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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Blogg do Amoral Nato: Serra admite não ser "pai dos genéricos"

Blogg do Amoral Nato: Serra admite não ser "pai dos genéricos":

Serra admite não ser "pai dos genéricos"
Enviado por luisnassif
Toda boa iniciativa tem dois responsáveis: quem teve a idéia e quem a implementou. Partindo dessa premissa, José Serra poderia, sim, se vangloriar de ter dado apoio aos genéricos e à campanha anti-aids.Ele assumiu o Ministério da Saúde sem nada entender de saúde. Sei disso porque, às pressas, me pediu uma série de artigos que tinha escrito sobre o tema - a patir da colaboração de especialistas que atenderam minha convocação de enviar idéias por email - e me convidou para dois ou três jantares para passar fontes relevantes e para ajudá-lo a se definir se aceitava ou não o convite. Além de ter solicitado ajuda para o discurso de posse.Aliás, a idéia que passei - a partir do exemplo da Belgo Mineira em Minas - foi a de convocar empresas ligadas à qualidade para participar diretamente da administração dos hospitais públicos, implantando programas de qualidade com seus próprios recursos e ajudando diretamente no aprimoramento da gestão. Ele incluiu o tema no discurso. Quase ao final de sua gestão como Ministro da Saúde, me ligou: como era aquela idéia mesmo? Nem sabia qual era mais.Assumiu o Ministério, identificou algumas boas iniciativas que vinham acontecendo e deu gás a elas. Como não sabe gerenciar, focou em ambas e se isolou das demais iniciativas do Ministério. Mas tem mérito inegável na consolidação de dois momentos importantes na saúde.O problema do Serra é sua total incapacidade de dar o menor reconhecimento a quem quer que seja. É de um egocentrismo sem paralelo na política brasileira. O movimento pela saúde é antigo, tem seus heróis respeitados, porém pouco reconhecidos, pessoas que deram toda sua energia pela causa por uma única retribuição: reconhecimento da história. Serra jamais foi capaz de reconhecer nada. Preferiu se apropriar do mérito exclusivo de várias obras coletivas.No Ministério da Saúde teve predecessores dos mais relevantes, que ajudaram a dar consistência à estrutura da saúde e do SUS: Adib Jatene, Henrique Santillo, o excepcional gaúcho Carlos Albuquerque, pouquíssimo reconhecido, que deixou a máquina azeitada. Duvido que alguém levante um discurso sequer do Serra dando o devido reconhecimento a qualquer um.E não apenas na saúde. Qualquer projeto relevante que tenha passado a menos de um quilômetro dele é apropriado como obra sua, mesmo que tenha dado apenas um visto em algum papel nos seus tempos de Ministro do Planejamento ou participado de alguma votação, nos seu tempo de parlamento.São exemplos abundantes dessa campanha, dele falando de sua importância para obras no nordeste, para as escolas técnicas etc.Agora, em vez de colher o mérito de ter ajudado a consolidar os genéricos e a campanha anti-aids, paga o mico de admitir que o filho tem vários pais. Mas como acontece com o padrão Serra de egocentrismo, nem nessa hora é capaz de dar o devido reconhecimento aos heróis da saúde.

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