseff-Erenice Guerra, acusando-as de favorecer determinadas empresas.Ta no blog do Lauro Jardim

Leia também:


Denise Abreu combinou denúncias com Tasso Jereissati

PSDB está por trás das denúncias de Denise Abreu

MPF pede agilidade para quebra de sigilo de Denise Abreu

Oposição homenageia Denise Abreu

Tia Denise; um caso de amor com os tucanos

A próxima no programa do José Serra será Lina Vieira

NADA COMO UM SERRA APÓS O OUTRO


Serra, dia 20 de agosto de 2010 (Estadão)
"...O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou ontem o governo federal e o PT de tentarem, nos últimos anos, intimidar, manipular e censurar a imprensa... ele denunciou um suposto patrulhamento contra profissionais...’

Serra, dia 15 de setembro (Terra)

"...Apaga aqui". "O que o senhor quer que apague?", perguntou Márcia Peltier, do programa 'Jogo do Poder', na rede CNT. "Apague a TV pra gente conversar". "porque isso aqui está parecendo montado". "Montado para quem? Aqui não tem isso", defendeu a jornalista. Serra levantou-se e ameaçou sair do estúdio.... "eu não vou dar essa entrevista, você me desculpa". Márcia insistiu dizendo que eles falariam de programa de governo, mas ele se manteve firme. "Faz de conta que eu não vim". "Mas porquê, candidato?", disse, ainda sentada. "Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério. (...)Após a apresentadora Márcia Peltier citar que a quebra de sigilo teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas à presidência, Serra subiu o tom: - Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos...”

Serra, dia 16 de setembro (Valor):

"Não foi a primeira vez que Serra demonstrou publicamente irritação com jornalistas. Ao participar do programa "Roda Viva", da TV Cultura, foi ríspido com o então apresentador, Heródoto Barbeiro, que o questionou sobre o preço elevado dos pedágios no Estado. Em pelo menos duas coletivas de imprensa, Serra perguntou a jornalistas para qual veículo eles trabalhavam. Em outra, irritou-se com pergunta feita por uma repórter da TV Brasil, emissora pública..."
(Carta Maior, com a palavra demétrios, mervais, catanhedes, buccis;16-09)

NANHDP: Nunca Antes Na História Deste País


15/09/2010
NANHDP um retirante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, chegou a ser presidente e terminou seu mandato com mais de 80% de aprovação popular.

NANHDP um presidente brasileiro teve tanto prestígio internacional.

NANDHP uma mulher, de trajetória de esquerda, esteve tão perto de se eleger presidente da república.

NANHDP a desigualdade diminuiu no país de maior desigualdade no mundo.

NANHDP a mídia foi tão engajada militantemente, de forma totalitária, a favor de um candidato.

NANHDP a mídia, tão engajada militantemente, de forma totalitária a favor de um candidato, teve tão pouca influência política e viu seu candidato ser derrotado.

NANHDP tanta gente pobre se sentiu feliz e apoiou um governo.

NANHDP a mídia alternativa teve influência muito maior do que a velha mídia.

NANHDP um presidente sem instrução universitária abriu tantas universidades publicas.

NANHDP tanta gente de origem popular teve acesso ao ensino universitário.

NANHDP se criaram tantos empregos com carteira de trabalho.

NANHDP a oposição perdeu tanto o rebolado diante do imenso apoio popular do governo da sua candidata e apelou tanto para ofensas.

NANHDP um governo terminou seu mandato com tanta popularidade e elegeu seu sucessor.

NANHDP um presidente projeta o Brasil no mundo de forma tão prestigiosa.

NANHDP existiu uma perspectiva tão boa de futuro para todos.

Postado por Emir Sader às 10:39

A quem interessa tornar a CartaCapital invisível?



Invisibilidade jornalística
Ah, se o teu nome fosse Erenice!
Desde o fim de semana passado, tenho recebido uma dezena de e-mails por dia que, invariavelmente, me perguntam sobre a razão de ninguém repercutir, na chamada “grande imprensa”, a matéria da CartaCapital sobre a monumental quebra de sigilo bancário promovida, em 2001, pela empresa Decidir.com, das sócias Verônica Serra (filha de José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República) e Verônica Dantas (irmã de Daniel Dantas, banqueiro condenado por subornar um delegado federal). Juntas, as Verônicas quebraram o sigilo bancário de estimados 60 milhões de correntistas brasileiros graças a um acordo obscuro fechado, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, sob os auspícios do Banco Central. Nada foi feito, desde então, para se apurar esse fato gravíssimo, apesar de o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), ter oficiado o BC a respeito. Nada, nenhuma providência. Impunidade total.

Temer, atualmente, é candidato da vice na chapa da petista Dilma Rousseff, candidata do mesmo governo que, nos últimos dias, mobilizou o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República para investigar uma outra denúncia, feita contra a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, publicada na revista Veja no mesmíssimo dia em que a Carta trazia a incrível história das Verônicas e a quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

Justíssima a preocupação do governo em responder à denúncia da Veja, até porque faz parte da rotina do Planalto fazer isso toda semana, desde 1º de janeiro de 2003. É quase um vício, por assim dizer. Mas por que não se moveu uma palha para se investigar as responsabilidades sobre, provavelmente, a maior quebra de sigilo do mundo ocorrida, vejam vocês, no Brasil de FHC? Que a mídia hegemônica não repercuta o caso é, para nós, da Carta, uma piada velha. Os muitos amigos que tenho em diversos veículos de comunicação Brasil afora me contam, entre constrangidos e divertidos, que é, simplesmente, proibido citar o nome da revista em qualquer um dos noticiários, assim como levantar a possibilidade, nas reuniões de pauta, de se repercutir quaisquer notícias publicadas no semanário do incontrolável Mino Carta. Então, vivemos essa situação surreal em que as matérias da CartaCapital têm enorme repercussão na internet e na blogosfera – onde a velha mídia, por sinal, é tratada como uma entidade golpista –, mas inexistem como notícias repercutíveis, definitivamente (e felizmente) excluídas do roteirinho Veja na sexta, Jornal Nacional no sábado e o resto de domingo a domingo, como se faz agora no caso de Erenice Guerra e a propina de 5 milhões de reais que, desaparecida do noticiário, pela impossibilidade de ser provada, transmutou-se num escândalo tardio de nepotismo.

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não faz nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.

Talvez fosse melhor vocês mandarem e-mails para o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a CGU e o Banco Central.

3.238 sem-mídia denunciam Globo e SBT à PGE hoje


BLOG CIDADANIA: EDUARDO GUIMARÃES
Posted by eduguim on 15/09/10 •
16 de setembro de 2010. Guarde esta data. Ainda será lembrada como o dia em que a sociedade civil se fartou e se uniu, aos milhares – para ser exato, por 3.238 pessoas –, para, finalmente, denunciar ao Poder Judiciário um dos piores tipos de abuso que a elite conservadora e midiática continua a cometer contra o interesse público em pleno século XXI.

O uso de concessões públicas de rádio e tevê em benefício de grupos políticos sectários é tão antigo quanto a chegada desses meios de comunicação ao Brasil em meados do século passado. Mesmo sendo de todos, o espectro eletromagnético continua sendo usado como se pertencesse aos políticos amigos dos concessionários.

Globo e SBT estão sendo representados pela ONG Movimento dos Sem Mídia na Procuradoria Geral Eleitoral por terem violado a lei 9504/97, artigo 45, parágrafos III e IV, que proíbe que concessões públicas de rádio e tevê sejam usadas para criticar ou defender candidatos a cargos eletivos.

Mas esses dois veículos serviram meramente de exemplo, pois esse crime eleitoral ocorre à larga em cada canto deste país que tenta civilizar-se contra práticas paroquiais como essa, que não cabem mais em um país no estágio de desenvolvimento do nosso.

Devo igualmente informar que houve um atraso no envio da Representação à PGE devido à necessidade de avaliar os milhares de comentários de apoio à medida da nossa organização e para juntar todas as evidências mencionadas na peça.

Rogo a todos que me compreendam a necessidade – e as decorrentes dificuldades – de conjugar vida familiar, vida profissional e ativismo político. O processo de composição da medida do MSM obrigou-me a postergar trabalho profissional além do minimamente recomendável, de forma que precisei parar para resolver os problemas mais urgentes.

Só na terça-feira consegui terminar análise de cada um dos comentários, tendo sido obrigado a suprimir vários deles, os quais, por mais que concorde com o que diziam, não poderia enviá-los à Justiça em respeito à sobriedade processual imperativa em medidas daquele jaez.

O material foi remetido a Brasília por Sedex 10 para que um nobre correspondente do MSM no Distrito Federal protocole na PGE, nesta quinta-feira, um calhamaço de mais de mil páginas resultante da compilação da Representação propriamente dita, das evidências e da lista de apoios dos leitores deste blog.

No decorrer do dia, postarei aqui a digitalização do protocolo da PGE na denúncia que 3.238 cidadãos sem-mídia fazem contra a Globo, o SBT e contra todos os outros detentores de concessões públicas que demonstrarem desprezo pela lei e que, de forma criminosa, vierem a usar um meio de comunicação que é de todos para defender interesses de poucos